Corum é chinesa

 Pesquisei na busca do fórum e não encontrei,
A Corum piora, a china melhora seu know how, ou os dois?
http://www.hautetime.com/china-haidian-holdings-buys-swiss-watchmaker-corum-for-90.9-million/22571/

O título do tópico é uma afirmação?

De todo modo, como a compra de uma marca por um chinês ou por um grupo ou empresa chinesas piora ela? É melhor uma marca na mão de um chinês milionário ou de um europeu semi-falido (apenas exemplo, nem sei de quem "era" a Corum ou qual sua situação).

E outra pergunta: por que quando um chinês "compra" uma marca suíça, afirma-se que a marca virou chinesa? Por que nunca ouvi ninguém dizer que a Tissot, a Omega, a Longines e tantas outras viraram libanesas quando um certo libanês "comprou" elas?

Só para provocar a reflexão...

Abraços!

Adriano

O título do tópico é uma afirmação?

De todo modo, como a compra de uma marca por um chinês ou por um grupo ou empresa chinesas piora ela? É melhor uma marca na mão de um chinês milionário ou de um europeu semi-falido (apenas exemplo, nem sei de quem "era" a Corum ou qual sua situação).

E outra pergunta: por que quando um chinês "compra" uma marca suíça, afirma-se que a marca virou chinesa? Por que nunca ouvi ninguém dizer que a Tissot, a Omega, a Longines e tantas outras viraram libanesas quando um certo libanês "comprou" elas?

Só para provocar a reflexão...

Abraços!

Adriano

Muito bem colocado Adriano... Não temos como fugir da invasão chinesa em praticamente todos os segmentos... E sabe-se que nem tudo produzido por eles tem baixa qualidade, tenho alguns  clientes da área de metalurgia, que me disseram que eles tem melhorado exponencialmente... Apesar de muitas vezes eles deixarem claro no momento da venda que eles possuem 2 linhas.... Uma muito melhor e outra, de menor custo.... Consequentemente....

Mas é uma reflexão interessante sobre o futuro.....

Será que daqui a pouco surge uma chinesada fazendo uns relógios de cair o queixo?? 

Abraçooo

Rafa

Bom,...
Sem tentar prever o futuro...
Afinal a minha bola de cristal até existe, tem uma bem aqui na estante, mas ela é pequena e...    ...chinesa. 


Mas eu penso na mesma linha do amigo Adriano...
E digo mais... A grana, o capital dos investidores, não tem pátria e nem (ou raramente) tem tradições ou as leva muito em conta.

E eu penso que as possíveis "reflexões" que nós possamos fazer, talvez tendam (notem que eu não estou sendo "categórico"... ...digo apenas que elas "tendem") a ser fruto das nossas visões e até mesmo dos nossos "anseios" e "expectativas" (também sem ser "categórico", é claro).
 

Alberto

Bom dia Adriano
Sim, o título é uma afirmação; apressada e possivelmente equivocada na forma como foi colocado.
Após rápida pesquisa percebi que o tema é complexo, e que o conceito de nacionalidade empresarial é determinado basicamente segundo o direito do país em questão.
Afirmar que o produto necessariamente decairá de qualidade não me soa apropriado, e não pretendi afirmar nada nesse sentido, por outro lado especular sobre essa possibilidade me parece legítimo, visto a enxurrada de produtos chineses em nível mundial com ênfase somente no preço, o que denota uma política claramente definida.
Acho que a discussão interessante foi a suscitada pelo Rafaexp
"Será que daqui a pouco surge uma chinesada fazendo uns relógios de cair o queixo??"

Abç

não sei se de cair o queixo, mais os chineses já tem uns turbilhões por ai, o que não é coisa simples! nem de longe!

Bem,...
Eu creio que, em última analise, se eu posso dizer isso... ..."última"... 
Tudo vai depender do mercado, do interesse real, da procura, de haver quem compre e com que características.

Não nos esqueçamos que, se para nós, Horologia é um hobby, ou para outros até quase uma verdadeira "fé" a ser "professada"  , e tal, para outros (e empresas) é um simples negócio.

Mas,...
Voltando à questão da capacitação dos chineses.
Tecnologia, neste ou em qualquer outro campo (eu diria...  ) eles têm.
Podem crer.

Alberto

Para mim isso vai acontecer cada vez mais.

Marcas tradicionais sendo compradas por grupos asiáticos ou do oriente médio.

Eu acho isso muito válido e tenho certeza que os empresários de hoje não vão piorar a marca, pelo contrário pra eles é vantagem manter e melhorar.

Creio que quando eles vão adquirir alguma marca em qualquer ramo que seja, eles levam em consideração os "drivers" que motivam a compra e análises do perfil consumidor e fututos mercados.

No nosso, creio que tradição seja um deles e tenho certeza que eles vão tomar muito cuidado com isso.

Portanto acho valido sim, acho que só temos a ganhar com isso.

Abs

Eu só sei de uma coisa: medo de que as coisas piorem, e muito, eu tenho é quando um brasileiro ou um grupo brasileiro compra alguma empresa... É só uma contagem regressiva para o "caixa dois" indiscriminado explodir com a empresa, ela decretar falência e o(s) dono(s) irem embora para casa dirigindo Porsches e Ferraris... Mas esse é outro assunto.

Abraços!

Adriano

Eu só sei de uma coisa: medo de que as coisas piorem, e muito, eu tenho é quando um brasileiro ou um grupo brasileiro compra alguma empresa... É só uma contagem regressiva para o "caixa dois" indiscriminado explodir com a empresa, ela decretar falência e o(s) dono(s) irem embora para casa dirigindo Porsches e Ferraris... Mas esse é outro assunto.

Abraços!

Adriano

Laranjas....ah os laranjas!!!
Abs

...
... análises do perfil consumidor e fututos mercados.

No nosso, creio que tradição seja um deles e tenho certeza que eles vão tomar muito "cuidado" com isso.
...

Sim...
Mas sem o intuito de polemizar, apenas apresentando um outro ponto...

Mas será mesmo que (muitos... ...ou todos...    Alguns, certamente sim...) vão tomar cuidado, com isso?
Mas, muitos? Aí eu já não sei... Se o alvo (o foco) seremos mesmo "nós"...

Mas certamente não serão todos, muito o contrário.
Afinal é um negócio, que tem que dar retorno e logicamente precisa identificar bem o seu público. Não há dúvidas aqui.
 

Mas eu confesso que tenho algumas outras dúvidas.
Afinal, e apenas para citar o próprio exemplo, a Corum (dos últimos tempos) vinha de fato tomando cuidados com o "tradicional", ou estava mais para o "causando" (impacto, choque, "protesto" contra os "valores" de muitos...)?

Mas claro que isso certamente (aliás, longe disso) não fazia com que ela não tivesse lá o seu público (alvo), é claro.

Alberto

...E outra pergunta: por que quando um chinês "compra" uma marca suíça, afirma-se que a marca virou chinesa? Por que nunca ouvi ninguém dizer que a Tissot, a Omega, a Longines e tantas outras viraram libanesas quando um certo libanês "comprou" elas?...

E, pela mesma conta, Tag/Zenith, Hublot e qualquer outra marca do grupo LVMH são francesas.

Eu só sei de uma coisa: medo de que as coisas piorem, e muito, eu tenho é quando um brasileiro ou um grupo brasileiro compra alguma empresa... É só uma contagem regressiva para o "caixa dois" indiscriminado explodir com a empresa, ela decretar falência e o(s) dono(s) irem embora para casa dirigindo Porsches e Ferraris... Mas esse é outro assunto.

Abraços!

Adriano

Essa foi a afirmação mais importante desse tópico....porém, levar o papo pra esse lado, a gente teria que ir pro Botequim....

Mas uma coisa é fato....a cultura dos outros países citados aqui, e principalmente da China, é de realmente CONTINUAR no mercado, então como o Richard disse, acho muito difícil eles terem a intenção de reduzir a qualidade do produto de uma empresa já tradicional, não faria sentido.... a não ser que tenha algum espírito de brazuca na direção....enfim...

E o Vinnie fez uma colocação importante tb....produzir um turbilhão não deve ser pra qq um não, os mestres poderiam falar melhor sobre o tema.... independente de durabilidade, que acredito estar muito mais atrelada a qualidade dos metais utilizados na confecção, o que acredito ser mais complexo é o maquinário e os softwares para confecção dos componentes em si.... mas tb não sei se viraria outro tópico...

Mas infelizmente....ou não....isso esta longe de nós...nós só poderemos lamentar ou "idolatrar" ...hehehe

Abraço a todos

Rafa

...E o Vinnie fez uma colocação importante tb....produzir um turbilhão não deve ser pra qq um não, os mestres poderiam falar melhor sobre o tema.... independente de durabilidade, que acredito estar muito mais atrelada a qualidade dos metais utilizados na confecção, o que acredito ser mais complexo é o maquinário e os softwares para confecção dos componentes em si.... mas tb não sei se viraria outro tópico...

Não precisa ser mestre para dizer que fazer o "turbilhão chinês", que sempre é dito, com +/- 25 sec. por dia, é fácil para qualquer fábrica.
Eu penso como a maioria, nada deve mudar.

Não querendo polemizar, mas é bom lembrar que tem um chinês na fila de espera da AHCI...

Ahhhh amigo Alberto, pelo contrário, não é polemizar e sim um ponto a se considerar.

Se vc analisar bem, a Corum sempre foi uma marca com uma certa ousadia no design até de gosto duvidoso nos últimos anos.

Se eu fosse um investidor que estivesse procurando uma marca de relógios de luxo para popularizar dentro do mercado de luxo, seguindo o caminho da Hublot, a Corum estaria na lista e no topo hehehehehe.

Agora o que nos resta é aguardar né?

Abraços