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Mensagens - Elvis Silva

#1
No pulso hoje, IWC calibre 89, de 1960. Voltou do relojoeiro ontem, depois de quase um ano e meio! Senti falta desse danado...
#2
Grato pelos cumprimentos, colegas. Esse é o meu terceiro Constellation. Tenho um outro Pie Pan, só que de aço e ouro, e um C-Case todo em aço. Fazia tempo que queria encontrar um Connie todo em aço, mas com o design mais tradicional. Não é que desgoste dos C-Case: sucede apenas que os modelos mais antigos sempre me encantaram mais. O bracelete não é original Omega - na verdade, ele sequer traz qualquer marca de fabricação - mas faz boa figura e torna o relógio mais versátil.

Esse relógio da foto que postei ontem foi um verdadeiro achado: acabei fazendo uma troca com seu dono anterior, que aceitou receber meu Rolex Speedking em pagamento. Fizemos a permuta no mano a mano, sem dinheiro envolvido. Como estava mesmo querendo vender o Rolex, acabou sendo um ótimo negócio.

Algum dia, quando sobrar caixa e faltarem obrigações mais relevantes, quem sabe um Constellation de ouro sólido...
#3
Omega Constellation Pie Pan ref. 168.005 calibre 564 (1966).
#4
Citação de: FALCO online 27 Março 2019 às 18:38:30
ML só tem lixo, os baratos são muito lixo, os mais caros servem para quem gosta de lixo caro.

Peço vênia para dissentir: uma máquina que funcionou por décadas (e continua a funcionar bem ainda hoje) dificilmente mereceria semelhante predicado apenas por ser velha e custar pouco...

Para mim, muito menos razoável é dar alguns milhares de réis em um crono Valjoux 7750, com um rotor ligeiramente modificado ou coisa do tipo, somente porque ele é novinho em folha, traz no dial um determinado logotipo que sugere fumaças de status e foi comprado em uma joalheria de algum shopping, acompanhado de meia dúzia de papéis.

Mas, como se diz por aí, opinião é feito... traquéia!! Cada qual tem a sua, n'est pas?





#5
Pois é... o mercado de vintages não anda muito fácil mesmo!

Eu venho colecionando relógios antigos há quase três anos. A despeito de alguns colegas de fórum afirmarem que só se consegue lixo no ML, registro que adquiri toda minha coleção por lá. Evidentemente, fui conhecendo os melhores vendedores aos poucos, criando relações de confiança na base da tentativa e erro.

Nesse período durante o qual tenho acompanhado o mercado de relógios antigos, eis o que pude perceber:

- Exemplares das marcas mais famosas, caso estejam em bom ou excelente estado de conservação, vão quase que fatalmente ter os preços inflacionados, mesmo que não se trate de um modelo particularmente raro ou desejável. Vejo isso direto com relógios Omega e Girard Perregaux, por exemplo: no caso da Omega, às vezes é apenas um relógio equipado com um 30T2 ou qualquer variante desse movimento, que está longe de ser raro. Quanto aos GP, muitos são equipados com movimentos AS ou Peseux, bem comuns na época, mas apresentados como se fossem raros.

- Se algum site sobre relógios (Hodinkee e correlatos) tiver feito algum tipo de oba-oba a respeito de um determinado modelo, seja de que marca for, ele vai atingir preços absurdos.

- Relógios vintage com características relativamente raras e atualmente consideradas desejáveis (mostrador preto ou "tropical", caixa com diâmetro acima de 35 mm, etc...) também tenderão a atingir preços bastante altos.

- Os cronógrafos são uma história à parte: raro achar até mesmo um Chronographe Suisse, equipado com um singelo Landeron sem roda de colunas, por menos de dois mil reais.

- Nada obstante tudo isso, ainda há algumas oportunidades dando sopa. Quem não se importar com logotipos e quiser apenas curtir um bom vintage pode achar alguns vendedores oferecendo peças de marcas menos famosas (Eska, Cyma, Roamer, Wyler, Doxa...) em estado bom ou até muito bom por preços honestos. Eu mesmo tenho alguns desse tipo e os aprecio bastante. Para quem tem alguma intenção de comprar relógios antigos como investimento, é bom advertir que um relógio desse tipo em geral nunca atinge preços realmente altos - a menos, claro, que o Hodinkee "descubra" alguma particularidade do modelo.

- Vendedores desconhecidos podem ser fria... mas podem ser oportunidades. Às vezes, o camarada está realmente muito precisado de dinheiro ou simplesmente não faz ideia do que tem em mãos e oferece a peça por qualquer preço - bem menor do que um conhecedor cobraria atualmente. Já passei por umas duas situações assim, com dois relógios UG: o primeiro era um crono Uni-Compax e o outro, um desejadíssimo Polerouter bumper com mostrador preto e design clássico do Genta, todo de aço e sem data. Cada um deles me custou menos de dois mil reais. Nos dois casos, fiquei apreensivo até os relógios chegarem às minhas mãos, quando pude constatar que ambos eram perfeitamente originais e estavam em ótimo estado. Uma dessas empreitadas até se pagou, já que consegui vender o Uni-Compax por quase o dobro do que paguei...

Em suma: sim, está ficando cada vez mais difícil pegar algo de realmente bom no mercado de vintages... mas não é impossível! Fuja dos incensados do Hodinkee e dos cronos Landeron, em geral hiper-valorizados, repare mais nas marcas menos famosas e sempre permaneça atento a possíveis bons negócios. Garanto que sempre aparece alguma coisa.

#6
Dicionário de anúncio de relógio véio:

RELÓGIO TOTALMENTE ORIGINAL = Mostrador "saricado"/repintado/adulterado/mexido; ponteiros tirados da primeira carcaça que apareceu; caixa levou banho de níquel ontem.

RARÍSSIMO MIDO/ROAMER/TISSOT/CYMA/CERTINA/... = Relógio fabricado em série, na casa de alguns milhões de unidades, igualzinho aos dos outros quinhentos anúncios de outros relógios da mesma marca...

NOS = Ajeitadinho, uma ou outra manchinha no mostrador.

EXCELENTE ESTADO DE CONSERVAÇÃO = Mostrador bem marromeno; caixa ainda tá inteira.

ÓTIMO ESTADO DE CONSERVAÇÃO = Idem acima; caixa tá com uma porrada de arranhões.

BOM ESTADO DE CONSERVAÇÃO = Esculhambado.

RELÓGIO LINDO, EM CONDIÇÃO HONESTA PARA SUA IDADE = Melhor nem olhar...

PRECISA DE REVISÃO = Máquina tá com metade das peças faltando. A metade que ainda está lá vai precisar ser substituída...

MOSTRADOR COM BELA PÁTINA = Mostrador sujo, manchado, com impressão do logotipo da marca sumindo e metade dos índices faltando.

BELÍSSIMO CRONO LANDERON DE OURO, VALIOSÍSSIMO E RARO = Caixa feita com chapas de ouro da finura de uma folha de papel (dá pra amassar com a mão), máquina do crono sem nada de especial (tem nem roda de coluna) e mostrador "aftermarket", pintado por uma criança de cinco anos.

RELÓGIO CHRONOGRAPHE SUISSE RARO!! ALTA RELOJOARIA SUÍÇA!! = Relógio barato, safadinho, até bunitinho, que era vendido na época pra turista americano abestalhado que ia visitar a Suíça. Ah, é: o vendedor tá cobrando oito, nove mil por ele no ML.

RELÓGIO (...) MILITAR = Relógio que nunca viu um tiro nem uma farda verde-oliva em toda a sua existência, mas pelo menos tem números arábicos no mostrador.

RELÓGIO DE GAVETA = Nunca foi lubrificado, nunca recebeu manutenção e se você inventar de dar corda no bicho, vai fazer a mola principal torar no meio e pular na tua cara!!!

SICURA BY BREITLING = By Breitling, é o cacete!!!!

TUDOR ROLEX = Rolex, é o cacete!!!!

RELÓGIO INVICTA = Relógio, é o cacete!!!!

AFTERMARKET = Falso.

OEM = Falso.

PRIMEIRA LINHA = Falso.

RELÓGIO FOI DA COLEÇÃO DO ELVIS = Só pode ser coisa boa. Se for vender, bote trinta por cento de ágio em cima do preço de mercado, que é garantido!





#7
28.10RA PC ou 30.10RA PC. Pelo número de série, o relógio deve ter sido fabricado entre 1943 e 1944, período durante o qual, parece-me, esses dois movimentos eram fabricados simultaneamente. Para saber qual deles é o que você tem em mãos, pegue uma régua e meça o diâmetro do movimento: se ele tiver 30.1 mm, 30.10RA PC; se ele tiver 28.1 mm, 28.10RA PC.

Se não confiar na medida e desejar ter certeza total, procure um código de modelo gravado na parte interna da tampa traseira do relógio. Se encontrá-lo, acesse o Omega Vintage Database - OVD (ponha no Google) e pesquise o modelo. Se o site tiver a ficha técnica desse último, lá estará o calibre que o equipa.

Você também pode simplesmente pesquisar o modelo no Google: ponha "omega ref. XXXX" e veja o que sai.

P.S.: Se o número que você achar na tampa traseira for muito longo (algo como uns sete dígitos ou mais), não será um número de referência, mas uma numeração de série da caixa do relógio. Pelo que sei, a Omega passou a gravar números de referência em suas caixas somente de meados para fim dos anos 1940 em diante.
#8
Fórum principal / Re:Comprar esse Mido ou não?
15 Agosto 2018 às 11:28:01
Um prodígio de simplicidade! Belíssimo! Parabéns pela nova aquisição.
#9
Fórum principal / Re:Coroa Omega Seamaster 1969
27 Julho 2018 às 12:16:30
Às ordens, senhores. Pouco sei, mas esse pouco, compartilho-o de bom grado quando o ensejo se apresenta.
#10
Fórum principal / Re:Coroa Omega Seamaster 1969
27 Julho 2018 às 10:54:09
Para descobrir qual o modelo do relógio, é necessário abrir a tampa traseira da peça. Pelo que sei, todos os Omegas posteriores à década de 1940 têm um número de referência gravado na parte interna da tampa traseira. Ainda não vi exceções a essa regra.

Pesquise no Google "Omega ref. XXXX" e o site retornará várias imagens do modelo em questão. Você poderá então examinar as imagens e checar que tipo de coroa é a mais adequada para o relógio. Você pode acessar o eBay e fazer uma pesquisa similar.

Outra estratégia seria pesquisar no próprio site da Omega. Acesse o www.omegawatches.com/vintage-watches, mais conhecido como OVD - Omega Vintage Database. No mecanismo de pesquisa do site, digite o número da referência... e reze a Deus e a Nossa Senhora do Bom Parto pra o modelo que você deseja consultar de fato constar na base de dados da Omega! O OVD tem lacunas, não dispondo de dados a respeito de algumas referências.

A vantagem do Google e do eBay é que eles quase sempre vão te dar algum retorno - se for um modelo conhecido, certamente os sites exibirão várias imagens. O problema é que nem todas as imagens corresponderão a relógios cem por cento originais. Dessa forma, você terá de examinar uma boa quantidade de fotos até ter certeza sobre a aparência de uma peça original.

Quanto ao OVD, há o problema de o site não ser exaustivo em relação aos modelos e o fato de a imagem que acompanha os dados nem sempre ser absolutamente nítida, quando o site retorna alguma coisa. Isso limita bastante a utilidade do OVD para pesquisa de imagens. Nada obstante, se o OVD retornar uma foto nítida, essa seria a melhor referência para ver os detalhes do modelo.

Tudo que disse acima se aplica a mostradores: caso algum dia você queira obter um novo exemplar para sua coleção e tenha dúvidas quanto à originalidade do dial da peça, as duas estratégias acima ajudarão muito. Certamente ajudaram a mim.
#11
Bem, senhores, é interessante como certas questões de acabamento e projeto influenciam a "usabilidade" de um relógio...

Em vista do relato do awey, eu pesei meu Mido Multifort na balança de cozinha daqui de casa e comparei-o com outros dos meus relógios de porte similar. Interessante que o MM pesa a mesma coisa que o meu Victorinox Maverick a quartzo (175 g), mas esse último claramente é mais confortável no pulso do que o primeiro!!

Pedi até para minha esposa testar ambos em seu pulso e ela teve a mesma impressão. Examinando os dois relógios um pouco mais, observei que a "cabeça" do Mido parece pesar mais que a do Victorinox, o que me pareceu justificável pelo fato da máquina desse último ser de quartzo. Logo, o peso do Maverick parece ser mais bem distribuído entre a pulseira e o relógio, enquanto o Multifort tem a carga concentrada na máquina.

Tenho um Seiko 5 moderno, adquirido também em loja e todo em aço, que pesa significativamente menos que os dois relógios mencionados acima (uns 140 g). Mesmo contando com 42 mm, é ainda mais confortável de usar que os outros.

Quanto aos preços de joalherias, bom... eu prefiro sinceramente ficar longe delas!! Tenho larga preferência por antigos, de qualquer forma. Sendo assim, não costumo frequentar joalherias e boutiques de marcas. No dia em que me der na telha comprar algum relógio moderno, vou olhar primeiro o mercado de segunda mão. Com a costumeira desvalorização dos artigos de luxo, creio que é possível fazer bons negócios dessa forma.

Em tempo: possuo um Multifort bumper dos anos 40. Uma beleza, como muitos dos Midos das antigas. Só anda precisado de revisão, pois está adiantando muito...
#12
Citação de: awey online 24 Junho 2018 às 21:23:55
Finalmente adquiri um relógio mecânico bem bacana  ;D ;D ;D

Parabéns! De fato, é um belo relógio. Assim como alguns dos outros colegas que já lhe ofereceram congratulações, eu também possuo um exemplar desse modelo. Comprei-o faz quase três anos, no fim de 2015, logo depois de minha filha nascer. Na época, dei três paus à vista, numa promoção de uma joalheria aqui de Brasília. Hoje, esse relógio parece estar bem mais caro por aqui. No ML, vi peças novas anunciadas por preços ao norte dos cinco mil reais...

O negócio é que, logo depois de adquiri-lo (época em que estava começando a apreciar relógios mecânicos), acabei entrando de vez nos vintage e me habituando a relógios menores e mais leves. O MM, com seus 42 mm de diâmetro e sua estrutura sólida de aço inoxidável, fica um verdadeiro monstro no meu pulso, pesado e sempre se fazendo notar. O resultado disso é que o meu anda um tanto negligenciado. Nada obstante, não tenciono me desfazer dele. É um belo relógio, que me parece bem construído e bastante confiável. Se ele fosse uns dois ou três milímetros mais estreito, seria o relógio perfeito para mim.
#13
Fórum principal / Re:Comprar esse Mido ou não?
13 Junho 2018 às 10:28:55
Ótima escolha! O relógio é de fato uma beleza.

Parabéns e bem-vindo ao Clube dos Horoloucos!
#14
Seiko 6139-6012 (1973).
#15
Seiko 6602-8050 (1973).
#16
Universal Genève Polerouter cal. 138 SS (1955/56).
#17
Grato pelos cumprimentos, colegas. Está bem difícil achar um crono UG inteiro aqui no Brasil. No ML, há alguns, quase todos com mostradores refeitos ou alterados - e mesmo assim caríssimos!! Esse meu foi um achado. Na verdade, creio que a pessoa que o vendeu para mim não sabia direito o que tinha em mãos, do contrário teria cobrado por ele umas duas vezes o que paguei!!
#18
Universal Genève Uni-Compax, calibre 285. Fizeram o favor de polir a tampa traseira da caixa, o que apagou o número de série. Não tive como precisar o ano de fabricação. Pelo estilo, é do final dos anos 1940 ou início dos anos 1950.
#19
Omega Seamaster referência 2766-1, calibre 344 (1955).
#20
Orient KD, calibre 1942. Meados ou final dos anos 1960.