Salve, amigos!
Apenas para re-enfatizar o entendimento da questão.
E talvez para tentar desmistificar um pouco o que é, e o que faz, este elemento, a válvula de hélio...
As válvulas de hélio só têm efeito com o relógio estando no seco, ou seja, quando o relógio está submerso (dentro d'água) elas agem como simples válvulas de retenção (impedindo logicamente a entrada de água na caixa).
No caso da ação automática, repito, uma vez a seco (de volta ao sino de mergulho), quando a pressão no interior do sino cai (no retorno à superfície), a válvula se abre gradativamente permitindo a "saída" da mistura (o ar contendo o hélio) que havia ficado aprisionada no interior da caixa do relógio.
Se isso não ocorresse, haveria o risco da pressão interna, maior que a externa, forçar o vidro para fora.
O hélio, por ter moléculas de tamanho menor, entra na caixa do relógio passando pelas vedações. Não podemos esquecer que o interior do sino de mergulho é preenchido com uma atmosfera (saturada) contendo ar com a adição do gás hélio.
Quando no retorno à superfície, e a pressão no interior do sino vai sendo diminuída, a pressão no interior da caixa pode ficar maior que a externa (dentro do sino), não se equalizando automaticamente.
E é aí que as válvulas de hélio cumprem o seu papel.
No caso das válvulas manuais a ação é a mesma, mas a abertura é feita manualmente pelo mergulhador, simples assim.
Nos relógios não dotados de válvula de hélio, sempre há o "recurso" (improvisado) de liberar a pressão do interior da caixa, simplesmente desrosqueando um pouco a coroa.
Abraços a todos,
Alberto