O vinho oxida! A maçã, oxida!
Uma curiosidade: a camada de passivação do ouro é tão fina e delicada que não chega a se formar plenamente quando a peça (a jóia, o relógio, ou que seja) está em uso, pois o próprio atrito com nossa pele e roupas, remove um pouco dessa camada o tempo todo. No entanto, quando a peça fica guardada por um bom tempo sem ninguém tocar nela, a pátina "engrossa" tanto, digamos assim, que muda de cor e se transforma numa mancha que varia de cor de um rosa até um roxo profundo, quase preto, passando pelo azul. Um simples lustre remove essa camada e consequentemente, a "mancha".
O mesmo com a prata: se manuseada sempre, não chega a escurecer. A camada escura é a pátina. Aliás, meu isqueiro predileto é um Zippo de prata esterlina. Lindo, mas eu não via a hora dele ficar todo preto. Tentei de tudo, até submeter à diversas químicas até me tocar que, sendo uma pátina, só havia uma maneira dela se formar: não usá-lo. Tive que deixá-lo por cerca de um ano sem tocar nele. Mas, consegui o que eu queria: ficou todo "pretejado". Uma beleza. Eu acho, pelo menos.
Voltando ao ouro, isso responde a "charada" do amigo Alberto. Aliás, quanto mais puro o ouro, mais rápido e mais intensa é a formação dessa "mancha", embora ela ocorra bastante no ouro 18K (75% de ouro).
Abraços!
Adriano