Não queria voltar neste assunto mas... Como a maioria que me segue há pelo menos 2 décadas sabe, eu não compro relógios (qualquer relógio...) há 8 anos, não vou comprar e tenho raiva de quem compra. Por mais louco que possa parecer, aliás, eu sequer uso mais relógios, pois como a pandemia me levou para o teletrabalho, eu acabei parando de usar em casa relógios (ainda mais aqui em casa, que tem um regulador de pedestal gigante no meio da sala....) e... Esquecendo completamente de colocá-los ao sair de casa. Eu praticamente só tenho usado relógios quando vou "sair" para algum restaurante, balada, etc.
Mas enfim... Se lembram da minha história, o que deflagrou minha DECEPÇÃO completa com a relojoaria foram dois aspectos: uma conversa fiada absurda das marcas do pré venda, enaltecendo seus produtos como algo "feito artesanalmente" (algo que 99.9999 não são) e o pós venda, que nos tornou reféns de autorizadas, com a limitação de acesso às peças. Mas não só... Com a cobrança de preços absurdos por peças de reposição porcaria, como simples parafusos, que devem custar centavos de franco para as marcas, mas chegam custando centenas para nós...
Eu até entendo o lado das oficinas de alto nível, que tem que pagar aluguéis absurdos para estarem em locais seguros para trabalhar, pois em Pindorama até isso tem que ser pensado. Entendo também que os filhos de quenga suíços, como disse acima, cobram um assalto em peças de reposição porcaria. E entendo que se a autorizada paga um assalto em peças porcaria, o independente que tem que caçar essas peças através de intermediários deve pagar mais caro ainda.
Mas... O fato de eu "entender" não quer dizer que eu deva "compactuar" com isso. Os relógios meus que dão pau eu infelizmente tenho jogado esquecidos numa gaveta para quando, eventualmente, acabo com dó de lá deixá-los, mando para revisão. Mas porque grande parte dos relógios que tenho possuem valor sentimental, senão...
Ps. O trabalho para revisar um Tissot deste é exatamente o mesmo para revisar um Breitling mil vezes mais caro. O que deve ser levado em conta, se a assistência quer ser "justa", é diluir todo custo de operação entre tudo o que faz, com o intuito de cobrar preços diferentes. Mas não há mágica: nessa divisão de custos, para que o Tissot fosse revisado a um preço mais barato, a revisão do Breitling teria que custar mais caro.
Flávio