Nas antigas competições de observatório, que eram ferramenta de propaganda de fábricas que competiam entre si pela precisão, os movimentos eram testados no quesito único precisão. Em 2009, com a volta das "competições" de observatório (já que os resultados deveriam ficar secretos e, no final das contas, as fábricas nem ao menos os utilizam como propaganda, já que hoje precisão é o de menos), resolveram mudar um pouco as regras e testar todo o relógio, no que seriam condições de uso normais diárias. Adicionaram ao teste de observatório, pois, choques e magnetismo. A JLC só libera seus relógios da fábrica após 1000 horas de testes em condições de uso e não foi uma surpresa para mim que dois turbilhões - sim, turbilhões, que pressupõe-se serem ultra frágeis - deles tenham ganhado a competição. Nessa competição, 16 relógios participaram e, depois dos 45 dias de testes, 35% deles ficaram pelo caminho por conta de choques (caso do Greubel Forsey, que acabou ganhando em 2011), magnetismo (Voutlainen), etc.
Entendi a pergunta, então e, indo além do Adriano, acho que o que vale é o bom senso. Você não vai jogar tênis com um Patek ultra fino; não vai colocar um Longines Crono para mergulhar (como um colega meu faz, mas com um Hublot, e teima em colocar a culpa nos defeitos do relógio na marca, não nele); você não vai fazer um rally com uma Ferrari.
Cada macaco no seu galho! Sei que a norma iso que atesta todos os relógios suíços garante impactos que equivalem a uma queda de 40 cms. Não sei quanto isso equivale em desaceleração. Mas sei, por exemplo, que o Federer é endorser da Rolex e já o vi jogando com relógios. Algum relógio dele deu problema pelos impactos? Se deu, não ficamos sabendo. Mas acho que um Rolex foi feito para aguentar um tranco. Eu já joguei meu Rolex Explorer I e o Seamaster Planet Ocean (e são só esses dois mesmos que sofrem...) em cada buraca inacreditável, de mortais dados no mar de uma dezena de metros de altura a porradas em parede. Eles estão funcionando bem até hoje...
Acho que se meu Longines Avigation, para citar o exemplo do primeiro que me vem à mente, porém, caísse de uma altura de meio centimetro dentro de uma caixa de ispor, ele quebraria, assim como encheria de água se colocado dentro de um copo de água.
Flávio
Apenas um adendo, com relação ao tênis: muitos dos tenistas top ten são embaixadores de marcas de relógios.
Para ficarmos nos mais emblemáticos, temos o Federer com Rolex, o Djokovic com Audemars Piguet e o Nadal com seu famosíssimo Richard Mille, que pesa apenas 20 gramas e que custa mais de US$ 500 mil.
Curioso é que apenas o Nadal joga de relógio! Ele o coloca no braço direito, já que usa a canhota para jogar. No seu backhand, com os dois braços, penso que a extrema leveza do relógio não o incomode. Aliás, penso que está justamente aí a propaganda da Richard Mille.
O Federer NÃO joga com relógio: entra na quadra com o Rolex, tira-o, e apenas o coloca imediatamente, assim que termina a partida.
Interesante é que, em teoria, ele poderia usar sim, já que é destro e bate o backhand com apenas uma das mãos.
O seu Rolex não iria "atrapalhá-lo" em nada.
Abraço.
P.S.: se alguém aqui de BSB joga tênis e quiser bater uma bolinha, sinta-se imediatamente meu convidado.