Quanto mais "magnético" o material, melhor funciona a gaiola, porque o princípio é de realocação de elétrons na sua superfície. É por isso, pois, que tem que existir uma caixa (ferro) dentro de outra (aço), porque o ferro puro (na verdade a Rolex usa uma liga com muito ferro) não tem nem de longe a mesma resistência mecânica e a corrosão do que ligas como o aço. Eu não sei quanto isso aumenta de peso no relógio, mas o problema sequer é a gaiola, mas o aumento do tamanho da caixa para acomodar o sistema. Hoje isso não é um problema, porque todos os Rolex tem caixas grandes. Mas quando o Milgauss foi lançado, um Datejust tinha 36 mm e ele 40, uma diferença significativa. Falando especificamente do Milgauss, é um relógio bem pesadão.
Sobre sistemas. Sim, existem vários que usam um sistema de Gaiola de Faraday, se não completo, como o da Rolex, que fecha tudo inclusive por cima, mas pelo menos um "guarda pó" metálico na tampa traseira. O Speedmaster usa (os sem safira atrás, claro).
Com medo de chutar errado, mas acho que os primeiros relógios a usar isso foram os IWC Mark 10...
O sistema da Rolex é composto por um sistema: gaiola de faraday com levees, espiral e eixo do balanço em ligas não magnéticas. Eu sou capaz de apostar que isso confere ao modelo uma resistência superior a 1000 gauss, mas como o nome do relógio é MILGAUSS, a propaganda vincula nome à resistência.
Hoje esse tipo de sistema, com gaiola de faraday, tornou-se obsoleto com a utilização de espirais totalmente não magnetizáveis em silício. Os Omega Master Chronometer, por exemplo, resistem a 15 mil gauss.
Flávio