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Tópicos - hottuning

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Caros colegas, eu tenho um problema... E esse problema é querer ter autonomia de saber dar a manutenção em tudo o que eu tenho. Esse problema (mais para frente explicarei o motivo de ser um problema), me levou a aprender mecânica, elétrica, psicologia e pintura (e por consequência conceitos relacionados à polimento). Agora estou querendo me aprofundar na relojoaria. Até bem pouco tempo, não pensava sobre me aventurar a desmontar relogios. A questão é que estudar sobre os mecanismos, os sistemas de carregamento, a forma como a força é transmitida da corda para o balanço, a forma como os ponteiros são fixados e se movem independentes aparentando estar no mesmo eixo... Tornou-se algo corriqueiro. Eis que agora me pego verificando marcha e erro de batida em um arremedo de timegrapher no celular, pensando em comprar um rodico, uma lente de aumento e algumas ferramentas mais especializadas. De repente levar em um relojoeiro não só se tornou algo que dói um tanto no bolso, como me sinto perdendo a graça de diagnosticar e ajustar algo que é meu...e só fui perceber o quão incomum isso é, no dia de ontem, ao levar o citizen 8110 na autorizada e pedir para o relojoeiro verificar se existia erro de batida, porque a marcha eu tinha conseguido ajustar. Os olhares de estranheza, principalmente depois que eu pedi para verificar se não havia empeno na tige, deixaram a situação clara: a maioria das pessoas não faz a menor ideia do que existe dentro de um relógio, e ter esse conhecimento é algo realmente reservado a um universo um tanto quanto fechado.

Pois bem, hoje chegou um "erro" de compra da Índia (onde eu estava com a cabeça?). Um "oris" com calibre fhf st 96 de corda manual. 18.000 bph. Paguei cerca de 70 reais na coisa, mas vai servir de escola. Esse eu vou desmontar, lavar e relubrificar. Se quebrar, ok...mas quero ser capaz de dominar essa habilidade.

Talvez o grande problema, do problema que eu citei anteriormente é que: ao aprender a fazer, nos tornamos mais donos daquilo que temos. Mais íntimos da máquina que carregamos... E talvez, pelo menos para mim, será extremamente difícil entregar meus relógios nas mãos de outras pessoas.

Alguém mais se identifica com essa situação? Segue a foto do indofranken.


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Lembro que quando comecei a frequentar o fórum, lá em 2011, os "bullheads" estavam em alta. Era comum ver o pessoal exibindo orgulhosamente seus time Challengers com as mais diversas pulseiras e fundos coloridos. Lembro que eu sempre achei muito interessante a ideia de se ter os acionadores do crono e a coroa no topo do relógio, não só pela praticidade e estética, mas também porque é um relógio verdadeiramente ambidestro. Além do já citado, a minha ignorância sobre o que era um crono mecânico me impedia de dar o devido valor ao modelo. Quando via os preços cobrados por aí, achava coisa de doido, já naquela época. A vontade de ter um Bull head foi sendo deixada de lado e o tempo passou. Recentemente fui pesquisar sobre o modelo, que aparentemente voltou aos holofotes por conta de um filme onde o ator Brad Pitt o utiliza, e me aprofundei mais na história deste crono que deu um belo tapa de luva de pelica na omega, trazendo tudo o que o concorrente tinha, mais carregamento automático e flyback, por um valor inferior. Pesquisa daqui e de lá... Me informei bastante no blog swewp-hand.org e... Achei o meu 8110, Bull head, PANDA, do jeito que eu queria e podia pagar. Não é um relógio perfeitamente íntegro... Longe disso. Caixa bastante polida, ponteiros pintados e pulseira citizen, mas de outro modelo. Mas o dial é original, o movimento aparentemente está completamente funcional e revisado e o cristal não parece ter arranhões. A ideia aqui é poder viver a experiência de ter um pedaço bastante relevante da história da relojoaria japonesa no pulso, sem grandes preciosismos. Assim que chegar, postarei mais fotos e farei uma postagem detalhando o modelo e o movimento.

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Fórum principal / Você também tem um relógio de trabalho?
« Online: 11 Julho 2021 às 14:07:29 »
Salve companheiros foristas. Recentemente tenho me aprofundado na história da relojoaria, suas complicações e seus porquês e, analisando as raízes de tudo isso sempre esbarro no conceito do "tool watch". Na minha história de vida, quase sempre comprei relógios que se adequassem a uma atividade específica, ainda que essa atividade específica seja simplesmente estar elegante para uma ocasião especial.

Assim que comecei a trabalhar na área em que me formei no ensino superior (Psicologia clínica), tratei de comprar um cronógrafo confiável com pulseira de couro. Foi literalmente a primeira coisa que eu comprei com o meu primeiro salário. Além de saber o tempo transcorrido durante as sessões, eu necessitava de um crono para as avaliações neuropsicológicas, que exigem cronometria precisa do tempo de execução dos testes. Precisava ser algo sóbrio, de fácil visualização e operação, com robustez suficiente para ser operado todos os dias sem quebrar. A escolha na época foi o Edifice EFV-580, mas por muito pouco não foi um Seiko SSB229P1...Infelizmente o dinheiro não me permitia ter um Seiko. De qualquer forma, o Casio me serviu razoavelmente bem até recentemente, quando comecei a perceber que, por conta o mostrador creme em "contraste" com ponteiros e índices cromados, a visualização através da visão periférica era realmente bastante sofrível.



Eis que percebi que precisaria de outro relógio apenas para as sessões de terapia. Ocorre que durante uma sessão terapêutica, o profissional precisa controlar o tempo de vez em quando, preferencialmente nos momentos em que os clientes tenham desviado o olhar. Precisa ser algo rápido e discreto, a ponto do cliente não perceber e, simples o suficiente para que o terapeuta não perca o foco do que está sendo dito. Portanto, um bom relógio para sessões deve, ao mesmo tempo ser sóbrio, de fácil visualização e de preferência ter o ponteiro dos minutos bem destacado, que é o que importa quando você precisa saber rapidamente em qual momento dos 50 minutos você se encontra. Pode parecer algo banal, mas controlar o tempo de uma sessão de forma precisa define se a sua sessão funcionará corretamente ou não....Se você terminará a sessão de forma natural ou terá que cortar a fala do cliente no meio...Se a sua agenda irá ser seguida normalmente ou se haverá outro cliente batendo na sua porta enquanto o da sessão atual ainda está falando. Diante de tais necessidades, fui atrás de um relógio que fosse adequado, mas dessa vez mecânico. Cheguei ao Bauhaus 21621, que além e atender tudo o que eu estava buscando, ainda tem os mostradores do tipo Rolex Day-Date.



Pouco mais de uma semana de trabalho depois, percebi que a escolha por um relógio voltado apenas para as sessões de terapia foi extremamente acertada! A ansiedade na hora de consultar as horas e se perder em um mar de coisas cromadas sobre um fundo de cor semelhante simplesmente sumiu.

Gostaria de saber de vocês; Vocês usam algum (ou alguns) relógios específicos para exercer um ofício? Quais são e para quais ofícios?

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Olá pessoal. Retorno ao fórum depois de muito tempo (creio que uns cinco anos) sem nenhuma postagem, para apresentar aos colegas uma marca extremamente nova, com lançamento em 2020, pertencente a POINTtec, detentora das marcas Iron Annie e Zeppelin e ex detentora da marca Junkers: A Bauhaus.

A POINTtec existe desde 1987 e seu objetivo sempre foi disponibilizar relógios com acabamento superior e de preço acessível, sendo um dos grupos que mais produziu relógios na Alemanha. A Bauhaus é a marca mais nova do grupo, com sede em Ruhla, em um prédio histórico, construído seguindo todos os preceitos da escola Bauhaus.

Tenho um Swatch Body and Soul YAS100G comprado zero (com fotos aqui no fórum), mas por ser um relógio que não foi pensado para receber manutenção, como todos os Swatchs, acabou não sendo ideal para o dia a dia. Fui em busca então do próximo relógio mecânico, depois da compra de diversos modelos quartz. As exigências eram de que fosse um relógio entre 39 e 42mm, automático, com excelente acabamento, grande legibilidade e de preferência com design atemporal.

Após conhecer os relógios Nomos e ser apresentado ao mundo dos relógios com design inspirado pela escola Bauhaus, topei com a Junghans e o seu belíssimo cronógrafo chronoscope 100 Jahre Bauhaus. Amor à primeira vista, mas completamente fora da minha realidade. Decidi então que o meu próximo relógio teria o estilo Bauhaus. Pesquisa daqui, pesquisa de lá...e após minuciosa análise de quanto eu podia investir e o que o mercado poderia oferecer, encontrei a Bauhaus, e tudo o que eu estava buscando simplesmente estava lá! Caixa de 41mm, cristal abobadado, ponteiros de horas e segundos azuis e o de minutos vermelho, sobre um fundo branco. Como bônus, um mostrador do dia da semana às 12hrs e um convidativo "Made in Germany" às 6hrs. A máquina? A hegemônica dos mecânicos de entrada com um quê um tanto incomum; Uma Miyota 8285, a mesma utilizada nos MeisterSinger Urban.

Análises feitas, modelo escolhido, comprei o dito, que chegou no dia de hoje. É incrível como existem relógios que são muito mais bonitos ao vivo. Mesmo sendo um mecânico de entrada, todos os detalhes são realmente impressionantes. A pulseira de couro feita à mão na Itália com a inscrição "Bauhaus", o polimento da caixa com uma finalização impecável até nos cantos mais difíceis, a qualidade do mostrador e ponteiros...Simplesmente mais do que eu esperava para um mecânico abaixo dos R$3.000 (valor com todos os impostos devidamente pagos). Pesquisei aqui no fórum antes de fazer a compra e pouquíssimas foram as menções à POINTtec e suas marcas. Por isso decidi abrir o presente tópico. Seguem algumas fotos da máquina abaixo;





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