Salve!
Pois é...
É isso,... Mas não exatamente isso.
Mas, sempre relembrando o que disse o Flávio, não se trata de uma "ciência" exata. Não mesmo.
Quase que cada caso pode ser um caso. Há características mecânicas intrínsecas a cada movimento que podem fazer diferença.
E,...
Apenas, para trazer a conversa um pouco mais para o lado, digamos assim, "conceitual", considerem que...
Num watchwinder o mecanismo de carregamento, como sempre ocorre, é primariamente acionado pela inércia, mas o rotor não "gira" propriamente.
A força da gravidade não faz o rotor girar. Esta apenas mantém o rotor em uma posição "fixa", enquanto a caixa do relógio é girada pelo aparelho.
No punho é basicamente a mesma coisa, mas diferentemente do watchwinder, o rotor pode ser também "acelerado" pela inércia, pelos "impulsos" do movimento do braço.
Por esta razão um relógio automático "carrega" no espaço, isso se o astronauta não permanecer estático...
Quando nós "damos corda" girando o relógio na mão, o efeito (inércia) é o mesmo, mas a eficiência da transmissão do movimento é muito mais efetiva, pois neste caso estamos impulsionando, acelerando, o rotor.
E naquele momento estamos usando, num curto intervalo, toda a inércia de que dispomos para a ação de carregamento.
Mas há outro ponto a considerar na questão do número de voltas do rotor que seriam necessárias para o carregamento completo.
Num watchwinder, e o aparelho trabalha em ciclos de liga-desliga, se quando o mecanismo gira (liga) a corda carrega, na outra parte do ciclo ela descarrega, até o próximo período ligado. Ou seja, fica neste carrega-descarrega.
Portanto, levem isso em conta.
Assim como num watchwinder, mesmo para "carregar" girando o relógio na mão, é importante saber se o carregamento se dá no sentido horário, anti-horário, ou em ambos. Caso contrário podemos perder total ou parcialmente o esforço (metade no caso do carregamento bi-direcional).
Mas, voltando à pergunta do colega Henk.
Por que o carregamento teria que ser "completo"?
Eu estabeleceria um ciclo de volteios manuais, digamos, eu começaria com umas 200 voltas e veria se no dia seguinte o relógio parou ou não (pelo horário em que parou eu poderia estabelecer uma “relação” para
aquele movimento.
E aí, se necessário, aumentaria, ou diminuiria o número de volteios.
Abraços a todos,
Alberto