Essa questão de precisão/funcionamento no pulso já foi muito discutida aqui e, certa feita, usei inclusive um movimento seikão 7s26 como exemplo, de um relógio "militar" que dei para meu pai há vários anos. O relógio tem uns 10 anos, nunca foi revisado, meu pai o usa direto há uns 5 (só tem ele). Nunca parou e, segundo meu pai, adianta no máximo uns 10 segundos por mês. Disse a ele: é claro que esse movimento é uma porcaria e compensações estão ocorrendo aí, pois ele deve ganhar minuto no dia e perder minuto à noite pela variação de posição.
Sobre os Miyota, acho que equipam os Bulova atuais. O Francelino, relojoeiro de Brasília, deu um desses movimentos para mim, completo. Resmungou: Flávio, impossível ajustar esse troço. Você consegue boa amplitude, bom ajuste e deixa no cicloteste. Uma semana depois, o movimento parece que se desajusta sozinho, apresenta marcha irregular. Lá pelas tantas ele já culpava a seiko também: igual aos seikos atuais!
Eu sou estranho. Talvez seja o forista que mais estudou e fez com que se everedassem pela relojoaria de precisão, estudando sobretudo os ingleses (os Suíços que me perdoem, mas se quer saber de relojoaria de precisão, o país é outro, atravessando o "mar").
Pois bem. Eu não estou muito aí com precisão de relógios, as datas nos meus estão sempre erradas...Os fatos apresentados por um boletim de marcha servem apenas para me mostrar a "saúde" do relógio. Eu não me importo muito se meu Omega Speedmaster, por exemplo, está adiantando 10 segundos ao dia quando poderia estar adiantando 2. Não quero que ele me encha o saco e pare, só isso.
E sim, sei onde estou me metendo. Uma coisa é exigir precisão (com P mesmo) de um cronômetro; outra, de um seikinho de 300 pratas.
Flávio