Ter postado esse tópico já valeu por mais uma aula! Muito obrigado Flávio!
Acho que esperar esses anos pra comprar meu Hublot, talvez me faça não comprá-lo, mas admiro muito grandes empreendedores, e não podemos negar a grande veia empreendedora na fundação da Hublot.
Adoro relógios esportivos, só tenho um numa linha mais social, e acho os Big Bang simplesmente o mais belo, sendo o único motivo de querer comprar, afinal existe algum motivo mais plausível de se comprar um relógio do que achá-lo bonito? Desculpe-me os entendidos, mas esse é o primeiro de todos os aspectos que levo em conta. E esse relógio é o que acho mais bonito (até hoje, quem sabe amanhã será outro?), entre todos outros.
Seria muito bom que ele custasse o que vale, assim gastaria menos quando for comprar um. Se existisse um Tissot Big Bang, por exemplo, com certeza eu o compraria e ficaria muito satisfeito, porque no caso em questão, o que admiro é o desenho do relógio e não a marca em si.
Um forte abraço,
Rafael
Rafael, como eu disse antes, esse conceito também do que "vale" ou não "vale" no mundo de luxo é muito relativo. Houve uma inflacionada artificial em todas as marcas de uns 5 anos para cá. Algumas mais, outras menos. Por exemplo, há uns 5 anos, comprava-se Rolex Submariner a 4 mil dólares no máximo. Hoje custam 6.
No final das contas, eu uso um critério de comparação, como disse acima: um Hublot, por exemplo, não pode custar o mesmo de um Breguet, ainda que o mais barato.
Mas, no final das contas, no mercado de luxo, há milhares de outros fatores determinantes do preço.
E sim, claro, o fator preponderante para comprar um relógio é o visual, claro! Eu tenho uma teoria quando me perguntam algo do tipo vale ou não vale no site: tem dinheiro e gosta? Compre. Tecnicamente, posso te dar uma opinião, mas não creio que comprar um relógio por mera técnica seja o caminho.
Exemplo maior? Quando comecei com esse lance de relógios, há uns 12 anos, dava valor extremo às ditas manufaturas. Hoje não ligo (tanto) para isso. Sim, é claro que ligo, mas se olhar na Hublot, por exemplo, o que menos gosto na marca não é nem o fato de ela usar um 7750, que no fundo é um puta movimento. É o hype em torno da marca que eles próprios criam (hublonitanium, nem sei se o nome é esse, mas whatever, acho que entenderam o que quis dizer). Comentei outro dia, voltando ao "exemplo maior", que antes achava os relógios da Alain Silberstain ridículos e, ademais, caros, por simplesmente usarem etas sem qualquer modificação em seu interior.
Depois saquei a proposta do cara (que, infelizmente, faliu, mas parece que terá uma injeção por parte de investidores): o lance é o design do relógio, algo extremamente singular e que mostra quem você é!
Porra, lá pelas tantas virei fã de um modelo em particular, o Smiley Faces, que tem apenas hora e data, mas a marcação de dias não é feita por números, mas por carinhas do Smiley! Segunda, carinha péssima e, à medida que vai chegando o final de semana, ela vai ficando feliz (se alguém encontrar uma boa foto do relógio poste). Puro design! E mais: quando vi esse relógio pela primeira vez, eu ri! Ou seja, é algo que faz a pessoa que está ao seu lado até ficar feliz!
Compraria hoje no ato, exclusivamente pelo design. Porém, que o Alain Silberstain não cobrasse mais do que uns 3 mil dólares nele. Senão passava...
Flávio