Assim como o Lenadro e o Pontual (e, futuramente, o Shun), sou médico.
Entrei na faculdade em 1990, realizando o sonho próprio (de quem dizia que iria ser médico - aos 6 anos de idade - para aplicar injeção numa vizinha idosa... rsrs) e de meus pais. Escolhi a otorrinolaringologia por acaso, após tentativas frustradas de realizar estágio na oftalmologia.
Em 1998 realizei o grande sonho da vida, ao morar fora do país. Sabia que minha vida não seria a mesma se não tivesse como bagagem de vida a vivência num país diferente, com língua e culturas diferentes das que conhecia. Com a ajuda de um amigo, obtive vaga para doutorado em medicina na Espanha e para lá fui.
Hoje, vivo no interior da Bahia, plenamnete realizado na profissão. Passo o dia no consultório, de segunda a sexta e ainda nos sábados pela manhã, sem intermediários nas consultas (leia-se 'sem convênios'). Me divirto e me satisfaço com meus clientes e percebo que o carinho e atenção são recíprocos. Sei, entretanto, que a dinâmina de trabalho que conquistei hoje é fruto de um pensamento reto e com objetivos muito bem traçados. Muito mais do que o conhecimento adquirido, o sucesso vem do olhar atento ao mercado e depende de como nos colocamos nele.
Meu tempo livre foi ocupado por muito tempo com os amigos deste fórum, com o tiro esportivo, com discussões sobre monarquia, e com muitas outras coisas de que gosto. No fórum, comemoro hoje um regresso após longo período de ausência; no tiro esportivo, sigo com meus pratos voando e a 12 pipocando; entre monarquistas, sinto-me como membro antigo da família de cada um que conheço.
Há três anos, criei uma ONG para contribuir com o desenvolvimento social e cultural da cidade em que nasci e da cidade onde moro. Tive muitas alegrias desde então, com a oportunidade de interferir no cotidiano de pessoas necessitadas. Promovi muitas ações no esporte (criei, organizei e co-patrocinei uma Copa de Basquete em Guanambi, tendo ainda rganizado a tabela de jogos e o regulamento da competição), na cultura e na preservação do patrimônio histórico. Ao município onde nasci, ofereci um novo brasão, restaurado segundo as regras de heráldica (ciência que admiro e sigo estudando), além de doar um curta-metragem gravado no rio de janeiro sobre a história do índio Içá-Mirim, filho do Cacique Arosca, levado à França em 1504 após expedição comercial que aportou na Ilha de São Francisco do Sul, minha cidade natal.
Meu relato é parte da minha vida, que me traz felicidade a cada dia.