No final das contas, o relógio é o modelo tradicional de 45 mm, gigante para meu pulso, diga-se, encolhido em 3 mm, o que é bem legal. Aliás, já ressaltei aqui que sinceramente gosto do modelo e, com o cuidado da marca em propiciar novas tecnologias, o que era muito overpriced (eles usavam 7750...), hoje é... Overpriced... Não tanto, mas 20 mil dólares num relógio que, sim, tem uma construção de caixa complexa, titânio, etc, mas nada de material precioso, é overpriced. Mas os AP em aço também são... Enfim. Mas o objetivo deste post é uma questão técnica que teria passado batido, não fosse a foto do articulista. Já perceberam que cronógrafos, ao serem acionados, costumam dar um "saltinho" no contador? Isso ocorre porque o mecanismo de contagem de tempo está sempre em movimento, mas o cronógrafo não. Quando você aperta o botão de acionamento do cronógrafo, o que ocorre é um deslocamento de uma alavanca contendo um pinhão ou roda, que então conecta o sistema de cronógrafo ao de contagem do tempo. E na conexão entre engrenagens, esse contato inicial normalmente acontece aos "trancos", e os saltinhos ocorrem.
A Patek, e pouca gente comentou isso, quando lançou seu movimento de cronógrafo para aposentar os lemania que vinha usando há décadas, reprojetou os dentes da roda de "encaixe" do cronógrafo, para algo mais inclinado, visando evitar saltinhos.
Mas eu não sabia que a Rolex, nos seus atuais movimentos do Daytona, havia feito esta modificação:
https://www.instagram.com/p/Buvf8pNnrTU/?utm_source=ig_embedE a Hublot também, mas mais radicalmente ainda
https://www.ablogtowatch.com/wp-content/uploads/2019/10/Hublot-Big-Bang-Unico-Titanium-Ceramic-42mm-HUB1280-Chronograph-Review-21.jpgA intenção, tanto da Rolex quanto Hublot é que a roda tenha dentes "amortecedores" e, ao ocorrer a conexão entre sistemas, não ocorram saltos ou coisa do tipo.
Legal isso.
O texto completo:
https://www.ablogtowatch.com/watch-review-hublot-big-bang-unico-titanium-ceramic-42mm-scales-things-back-a-bit/