Faz quase 13 anos que mudei-me para Brasília e, desde que cheguei, fui apresentado ao Francelino e seu filho, Rubeno, que tocavam aquela considerada a melhor relojoaria daqui. Eu sinceramente não tenho lembranças de como os conheci, mas provavelmente por acaso, pois no passado eram autorizados Omega e Longines no Brasil, antes das operações do Swatch Group serem concentradas praticamente na WatchTime.
Com meu jeito "boa praça da relojoaria", sempre enaltecendo o trabalho dos profissionais e com eles compartilhando histórias, houve uma época que frequentava muito o local. O Francelino tinha (tem...) mais de 50 anos de experiência e gostava de conversar com ele, que já não colocava a mão na massa.
A obrigação de tocar o negócio havia sido transferida para seu filho, o Rubeno, que tinha inclusive vários cursos de especialização em movimentos feitos na Suíça, sobretudo La Chaux de Fonds. O outro filho do Francelino, o Valdir, já começava a seguir outros passos, buscando ser advogado.
Fato é que perdi contato com os caras há uns dois anos, algo que me penitencio. Aliás, nunca é tarde para retomar isso, vou procurar o Francelino...
Há alguns dias tive a infeliz notícia que o Rubeno, cara novo com apenas 50 anos, em comparação com o Francelino, um idoso, sofreu um infarto fulminante no final do ano passado e faleceu. E com ele faleceu todo conhecimento técnico que empurrava a loja para frente.
Uma pena... Como sei que vários colegas aqui são de Brasília, resolvi dar a notícia ruim.
Flávio
Chato eu cheguei la perguntando por ele e o Francelino me deu a notica.
Putz, então quando fui lá este ano, ele já tinha falecido... Como não conhecia nenhum dos dois, só perguntei quem era e conheci o Francelino. :-\
Há algum tempo passei a usar os serviços da WT em SP.
Mas o CRE é (era) o último reduto de alguma qualidade na assistência aqui em Brasília.
Agora acredito que acabou para nós...uma pena...
Pena mesmo.
E o pior sentimento é o de sabermos que não morreu apenas o excelente e dedicado profissional, mas que não ficaram "herdeiros".
A arte, no Brasil, morreu mais um pouco.
:(
Alberto
Poxa, eu também não sabia disso... o Rubeno não era apenas colega do ramo, mas conhecia ele pessoalmente, sempre que ele vinha a SP batíamos um papo e tomávamos um café. Que pena. Muito triste a notícia... :-\
Adriano