7750 sem ser versão top é movimento de segunda. Este é o padrão a que se propõe: ser de segunda.
Eu concordo, como já falei aqui várias vezes. E aqui, novamente, ser de "segunda" não quer dizer impreciso, sem qualidade, frágil, nem nada. O 7750, qualquer que seja, é de segunda pois foi pensado desde o início para ser assim. Foi pensado para ser uma alternativa de baixo custo e facilidade de produção. Não tem fineza nenhuma. Inúmeras peças estampadas, sistema de acoplamento do mais barato que há (o tal tilting pinion inventado pela Heuer com esse intuito)... e se popularizou justamente por causa disso. Foi lançado em 1971. Poucos anos depois, todo mundo faliu. E na década de 1980, a única coisa que os fabricantes podiam comprar era o barato e confiável 7750. O "boom" se perpetua até hoje. E não era falta de opção, pois a Lemania tinha opções, caras, e pior ainda, a F. Piguet.
Claro, é robusto, e é muito preciso. Aliás, essa precisão se deve só ao escapamento. O comando do crono, nem precisa ser especialista, para sentir que não há suavidade. Quem acha um 7750 suave, nunca acionou um F. Piguet, ou nem um Omega 861, que apesar de usar o mesmo sistema de comando, por cames, mas cames de qualidade anos luz dali. É tosco.
Quando temos exemplos do que é um movimento de primeira, como um F. Piguet, não dá para achar o 7750 da mesma categoria. E acusar o Omega 33xx de defeituoso, por causa daquela história que todo mundo sabe, também não faz justiça pois o 7750 já sofreu bem mais modificações ao longo da história. Muitos dos problemas do 7750 ocorreram numa época na qual a internet mal existia. Roda inversora, rolamento, roda de transmissão da rochet, roda de arraste do calendário, todo o sistema do acumulador de horas (que permitia o acumulador andar sozinho), tudo isso já deu problema no 7750 e foi modificado.
Enfim, meus dois cents apenas, ninguém precisa concordar.
Abraços!
Adriano