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Então, Enéias, a gente tem de analisar o mercado. Olhe o mercado internacional de relógios novos e veja quanto custa, em média, um relógio com movimento La Joux-Perret, com desenho original etc. É por aí mesmo, entre 2-2,5k CHF.

Como, penso, eles estão mais interessados em atender o mercado internacional do que o brasileiro, escolheram se posicionar nesse preço, e a gente que ganha em Real é que perdemos... 

Esses dias, aqui no prédio do meu escritório, vi uns hipster que, acho, são do mercado publicitário, usando Orient varejeira, de forma a complementar o 'look' tiozinho botequeiro (ie. bigode, camisa social manga curta e com peito aberto, correntinha, chapeuzinho) kkkkk.... os caras são uns personagens...

[em enamel]

Enéias, recentemente, o RedBarBR fez um evento com a Statera, e eles levaram o novo modelo, ST02, para conhecermos.

O ST02 é bem diferente do primeiro modelo da marca em seu escopo e a empresa evoluiu muito para chegar nele.

Enquanto o ST01, de fato, era um modelo pouco interessante, pois nada mais do que um relógio suíço encomendado por uma empresa brasileira, o ST02 é muito mais brasileiro. A caixa de aço, por exemplo, foi desenhada exclusivamente para eles e fabricada totalmente no Brasil (usinada e polida lá no Paraná); a pulseira de couro também é toda feita aqui por um parceiro (o Gabriel); o mostrador em enamel (!!!), que é o protagonista do relógio, também é 100% fabricado no Brasil pelos sócios da Statera mesmo (eles prensam o disco base em cobre, revestem com enamel, estampam os índices etc.). Outros componentes, como vidros de safira (na frente e atrás), ponteiros, coroa, anéis de vedação e movimento são importados da Suíça. O relógio é totalmente montado e inspecionado no Brasil, também no Paraná. Ah, o estojo do relógio, em madeira roxinho com apliques da marchetaria, também é 100% brazuca, um espetáculo!

O ST02 é muito bonito, muito mesmo, e este passo enorme que eles deram de trazer a fabricação para o Brasil é extremamente audaz. Esses caras têm o meu mais profundo respeito e admiração!

Desejo toda a sorte do mundo para eles e os apoiarei da melhor maneira que eu puder. Eles deram uns spoilers lá do que virá para o futuro, e torço para tenham muito sucesso!

Relógio mecânico é, essencialmente, um item de luxo, já que, para ver horas de forma barata, você pode recorrer a um quartzo ou smartwatch. E, como luxo, o sarrafo "de entrada" é alto para a maioria da população brasileira.

Pior são os carros, que não deveriam ser luxo, e [principalmente 0 km] custam muito caro.

Mercado Livre

A vedação do relógio se dá pela junta de vedação, e não pela rosca da coroa.

O que a coroa rosqueada oferece de "melhor" é que a rosca garante por mais tempo que a junta de vedação esteja devidamente pressionada e exercendo sua função, ou seja, num relógio com coroa rosqueada há menos necessidade de checagens, ou, falando melhor, maior intervalo de tempo entre cada checagem para garantir que ele ainda esteja a prova d'água.

Também ando de moto, e também tomo chuva, então sei o que se passa, e lhe digo que qualquer relógio que possua alguma resistência à água (30, 50, 100, 200 metros ou mais) vai aguentar com tranquilidade essa situação, tenha ele coroa rosqueada ou não (seria o equivalente ao homem com guarda-chuva no guia que você postou).

A questão que você precisa se colocar é com qual frequência você dará manutenção no seu relógio? A cada 5 anos? 10 anos? 20 anos? Se você, assim como eu, é daqueles que só manda o relógio para o relojoeiro quando alguma coisa visivelmente não está certa, a coroa de rosca garante por mais tempo que seu relógio se mantenha à prova d'água, e por isso a melhor opção para um relógio para "bater".

Agora, quem é supercuidadoso com seu relógio, e manda para revisão no prazo indicado pelo fabricante (geralmente 5 anos), tanto faz se é coroa de pressão ou rosqueada, vai funcionar igual.

Vi esse relógio no ML. Chamou minha atenção, pois achei ele legalzinho. Parabéns!

Bem melhor!

Agradeço a correção.

[https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-3852596477-relogio-omega-f300hz-constellation-electronic-de-1972-_JM]

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Caramba, amigo, olha a descrição:

Funcionando, mas última revisão feita há algum tempo - sugere-se revisão.

Ao menos tenha a decência de falar que o relógio NÃO está funcionando direito, que às vezes funciona, às vezes pára, e o que ele precisa é de uma manutenção (e não "revisão").

Assim, pelo menos quem quiser comprar e enfrentar o desafio de deixar o relógio em ordem saberá o que está levando, ao invés de pegar um desavisado que pensa que o relógio está bom, mas só precisa de uma revisão.

Olha, pra fazer esse relógio aí, você terá de pegar algum relojoeiro independente, com amor pela profissão.

Se deixar em relojoaria tipo linha de montagem (sem nenhum demérito, é apenas o nicho de mercado que a empresa decide atuar), não vai valer a pena.

Dá uma zapeada pelo Instagram, tem diversos relojoeiros independentes se anunciando por aí... lembro de ter visto algo na linha de 'Aliança dos relojoeiros do Brasil'... mande uma DM por lá, e veja se alguém faz. Talvez você não consiga alguém especificamente em Curitiba, mas aí você encaminha via Correios.

Normalmente eles não reinventam a roda, ou seja, eles usam alguma base já existente e aplicam alterações em cima, mesmo que por "base existente" seja apenas o trem de rodagem, excluída a platina.

No caso, o que o Flávio detesta é o lance do ponteiro de hora pular de hora em hora que, entre outros, o 8500 contém. Ele julga que esse tipo de ajuste é frágil.

Procura aí na net por "decimeter". É uma forma de vc dividir o minuto por 100, facilitando assim cálculos de natureza industrial.

É um negócio bem de nicho.

É... quem pegou essa fase pré-Remessa Conforme, pegou... Eu, que sou comedido, comprei quatro chineses, com a felicidade de todos terem entrado sem imposto algum. Depois do Remessa Conforme não comprei mais nenhum e acho que nunca mais irei comprar (ao menos, não para entregar no Brasil).

Destes quatro que comprei, o meu preferido é justamente um San Martin SN021, inspirado no Rolex Explorer (mas não é igual, sequer é 'homage', apenas inspirado), que é um relógio muito, MUITO bem-feito pelo preço que custa.

Curti demais os artigos. Obrigado!

Em tempo... Já ouvi dizer que é um calibre superior a estes NH3X da Seiko, que, por si, também podem vir com lubrificação inadequada (para mais ou para menos).

O calibre em si é confiável, tão confiável quanto um SW200, porém, dependendo de quem monta e do controle de qualidade da marca, por vir com algum excesso ou falta de lubrificação em alguns componentes.

Tenho um PT5000 num San Martin que veio com lubrificação deficiente no mecanismo do automático, e ele não pegava corda no pulso, tinha de ficar dando corda pela coroa. Uma breve visita ao relojoeiro, com limpeza e re-lubrificação apenas nestes componentes resolveu o problema e ele segue firme e forte.

Não é bem assim.

"Nenhum ajuste" é um pouco demais.

O que se recomenda é que não ajuste o calendário pelo quickset nestes horários. O ajuste de horas e minutos pode ser feito sem problema.

E mesmo assim, ainda depende do movimento. Alguns movimentos mais modernos não têm problema com isso, ou seja, pode ajustar hora, ajustar calendário em qualquer horário.

De qualquer forma, se você não souber como funciona no seu movimento, seja conservador e não ajuste nesses horários.

Eu comprei um Apple Watch 5 no segundo semestre de 2019. Hoje, a bateria dele tem pouco mais de 70% da carga original.

Com esta carga de bateria, o relógio não aguenta que eu saia com ele de manhã e volte após o trabalho sem entrar no modo de economia de energia (detalhe: praticamente sem usar o relógio, apenas mantendo-o no braço e olhando as horas), portanto, para meu uso, hoje é um smartwatch inútil. Só o utilizo para monitoramento de sono. No dia a dia, não dá mais...

Para trocar por uma bateria nova, no serviço autorizado, custa R$ 949, preço extremamente salgado (você compra um Series 9 por USD 310 no PY).

Por conta disso, prometi para mim mesmo que jamais comprarei outro Apple Watch novamente, a não ser que revolucionem as baterias e elas deixem de ser inúteis em 4 anos de vida do aparelho.

[brida deslizante]

(...) como diabos o sistema não sobrecarrega a mola do relógio?

Nos relógios automáticos, na parede interna do tambor de corda há uma superfície móvel, denominada "brida deslizante", onde se apoia a mola da corda.

De resto, segue a explicação do ilustre Alberto Ferreira (saudade!) sobre o assunto:

Salve!

Nos automáticos jamais haverá problema com isso, digamos, com a "corda excessiva"!

A razão é simples, por construção, a ponta da corda é "ancorada" à parte interna do tambor por uma brida deslizante.
Em outras palavras, ao atingir a sua tensão ("aperto") máxima a corda é automaticamente "afrouxada" pelo deslizamento da brida em relação à parede interna do tambor, mantendo a tensão na corda sob controle.

Já nos relógios de corda manual, a brida não desliza, ela é ancorada (presa, fixada) à parede do tambor. Sendo assim, nós devemos parar com o carregamento ao sentirmos que o esforço que está sendo aplicado sobre a coroa se torna mais "pesado" (mais "duro") e, caso não façamos isso, podemos até quebrar a corda.

Abraços!
Alberto