Menu principal

A história da Richard Mille

Iniciado por flávio, 28 Agosto 2024 às 13:23:15

tópico anterior - próximo tópico

flávio

Em 1999, o designer francês Richard Mille enfrentava um dilema. No comando criativo da divisão de relógios da joalheria Maubossin, sentia-se limitado pela filosofia da marca. Ele nunca havia criado um relógio que realmente queria produzir. Então, decidiu fundar sua própria empresa. Mille contatou Giulio Papi, responsável por movimentos complicados na Audemars Piguet, e perguntou se poderia transformar em realidade um desenho de mecanismo que idealizara. Papi, ao analisar o projeto, disse que sim.

Mille também conversou com Dominique Guenat, proprietário da Montres Valgine, que fabricara os Panerai da era "pré Vendome", sobre a viabilidade do projeto. Guenat não apenas confirmou a possibilidade, mas também investiu para tornar a visão de Mille uma realidade. Após dois anos, Richard Mille lançou seu primeiro relógio, o RM 001. Esse modelo, fabricado em apenas 17 unidades, era uma linha de protótipos para comprovar a viabilidade técnica das ideias de Mille. Alguns tinham caixa em platina, outros em ouro rosé, com movimentos em alpaca ou titânio. Esses relógios não foram feitos para venda direta, mas destinados a amigos e antigos clientes de Mille na Maubossin.

A versão comercial, RM 002, diferente de tudo que já havia sido criado na relojoaria, foi aclamada pela crítica. Restava a Mille vender o produto. Segundo a teoria do consumo conspícuo de Veblen, as pessoas compram bens de luxo não só pela utilidade, mas para exibir status e riqueza. Mille fixou o preço inicial em 135 mil dólares. Quando questionado sobre o valor, que superava o de um Patek, "a Rolls-Royce" da relojoaria, Mille respondeu: "não estamos competindo com a Patek ou nenhuma outra marca!". Richard Mille não só criou um produto revolucionário, mas também transformou uma indústria, antecipando como os ultra ricos gastariam seu dinheiro.



Enviado de meu SM-A528B usando o Tapatalk


Cosentino

Acima de tudo um visionário, tanto pelo mecanismo, quanto pela visão de mercado, mas ao final do dia, o nível de precisão, e a beleza e complexidade do movimento, vale o quanto pedem?
Abs.,

Bersotti

Curiosa a maneira que o Felipe Massa foi "patrocinado" pela RM:

https://www.youtube.com/watch?v=LO_uM9sIxWM

flávio


Bersotti