De fato, não é nem questão de achar, mas é o que a própria indústria e seus relojoeiros e engenheiros concluíram há décadas.
Ser uni ou bidirecional não tem relação direta ou não é decisivo na eficiência de carregamento. Pelo contrário, em geral, unidirecionais são geralmente mais eficientes e esse é o entendimento da indústria já desde a década de 1970.
Tanto que célebres calibres desenvolvidos nesse período são unidirecionais, como 7750, cuja eficiência de carregamento é imbatível, com a vantagem de ainda ser mais simples e robusto.
Vale lembrar que existem inúmeras configurações e arranjos de sistemas, sejam uni ou bidirecionais, e entre eles, alguns são mais e outros são menos eficientes. Mas praticamente todos os bidireacionais sofrem de um problema cuja maioria dos unidirecionais não sofre: eles possuem um "ponto-morto" no qual o sistema não carrega nem para um lado nem para o outro, enquanto se desengata de um sentido para engatar para o outro. Em um movimento curto, a maioria dos bidirecionais simplesmente não carrega. Enquanto os unidirecionais podem carregar com o menor movimento do rotor, mesmo se o movimento inicial for para o lado que não carrega, pois na volta do movimento pendular, ele carregará.
Alé disso os unidirecionais oferecem menos resistência ao movimento do rotor, fazendo o sistema todo trabalhar mais "leve" e portanto com mais potencial de ser eficiente.
Por fim, um caso clássico que representa isso tudo que falei: a JLC modificou seus calibres 889, que originalmente possuiam um sistema bidirecional, e passaram a usar um carregamento unidirecional (calibre 896 salvo engano), muito mais eficiente que o original. Para os que são mais íntimos da Audemars Piguet, vide os calibres 2225 para os 2325 para observar a modificação.
Abs.,
Adriano