Lucius, como assim? Os Patek possuem "preço de mercado" para seus produtos, comparando-os às outras marcas. Não são overpriced, na minha opinião. Overpriced para mim são os preços que algumas peças - sem qualquer motivo aparente - alcançam em leilões. Para ter uma noção, os Calatrava de entrada custavam, na minha úlitma viagem à Europa, cerca de 12, 13 mil euros. Mais barato que o Lange Saxônia de entrada. Um crono Patek é o mesmo preço do que, também citando a Lange, um Datograph. Difícil é explicar como um Ten Days, que era vendido há uns 10 anos, custava cerca de 20 mil dólares, pararam de fabricar e, hoje, custam 100.
A Patek tem um lance legal, que foge das tais "limited edition" lançadas a todo momento por, por exemplo, AP e Hublot, onde todos os relógios são edições limitadas! Entenda-se: fazem 250 modelos iguais de cada relógio, mas com mostrador diferente, e dizem que é limitado. Isso não fará agregar preço algum no relógio.
Os Pateks "limitados" não são criados para serem limitados, simplesmente acabam virando limitados. Tome como exemplo os cronos deles. Há modelos que ficaram na linha durante 30 anos seguidos e tiveram não mais do que 300 fabricados!
Então, dentro da linha da Patek, há os absurdos, como em toda linha de altíssimo luxo. Porém, a carne de vaca deles (que nunca é carne de vaca, mas de boi de Kobe), está mais ou menos no preço das marcas de luxo com quem competem. E eles tem legitimidade. A história deles nos diz isso, assim como preço nos leilões.
Espanto maior causa-me alguém criar um relógio que é praticamente um protótipo em toda série (sei lá, o primeiro que me veio à cabeça foi o Richard Mille, mas como ela existem dezenas de marcas), não tem lá grandes histórias, busca sua legitimidade e... Custa o preço de uma Ferrari!
Flávio