Caros, acho que estão resumindo e simplificando a vedação de um relógio à simples quantidade de juntas. Não é nada disso. Existe muita, MUITA ciência por trás da decisão de quantas juntas usar, qual a dimensão da juntas, em que ponto a junta se comprime, qual a construção da rosca, e etc. etc. etc. Todos esses parâmetros se interrelacionam. Se a Rolex usa 3 juntas, é porque seu sistema precisa de 3 juntas (e não funciona com menos de 3 juntas). Se a Omega usa duas juntas, é porque seu sistema não precisa de 3 juntas mas também não pode ficar com uma junta só. E se a Seiko usa uma junta só, é porque só precisa daquilo. O relógio não é menos resistente ou menos confiável por causa disso. As 3 coroa que citei são COMPLETAMENTE diferentes em toda sua estrutura.
Vejam a diferença por exemplo entre a coroa de um Seamaster, cuja junta veda o tubo por fora, enquanto a do Seiko veda por dentro. Tem diferença? Muita! Uma é melhor que a outra? NÃO! Ambas servem para a mesma função, mesma profundidade, etc. etc. etc. É só uma opção de projeto e o tipo e quantidade de vedações dependem disso. O Seiko tem uma junta só? Sim, mas que bela junta, com muita pressão e bastante larga = muita área de contato.
Gente, quem projeta e faz esses relógios não são curiosos, os caras sabem o que fazem. Além disso, nem dá para comparar um Marinemaster com outro Seiko de mergulho de US$ 120,00. Muito menos, tirar conclusões baseados em um dado só.
Para mim, se o relógio foi garantido e testado para a resistência prometida, eu não me importaria se simplesmente nem tivesse junta.
Certa feita me surpreendi quando vi as coroas do SKX, pois sempre achei que possuam juntas de encosto. Não possuem. Porém testei o SKX e o Samurai dentro da norma ISO e ambos passaram brincando. E acredito fácil que ambos passem dos 300m.
Respondendo à pergunta: eu abriria sim um Marinemaster, sem pensar duas vezes. Não vejo problema nenhum. É só um relógio.
Abraços!
Adriano