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Macro legal do escapamento em polímero do Powermatic 80

Iniciado por flávio, 17 Junho 2023 às 13:47:55

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flávio

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Adriano

Acho que no meu vídeo do Chrono Talk eu mostro bem de perto também.



Abs.,

Adriano

misterjmr

Só eu fico com pé atras qnd vejo isso em polímero? Os tradicionais eu sei que duram uns 80 anos... Esse será q dura mtu?
Outra coisa, será que os hi-beat tem durabilidade menor?
Corrija um sábio e o fará mais sábio ! Corrija um idiota e ganhará um inimigo !

Jefferson

Acho normal qualquer pessoa ficar com duvidas da qualidade quando se fala em componentes de mecanismos de relógios mecânicos em polímero (vulgo plástico), mas o fato é que na industria em geral a tecnologia de desenvolvimento de polímeros evoluiu bastante e encontramos varias aplicações importantes substituindo os metais por polímeros e não necessariamente estes polímeros especiais são mais baratos, mas apresentam desempenho superior dependendo do serviço e por este motivo são adotados, como maior resistência a oxidação, menor atrito, menor necessidade de lubrificação, menor sensibilidade a mudanças de temperatura, maior resistência a abrasivos, não magnéticos etc.

Agora a pergunta de 1 milhão é qual a qualidade do polímero aplicado nos powermatic 80, mas considerando que até onde sei, sendo este recurso adotado para baratear os calibres, me parece sensato pensar que talvez não tenham a mesma durabilidade que os metálicos.

flávio

Olha só, quando lancei essa discussão no instagram há algum tempo, as pessoas da lida ficaram com o pé atrás de dizer alguma coisa, afinal, recebem estes relógios para revisão. Mas em live recente da qual participei e esse assunto surgiu, o Mauro da Watchtime levantou a bola, dizendo que "grande parte dos cabelos que perdeu se deve a tal escapamento". Segundo o Mauro, o problema destes escapes é que eles funcionam muito bem se novos e são até capazes de passar no COSC. Mas lá pelas tantas se deterioram e a amplitude passa a variar muito. Isso ele disse na live, assistam (está no canal da Watchtime do Youtube, uma live comigo). Mas ele foi além e deu a entender, embora não tenha dito literalmente, que a cada revisão o escape inteiro tem que ser trocado.

misterjmr

Citação de: flávio online 18 Junho 2023 às 10:46:51
Olha só, quando lancei essa discussão no instagram há algum tempo, as pessoas da lida ficaram com o pé atrás de dizer alguma coisa, afinal, recebem estes relógios para revisão. Mas em live recente da qual participei e esse assunto surgiu, o Mauro da Watchtime levantou a bola, dizendo que "grande parte dos cabelos que perdeu se deve a tal escapamento". Segundo o Mauro, o problema destes escapes é que eles funcionam muito bem se novos e são até capazes de passar no COSC. Mas lá pelas tantas se deterioram e a amplitude passa a variar muito. Isso ele disse na live, assistam (está no canal da Watchtime do Youtube, uma live comigo). Mas ele foi além e deu a entender, embora não tenha dito literalmente, que a cada revisão o escape inteiro tem que ser trocado.

Ou seja, exatamente o que eu desconfiava...
Corrija um sábio e o fará mais sábio ! Corrija um idiota e ganhará um inimigo !

igorschutz

Olha, se realmente tiver de trocar o escapamento de tempos em tempo, eu fugiria desses relógios, pois você fica à mercê dos caprichos do Swatch Group, que está cagando para o consumidor brasileiro.

Primeiro que você ficaria preso infinitamente à rede autorizada, pois duvido que eles deem a relojoeiros independentes acesso a estas peças.
Segundo que, mesmo que você só leve seu relógio na rede autorizada, você nunca saberá se a marca subsidiará o preço da peça no custo da revisão, ou se eles vão cobrar os olhos da cara por estes componentes, ou se vai faltar peças etc.

E isto que estou falando não é mera hipótese não, é fato consumado! Falo por experiência própria.
Peças que antes eram trocadas numa revisão padrão pelo preço de tabela do serviço, hoje já não são, e são cobradas à parte, devido a um capricho do Swatch Group, que de um dia pro outro aumentou em 1000% o preço da peça.
Opinião é como bunda: todos têm a sua. Você dá se quiser.
Opinião é como bunda: você dá a sua e eu meto o pau.

NÃO ACREDITE NO QUE 'FALAM' AQUI, ESTUDE BEM E TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES

misterjmr

Particularmente o que me faz optar por relógios mecânicos invez de quartz é a longevidade/ durabilidade e facilidade de manutenção ( obviamente a depender das complicações é mais difícil) e claro a intercambialidade de algumas peças... não vejo sentido ficar amarrado a algo assim principalmente sabendo que ha certa " fragilidade" na vida útil... Em se tratando disso então melhor os bons e velhos 2824 / miyota 82xx/ nh3x/469xx e derivados...
Corrija um sábio e o fará mais sábio ! Corrija um idiota e ganhará um inimigo !

Leandro

Citação de: misterjmr online 19 Junho 2023 às 22:37:06
Particularmente o que me faz optar por relógios mecânicos invez de quartz é a longevidade/ durabilidade e facilidade de manutenção ( obviamente a depender das complicações é mais difícil) e claro a intercambialidade de algumas peças... não vejo sentido ficar amarrado a algo assim principalmente sabendo que ha certa " fragilidade" na vida útil... Em se tratando disso então melhor os bons e velhos 2824 / miyota 82xx/ nh3x/469xx e derivados...

Sendo os ETA 6497/6498 mais antigos que os ETA 2824 e estando disponíveis até hoje, seriam os 6497/6498 mais aptos a superar o "teste do tempo"?

Um abraço,
Leandro

misterjmr

Citação de: Leandro online 20 Junho 2023 às 23:53:23
Sendo os ETA 6497/6498 mais antigos que os ETA 2824 e estando disponíveis até hoje, seriam os 6497/6498 mais aptos a superar o "teste do tempo"?

Um abraço,
Leandro
Bom dia caro Leandro,
Não sou especialista nem nada, e acho que outros aqui poderão responser sua pergunta. Na minha opinião algumas derivações mantém quase toda mecanica com alterações do tipo hack, calendário, corda pela coroa, mola de balanço e tambor de corda, e mantem intercâmbio de peças com o modelo antigo ( em exemplo disso está os 46941 pro 46943 da orient que mudaram as engrenagens do calendário por de plástico e diminuiram parafusos da ponte ( nesse caso foi pra baixar custo e fazer a maquina desmontar com alguma queda, pois o mesmo ficou famoso por nao quebrar mesmo em uso severo por trabalhadores braçais) mesmo assim manteve quase o mesmo projeto e peças, o f49 traz alteração no calendário que agora pode mudar dia da semana pela coroa tbm mas mantém peças similares e intercambiáveis como balanço, ancora, rodas e etc, o nh/4r35 por exemplo tem intercambialidade de peças com o 7s26 também... As eta tem essa facilidade tbm de encontrar peças, o problema é ficar refem de peças de baixa durabilidade, protegidas por patente que outras empresas não usam, isso dificulta e encarece a manutenção.
Um abraço

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Corrija um sábio e o fará mais sábio ! Corrija um idiota e ganhará um inimigo !

Adriano

Citação de: Leandro online 20 Junho 2023 às 23:53:23
Sendo os ETA 6497/6498 mais antigos que os ETA 2824 e estando disponíveis até hoje, seriam os 6497/6498 mais aptos a superar o "teste do tempo"?

Um abraço,
Leandro

Durabilidade não tem quase nenhuma relação com projeto/arquitetura. É uma questão de qualidade de fabricação e qualidade de materiais.

Para durar, basta ser bem feito. Basta observar a diferença de durabilidade entre ETA vs. seus clones da Sellita (que pode-se dizer, para estes efeitos, que são os mesmos calibres). Aliás mesmo dentro da ETA, um mesmo calibre com fabricação em diferentes anos já apresenta qualidade/durabilidade diferente.

Em resumo, para durar, basta ser bem feito. O melhor e mais bonito projeto de mecanismo, se for feito nas coxas e com material vagabundo, não vai durar. E a indústria parece que está colecionando exemplos disso nos últimos anos...  :-X

Abs.,

Adriano

misterjmr

Caro Adriano,
Vou relatar aqui uma coisa que me assustou bastante, parece que os chineses elevaram a outro nível a tal da "obsolescência" programada.

Comprei 1 óculos escuro da china, POLARIZADO  e com uma lente bem confortável no estilo aviador, testei na máquina e realmente tinha proteção UVA UVB 400, como gostei do óculos na época por 35 dólares, comprei outro e deixei guardado pra caso perdesse ou estragasse o tal óculos.

Resumo, o óculos de uso enrugou a lente, uns arrepiados, pensei que podia ser alguma reação química a álcool gel, ter descuidado e encostado na lente com dedo sujo, ou mesmo por causa das intempéries do período de uso (5 anos). Tranquilo, agora sim vou pegar o óculos NOVO que esta GUARDADO na caixinha, nunca foi usado, e está bem armazenado longe de umidade, calor ou sol,  tenho óculos pra mais 5 anos.
Quando eu pego o óculos NOVO que estava guardado, o mesmo também estava começando a ficar com a LENTE enrugada, arrepiada, SEM USO, passou uns 4 meses e ENRUGOU AINDA MAIS.

Ou seja, os caras conseguiram por validade em material parecido com plástico ! acredito sim que isso foi feito propositalmente para ter uma vida útil.

Agora minha duvida, será que os china não estão fazendo isso com relógios? pelo menos com os mostradores, ponteiros, partes plásticas, ou até mesmo na cerâmica?




Corrija um sábio e o fará mais sábio ! Corrija um idiota e ganhará um inimigo !

jvitor_amaral

Citação de: Adriano online 21 Junho 2023 às 11:03:42
Durabilidade não tem quase nenhuma relação com projeto/arquitetura. É uma questão de qualidade de fabricação e qualidade de materiais.

Para durar, basta ser bem feito. Basta observar a diferença de durabilidade entre ETA vs. seus clones da Sellita (que pode-se dizer, para estes efeitos, que são os mesmos calibres).
Abs.,

Adriano

Adriano, duas perguntas, se você puder responder:

1) no seu video sobre, e o que sempre li e ouvi, era que o SW200 e a 2824 (cada ETA tem seu equivalente, mas só ora dar um exemplo) eram na prática iguais, inclusive em performance. Já passado o tempo de serviço de mecanismos Selitta, entendo pelo seu comentário que a durabilidade é diferente, procede? Pode falar mais sobre o que conhecemos hoje em relação a comparação ETA X Selitta?

2) Já temos histórico de serviços nas Powermatic 80 com polímero pra ter uma noção da durabilidade, se o escapamento precisou ser trocado, se a peça foi trocada sem custo extra etc?

Já peço perdão antecipadamente se alguma informação ai for confidencial e você não puder compartilhar, claro que não é a intenção.

Abraços!!
@watches.in.sampa

Adriano

Na verdade nem é confidencial. Mas um pouco "comprometedor" para mim comentar o assunto. O que por si só já dá para deduzir que significa que não tenho nada de muito positivo a dizer.

O que posso dizer, pelo menos, é que com o tempo percebi que existem "Sellitas e Sellitas". Entre marcas diferentes e mesmo dentro de uma mesma marca, lotes diferentes e períodos de fabricação diferentes apresentam diferenças MUITO grande de qualidade de acabamento e material.

O que me leva a crer que não seja exatamente um problema da Sellita, mas sim uma opção de quem as compra. Ela parece oferecer qualidades de A a Z, o cliente escolhe. E naturalmente é bem evidente que as marcas mais caras usam a qualidade "A" - vamos dizer assim - e a diferença de qualidade entre elas e uma ETA me parece indistinguível, em termos de qualidade de fabricação (leia-se acabamento funcional das peças) e durabilidade (qualidade dos materiais), o que no fim se reflete em precisão.

Mas nem todas são assim e enquanto novas, a precisão é equivalente à uma ETA (embora eu tenha notado uma quantidade maior de desajustes como penetração de levées e etc.). Mas às vezes começam a apresentar desgastes muito cedo e a precisão se deteriora.

Sobre os Powermatic, nada a declarar, exceto que eu nunca percebi exatamente desgaste nas peças de plástico. Mas apenas que uma bela hora parecem que começam a funcionar mal. E eu pelo menos nem consigo dizer por qual razão (e nem outros relojoeiros). E aí a solução é troca das peças. E não sei dizer se isso faz parte da preço da revisão ou não.

O misterioso é que alguns apresentam problema na primeira semana de uso, e outros estão funcionando do mesmo jeito sem problemas há 20 anos (neste caso, Swatch). A mim pelo menos, incomoda mais essa inconsistência - você nunca sabe quando e se vai dar algum pepino - e o fato dos problemas serem de difícil detecção. É difícil olhar para a roda de escape e âncora e dizer o que há de errado. Mas aí você peça uma nova, que parece exatamente igualzinha até mesmo no microscópio, e ela funciona. Não sei se com o tempo ocorre alguma distorção na forma dessas peças, ou algo assim. Pois visualmente eu pelo menos nunca consegui evidenciar nada. E me parece a mesma opinião de relojoeiros que já revisaram muito mais máquinas dessas que eu (incluindo a C01 também).

Abs.,

Adriano

jvitor_amaral

Citação de: Adriano online 28 Junho 2023 às 10:28:19
Na verdade nem é confidencial. Mas um pouco "comprometedor" para mim comentar o assunto. O que por si só já dá para deduzir que significa que não tenho nada de muito positivo a dizer.

O que posso dizer, pelo menos, é que com o tempo percebi que existem "Sellitas e Sellitas". Entre marcas diferentes e mesmo dentro de uma mesma marca, lotes diferentes e períodos de fabricação diferentes apresentam diferenças MUITO grande de qualidade de acabamento e material.

Abs.,

Adriano

Obrigado Adriano! Eu sempre entendi pelo que li e ouvi dos realmente entendedores que eram de fato a mesma coisa. Interessante saber disso, vou tentar acomapnhar mais o que os amigos dizem.

E mais uma vez a ideia era só buscar um pouco do seu conhecimento, peço desculpas novamente se fui invasivo nas perguntas!

Abraço
@watches.in.sampa