Cada dia encontro mais coisas sobre o cara. Não li o texto ainda e provavelmente só o lerei daqui a algum tempo, mas aí estão as explicações sobre seu escapamento, em tese de vareta, ter sido considerado um novo modelo pelo Rupert Gould. Levees em diamante, feitas pelo próprio, com um desenho tangencial, para reduzir fricção? Dá um tempo!
E depois o povo HOJE fala em escapamento isso, escapamento aquilo, silício não sei onde, quando o cara, há trocentos anos, tirava idéias vindas do espaço sideral para fazer seus relógios.
Tenho que ler isso...
http://www.informaworld.com/smpp/section?content=a783202883&fulltext=713240928
Flávio
E dizem que só recentemente conseguiram reproduzir os desenhos das levées, e precisaram usar escaner 3D, CNC e o escambau. Ninguém jamais havia conseguido reproduzir com perfeição, nem Gould, nem o Anthony Randall (que é fera demais) e nem o falecido Derek Pratt, que era um dos maiores pintudos da relojoaria.
Citação de: igorschutz online 03 Junho 2011 às 08:00:00
E dizem que só recentemente conseguiram reproduzir os desenhos das levées, e precisaram usar escaner 3D, CNC e o escambau. Ninguém jamais havia conseguido reproduzir com perfeição, nem Gould, nem o Anthony Randall (que é fera demais) e nem o falecido Derek Pratt, que era um dos maiores pintudos da relojoaria.
Pintudo é pouco. Olhe as fotos do "reloginho" que ele fez para a Urban. Curiosamente, olhando o tempo gasto para produzi-lo (4300 horas), vi que é mais ou menos o que o Daniels indica no seu livro para o feitio de cada um dos seus relógios (4500). Teve aprendizes? Pouco sei sobre ele...
http://tempered-online.com/forums/viewtopic.php?t=60
Flávio
A prova maior de que o Derek Pratt era um pé de mesa: era o único relojoeiro que o George Daniels (orgulhoso que só) considerava no mesmo nível dele.
Encontrei na net um texto...SEU sobre o cara, publicado aqui. Saque:
http://forum.relogiosmecanicos.com.br/index.php?topic=2004.0;wap2
Flávio
Sei que ainda é muito para minha cabeça...rsrsrs porém quando surge esses e outros assuntos mais técnicos, eu começo a me afundar (positivamente é claro) no google, atrás da informaões menos técnica...
WOW...hipnose total, fiquei por alguns minutos babando e observando essa beleza toda!! :o :o
(http://www.tempered-online.com/curtis/derek/ujs01.jpg)
(http://www.tempered-online.com/curtis/derek/ujs06.jpg)
(http://www.tempered-online.com/curtis/derek/ujs03.jpg)
Repostando a FONTE (http://tempered-online.com/forums/viewtopic.php?t=60)
Magnifico tópico caros, Flávio e Igor, professores do fórum!! 8)
Tenham um ótimo final de semana!!
Amigos,
Quando vejo algo desse nível fico realmente embasbacado. As coisas parecem de outro mundo.
Leio muito, pesquiso sempre e a cada dia uma surpresa. Lembro que li o tópico do Igor sobre o Derek, mas na época nem dei muita atenção.
Agora, uma observação. Nessas pesquisas todas já li muito sobre o remontoir e ainda nã oentendi direito como funciona o troço.
Até agora o que eu achava mais interessante vinha sendo aquele do Lange com 31 dias de reserva de marcha.
Mas esse remontoir "dentro" da gaiola do turbilhão... sei lá, parece ficção...
Átalo
Li. Só tive tempo agora, aliás, estou em falta com o fórum em virtude da viagem, trabalho, etc.
Resumo. Inicialmente, quiseram descobrir se as levees realmente eram de diamante, o que foi aferido por raio x e microscópio. Através da análise, também quiseram saber como Harrison descobriu como fazer uma curva no diamante que, pelas suas características, normalmente não aceita tal polimento, pois as estruturas cristalinas do material tendem a quebrar. Somente seguindo o "veio" das estruturas é que isso seria possível, o que indica que Harrison adquiriu conhecimento semelhante aos dos bons lapidadores para fazer isso.
As levees precisavam de lubrificação porque, sem ela, o contato de aço com diamante geraria pequenas fraturas e, com o tempo, transferência de pó de diamante para todo o sistema, que o inutilizaria. Aliás, as faces planas das levees possuem desgaste, que se presume ter sido produzido por má lubrificação depois que o relógio saiu das mãos de Harrison e negligência no ajuste.
O mais impressionante são as declarações de Kendall, que copiou o relógio, como é notório, e indicou à Comissão da Longitude que 50% do seu valor se devia às pedras preciosas usadas para reduzir fricção. Na verdade, pode-se presumir que 30% do valor do relógio correspondia aos custos da levee de diamante que, no K2, foi substituída por rubis e não apresentou os mesmos resultados.
Não há dados deixados nem mesmo por Harrison DE COMO ele fez as levees. Sabe-se, porém, que ele teve grandes dificuldades, pois reclamou o fato com o Astrônomo Real Bradley, dizendo que estava "tendo problemas com em polir as levees de diamante".
Em síntese, é impressionante como alguém fez isso sozinho, há 250 anos, sendo que nem hoje os caras tem uma noção exata no processo.
Flávio