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Mensagens - Fmassu

#1
Fórum principal / Tissot Bumper
31 Julho 2015 às 23:05:13
Boa noite,

Dos 7 movimentos automáticos bumper da Tissot (28-1; 28-21; 28.5-1; 28.5-21; 31.1; 31.21; e 28.5-N21), apenas dois apresentam fotos no Ranfft (28.5-21; e 28.5-1).

Será que os colegas não gostariam de compartilhar algumas fotos dos movimentos bumper da Tissot?

Um grande abraço,
#2
Boa noite,

Alberto Ferreira, confesso que a principio ia postar as fotos, pois um colega do fórum as pediu, nisso pensei que deveria colocar o que havia descoberto sobre o mesmo.

Não me preocupei muito em pedir informações, pois se trata de um relógio da década de 1940, um Tissot/Omega, creio que qualquer um por aqui que souber algo, dificilmente perderia a oportunidade de falar sobre.

Comecei a estudar um pouco sobre relógios a duas ou três semanas, a biblioteca esta bem restrita ainda, se bem que tive muita sorte de encontrar o "Tissot: 150 Years of History, 1853-2003" em um sebo por 40 reais, um belíssimo livro, com o bônus das tabelas no final do mesmo que são absolutamente perfeitas (Número de séries por ano de fabricação; isso além de uma planilha com todas as características, período de fabricação, fabricante de cada movimento utilizado pela Tissot entre 1853 a 2003.

Por outro lado, a internet me parece imbatível no aspecto visual, a capacidade de buscar fotos para comparar é formidável.

Segue algumas fotos da máquina e da tampa, coloquei-as em tamanho maior que as do exterior, o motivo é óbvio, não é?

Fotos:
#3
Máquina: Omega Swiss - 16 jewels - cal. 30 T2 SC /  9.45X.XXX, mecânica de corda manual;
Tampa: Modele+Depose / Omega - Fab.Suisse - Swiss*Made / 10.24X.XXX;
Mostrador: Tissot - Antimagnetique, numeração arábica de horas e 5 em 5 minutos/segundos;
Caixa: Sem assinatura, com 32 x 38 mm e pinos da pulseira fixos;
Pulseira: 18 mm, veio com uma pulseira de aço inox Beta, fabricada na ZFM, porém substitui por uma pulseira estilo militar de couro marrom Diloy de Lux;
Coroa: Sem assinatura, 6 mm de diametro;
Sinais notáveis: Um pequeno lascado na ponta da aba inferior esquerda; e um pouco de manchas e patina no mostrador.

Fotos:


Identificação:
O primeiro desafio foi datar a máquina, no site www.ranfft.de encontrei um Cal. 30T2SC SN 10.40X.XXX datado em 1945 e um Cal.30T1SC SN 9.21X.XXX datado em 1940. Por interpolação cheguei a uma data aproximada de 1941. Com esta data na mão, comecei a procurar Omegas com esta maquina, encontrei em http://www.darlor-watch.com/omega_watches_6.html sob o título: OMEGA MILITARY STYLE BLACK DIAL WRIST WATCH 1942, um com maquina SN 9.48X.XXX e Caixa SN 10.22X.XXX e datado de 1942. Isto sem contar diversas outras fontes que o coloca entre 1941 e 1943, creio que a máquina em questão refere-se a um Omega produzido em 1942.

Ao restringir a busca a um calibre específico e um intervalo curto, encontrei duas referências interessantes:

A primeira num site da República Tcheca (http://www.antik-hodinky.cz/naramkove-ocelove-hodinky-chronometer-omega-c-30-sc-t2), cujo relógio me surpreendeu, por conta dos ponteiros serem idênticos, inclusive o de segundo, contudo a tampa da caixa é significativamente distinta. Creio que o modelo deste seria o Omega CK2242 (ou CK2244);

Em outro site (http://omega-chronometers.blogspot.com.br/2010/03/air-chronometer-omega-2292-30-t2-sc.html) eu encontrei o Omega CK2292 (modelo produzido para a RAF em 1942), com ponteiro de minuto, tampa e caixa semelhantes.

Por outro lado, encontrei no Ebay um relógio Tissot com mostrador semelhante, também datado dos anos 40 (Com uma máquina Tissot SN 1.35X.XXX, o mesmo seria de 1943).

Em suma, o relógio é do período de 1941 a 1943, sendo a maquina, tampa e ponteiros da Omega; Mostrador da Tissot. A caixa por sua vez não sei precisar.
#4
 :o Brincadeira!!! Justo agora que já mandei colocar pulseira no meu relógio de parede.
#5
Hum... percebo que uma divisão que parecia óbvio em minha cabeça, não é assim, e que devia ter explicitado, mesmo porque o conceito de restauração é muito mais amplo.

Separei em minha cabeça os dois conceitos: Restauração e Conserto. De forma que quando falava de Restauração me referia apenas a melhorias nas condições estéticas do relógio, e não na sua funcionalidade.

Com relação a consertar o relógio e faze-lo voltar a funcionar, ou funcionar adequadamente, com relação a isso não tenho como ser contra, tanto que na minha mente, se quer se deu conta de que existiria outra opção na hora que escrevi o texto. Da mesma forma julgo natural reproduzir peças para substituir as defeituosas que não possam ser consertadas.

Vou aproveitar o exemplo do flavio. Há duas "escolas" de restauração, a primeira busca deixar o carro com aparência de novo e outra pretende manter a aparência mais antiga, mesmo um pouco desgastada. Quando olho para um relógio na primeira vez, penso em deixa-lo novo, porém com o tempo vou me acostumando a um ou outro risco, como também a alguma mancha no mostrador.

Não creio que uma visão seja certa e outra errada, creio que com tempo terei relógios que optarei em deixa-los com aspecto de novo e outros não. Assim como cada um tem sua preferência pessoal.

Cigano, depois coloco umas fotos do Frankstein e conto um pouco do que já descobri.
#6
Bom dia a todos, sou um neófito nesta senda de relógios.

Gostaria de ouvir a opinião dos colegas a respeito de restauração de relógios.

Vale realmente a pena restaurar?

Não falo no sentido comercial (compro por X, restauro e vendo por Y), mas no sentido estético. Será que um relógio de 70 anos com cara de novo, representa algo a mais? Isso sem contar algumas atrocidades que acontecem com restaurações mal feitas, tenho visto pela internet alguns relógios restaurados, em que o mostrador é repintado e o relógio fica parecendo uma linda musa com uma linda roupa de festa, mas com maquiagem de palhaço.

Talvez uma caixa muito judiada, daquelas difíceis de abrir, que quando você pega na mão percebe nitidamente que alguém tentou usar inclusive as ferramentas de pedreiro para abri-lo sem sucesso, com cantos lascados, riscos e descascado. Neste contexto, creio que um bom artesão conseguiria facilmente ressuscitar tal caixa.

Peguei recentemente dois relógios com defeito, um 100% Tissot (1950/1960) e outro meio Frankestein (Caixa e Mostrador da Tissot - da primeira metade da década de 1940; e Máquina, ponteiros e tampa da Omega - máquina e tampa de 1942/1943). Tinha como objetivo quando os peguei na mão, dar um belo trato os deixando como novo. Contudo com o passar dos dias fui me apegando aos seus riscos e defeitos, e agora não me parece mais fazer tanto sentido.

Quando falamos de relógios antigos, mais de 50 anos, a questão econômica de restaurar fica em segundo plano, pois mesmo que para comprar e restaurar um determinado MODELO iremos gastar por exemplo uns R$600,00, e o mesmo completamente restaurado valha apenas R$400,00, muitas vezes não existe oferta do referido relógio no estado desejado, de forma que a única forma é gastar mais.

Gostaria de ouvir os colegas a respeito.