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Tópicos - flávio

#103
Fórum principal / Vulcain Nautique
17 Janeiro 2023 às 11:42:11
Parece que agora a Vulcain decola, pois a má gestão das últimas décadas foi de lascar, em determinados pontos da sua história eu sequer sabia quem era o dono da marca. E parece que agora estão investindo mesmo em reproduções fiéis do passado, começando pelos belíssimos Cricket e agora com este relógio de mergulho que achei justo, na faixa de 1500 dólares, com um movimento ETA 2824 (não sei qual "grade") dentro. Vejam só

https://www.ablogtowatch.com/vulcain-debuts-the-skindiver-nautique-38mm-watch/
#104
3 tamanhos, movimento Sellita e um preço "acessível", na versão em titânio, de 7800 dólares, provavelmente o mais barato Hublot já comercializado. Eu ainda acho um ASSALTO A MÃO ARMADA para algo com um Sellita, mas até gostei do relançamento, embora não comprasse nenhum, mesmo ganhando na mega acumulada. Aqui

https://www.hodinkee.com/articles/hublot-classic-fusion-original-goes-back-to-where-it-all-began
#105
Gente, comunicado importante, direcionado àqueles que querem fazer da relojoaria sua profissão ou que já estão nela e pretendem se atualizar. O Mauro da Watchtime lançou iniciativa inédita e a partir deste ano ministrará um curso de relojoaria profissionalizante. A pré inscrição já está aberta aqui!


https://watchtime.com.br/curso-relojoeiro/
#106
Fórum principal / A criação do Ulysse Nardin Freak
10 Janeiro 2023 às 13:18:04
Continuando a história iniciada aqui

http://forum.relogiosmecanicos.com.br/index.php?topic=16572.0

Texto do Instagram agora

Em 1996, para comemorar o 250º aniversário de Breguet, foi criada uma competição para escolher a melhor inovação em relojoaria. Os grandes relojoeiros do planeta, a exemplo de Derek Pratt, acabaram se inscrevendo, tendo março de 1997 como data limite para apresentação de seus projetos. Contrariando todas as expectativas, a única relojoeira inscrita, uma parisiense de apenas 25 anos de idade, Carole Forestier, ganhou a competição. Seu projeto consistia em um relógio sem coroa de ajuste, no qual todas as engrenagens e escapamento giravam em um carrossel central, tendo em seu contorno a mola principal.
Logo após a competição, Rolf Schnyder, presidente da Ulysse Nardin, contratou Forestier, com o intuito de produzir em série o modelo. Após 4 anos de pesquisas, porém, ela chegou a um impasse, pois não conseguia extrair mais de 15 horas de reserva de marcha da mola colocada no entorno do carrossel. O ajuste e corda do relógio pelo bezel também pareciam não ter solução técnica... Schnyder, assim, contatou Ludwig Oechslin e pediu-lhe que analisasse o projeto. Oechslin, então, propôs que a mola principal fosse deslocada para o fundo do relógio, o que aumentou a reserva de marcha para 7 dias; sugeriu, ainda, que o próprio mecanismo fosse utilizado para marcar as horas, sem a utilização de ponteiros; e finalmente, que um escapamento de impulso direto com duas rodas fosse utilizado. As rodas, com desenho inovador, porém, não podiam ser fabricadas por métodos tradicionais, colocando a Ulysse Nardin em novo impasse. Pierre Gygax, Diretor de Desenvolvimento da manufatura, então, soube que uma empresa chamada Mimotec realizava experimentos para construção de micro-componentes através de fotolitografia, o mesmo processo usado na fabricação de circuitos integrados, e entrou em contato com sua equipe. Em 2001 chegava ao mercado o "Freak", o primeiro relógio com escapamento fabricado através de gravação por plasma em wafer de silício. O modelo, com visual, funções e utilização de materiais não tradicionais inaugurou a era dos "hiper-relógios" e abriu o caminho para empresas como Richard Mille, MB&F e Harry Winston. É uma das mais importantes criações da história da relojoaria.


Fotos por Christies


Ps Forestier logo depois da UN foi para a Cartier e projetou todos os relógios complicados da marca, inclusive o recente Massa Oscilante Misteriosa. Oechslin fundou a Ochs e Junior. Schyder infelizemente já faleceu.
#107
Post que fiz agora para o insta

Em 1960, com o surgimento dos primeiros cronômetros marítimos a quartzo, a mais tradicional fabricante de modelos mecânicos, a Ulysse Nardin, percebeu que não estava preparada para o advento da nova tecnologia. Um rápido programa de desenvolvimento foi criado entre a marca e a Ebauches SA, com o intuito de lançar ao mercado um cronômetro eletrônico. O modelo desenvolvido, extremamente complexo, sequer chegou a ser lançado e, por volta de 1965, a Ulysse Nardin encontrava-se à beira da falência. A tradicional manufatura, assim, encerrou as atividades ligadas aos cronômetros e focou sua produção nos relógios de pulso.
Em 1983, após a "Crise do Quartzo", a situação da empresa era desesperadora, tendo sido reduzida apenas a um antigo e mal cuidado edifício em Le Locle e dois funcionários.
Enquanto isso, em Kuala Lumpur, o bem-sucedido empresário suíço Rolf Schnyder, que ali fixara residência e fundara uma grande fábrica de componentes para relógios (Precima), dirigia-se a St. Moritz para participar da competição "Cresta" de trenó de neve. Quando chegou na Suíça, soube que a Ulysse Nardin estava à venda e, confiante que poderia resgatá-la, a comprou.
Na mesma época, o polímata Ludwig Oechslin, graduado em Arqueologia, Filosofia e Astronomia, mas também um exímio relojoeiro, retornava de um período de 4 anos no Vaticano, após restaurar o relógio "Farnese", uma maravilha tecnológica feita em 1725, que não só marcava as horas como as fases da Lua e posições dos astros no firmamento.
Rolf Schnyder, ciente do trabalho de Oechslin, procurou-o e questionou-lhe se poderia fazer uma versão de pulso do relógio do Vaticano. Oechslin, descontente em apenas miniaturizar o relógio, propôs a Schnyder: "e se fizermos algo mais complexo, um relógio de pulso com um astrolábio, o instrumento que os antigos usavam para determinar as horas, através do conhecimento da altura do Sol, Lua e Estrelas?" O modelo, chamado "Astrolabium Galileo Galilei", chegou ao mercado em 1985, retirou a Ulysse Nardin do ostracismo e consagrou o início de uma prolífica colaboração entre Oechslin e Schnyder.



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#108
Fórum principal / Live comigo nesta sexta
28 Dezembro 2022 às 16:23:01
Nesta sexta feira, 30/12, participarei de mais uma live com o Leandro do GMT Master 3, na qual discutiremos os "melhores e piores de 2022". Haverá outros convidados. Não peeeeeeeeeeeeeeercam!
Será no canal do Youtube do GMT Menos 3.
#109
Olha que conceito legal... Não é novo, mas gostei da apresentação... O vídeo fala por si, o troço foi projetado com auxílio da prestigiosa escola de relojoaria de Morteau e é feito na França. Custa 4500 euros, não achei extorsivo.

https://www.youtube.com/watch?v=coKzPIGjbko

O site da empresa

https://www.maison-alcee.com/en/
#110
E nós nos achamos empolgadões com nossas discussões sobre relojoaria... Olha o que o maluco fez... Nem precisa entender o que está escrito, as fotos falam por si. E o cara ainda disponibilizou todos os códigos para construção das peças, que são impressas em impressora 3 d. E também como fazer o circuito. Olha só:

https://www.instructables.com/Automated-Perpetual-Calendar/
#111
Texto que publiquei agora no Instagram.

No final do século XIX, as ferrovias proliferaram-se por toda Europa, exigindo dos usuários o conhecimento da "hora certa" para embarque nos trens. Emile Plantamour, Diretor do Observatório de Genebra, buscando incentivar os fabricantes de relógios a incrementarem a precisão dos seus produtos, desenvolveu um plano no qual os modelos seriam submetidos a 40 dias de testes em diversas temperaturas, sendo-lhes atribuídos pontos em uma escala. Os fabricantes rapidamente perceberam que estes testes podiam servir como importante instrumento de publicidade e passaram a competir entre si pelas melhores pontuações em Neuchâtel e Genebra, utilizando calibres especialmente projetados e regulados por profissionais altamente especializados. O desenvolvimento de relógios para competições, os "Fórmula 1" da relojoaria, exigiam tantos recursos das empresas que poucas se atreviam a submeter seus modelos aos testes (apenas Omega e Patek participaram de todas as competições).
Em 1960, Tsuneya Nakamura, um dos idealizadores do Grand Seiko, imaginou como seu produto se sairia frente aos suíços em uma competição. Ao analisar as regras, descobriu que relógios fabricados fora da Suíça podiam ser submetidos aos testes. Como o nome Seiko era pouco conhecido fora do Japão, a empresa decidiu que utilizaria as competições como seu principal instrumento de propaganda.
Em 1964, então, a Suwa Seikosha submeteu-se à competição do Observatório de Neuchâtel, obtendo um pífio 144° lugar. A Daini Seikosha não foi melhor, ficando em 153° colocação... O desapontamento rapidamente se transformou em espírito competitivo e a Seiko determinou como prioridade uma vitória futura. Uma equipe de relojoeiros ajustadores liderada por Kiyoko Nakayama foi reunida e modelos específicos para as competições foram idealizados. Em 1967, um relógio da Daini obteve o 2° lugar e um da Suwa o 3°, só sendo superados por um Omega em 1°. Na competição de 1968, logo após um modelo da Suwa ser testado, os Suíços cancelaram as competições... Em 1971, em uma transmissão ao vivo na TV, Nakayama foi agraciada com a condecoração máxima do governo japonês, por ter levado a indústria japonesa de relógios a ser reconhecida mundialmente.


#112
Olha que legal este modelo para montar, com mais de 350 peças. Funciona por 3 horas com uma corda.

https://ugearsmodels.com/sky-watcher.html

https://youtu.be/XHa-jJs4B2U

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#113
Fórum principal / Relógio Zigue zague
16 Novembro 2022 às 09:01:29
Interessantíssima história contada pelo Johnatan Betts, que já foi curador do Museu de Greenwich e foi um dos organizadores do famoso simpósio sobre Longitude que lançou o nome de Harrison ao público, sobre a morte do seu tio, marinheiro de um navio transportador de tropas torpedeado na 2a guerra. Usem o Google tradutor se não souberem inglês, mas basicamente ele narra que era comum na época os navios acompanharem a localização dos U boats através do sonar e de um relógio da Waltham, mostrado no texto, para determinação de distância. Funcionava assim: ao som do primeiro ping do sonar, acionava-se o cronógrafo, que só marcava 6 segundos (movimento de alta frequência). Ao som do ping de retorno, parava-se o cronógrafo e automaticamente determinava-se a distância. Mas o mais legal é o 2 relógio, padrão na época, sobretudo para comboios. Era um relógio de parede (para navio) normal, mas ao qual havia contatos elétricos na periferia do mostrador e, também, no ponteiro de minutos. A cada passagem do ponteiro de minutos por um dos contatos (que eram deslizantes e podiam ser movidos para alterar em qual momento o contato ocorreria), um sino era automaticamente tocado. Quando o comboio detectada uma alcateia de submarinos, era passado a cada um dos navios do grupo um código para que os relógios tivessem seus contatos ajustados de forma idêntica. E cada toque do sino automático elétrico, os navios fariam um zigue zague, aumentando as chances de fugir dos torpedos disparados e sincronizado toda a movimentação do comboio.

O diário do uboat sobreviveu e mostra que este não estava conseguindo acompanhar as mudanças frequentes de direção, causadas pelo zigue zague. Mas lá pelas tantas, o capitão do navio achou que havia despistado o U boat e desligou o relógio zigue zague... Houvesse mantido o relógio funcionando um pouco mais, provavelmente 360 vidas teriam sido salvas...

Olhem que texto legal

https://www.ahsoc.org/blog/a-sad-commemoration/
#114
Bem... Este o título da reportagem que, conquanto interessante, deve ser lida com um grão de sal. Afinal, o relojoeiro não diz o que fez no relógio para que o serviço fosse considerado fantástico. Digo isso porque na vida só para a morte não tem jeito, para a relojoaria tudo tem: basta técnica e dinheiro. Sim, até uma complexa roda de escape do passado pode ser refeita se o cara souber o processo e quem está contratando quiser pagar. Digo isso porque a reportagem me dá a impressão que provavelmente a assistência autorizada nacional Rolex, que é uma mera trocadora de peças, não uma restauradora no sentido da palavra, parece que não quis fazer o trampo. Presumo que não fez porque não tinha peças de reposição... Mas a reportagem dá a entender que o independente também não tinha! Enfim, vale a pena a leitura, de qualquer modo.

Ps. Alguém sabe qual é este modelo de Rolex, como ano, calibre que usa, etc?

https://saojoaquimonline.com.br/destaque/2022/11/07/relojoeiro-joaquinense-ganha-prestigio-ao-recuperar-rolex-raro-apos-fabrica-nao-achar-solucao/
#115
Fórum principal / Novo calibre TITONI
10 Novembro 2022 às 09:55:32
A Titoni é uma marca que eu ouvia falar desde que comecei a mexer com relógios, no final dos anos 90, mas nunca tinha dado muita bola, eis que sua produção era totalmente voltada ao mercado chinês. Agora, só agora, eles querem ser uma empresa global e inclusive criaram um mecanismo próprio... O projeto é próprio, a fabricação exclusiva, mas não é algo integrado feito por eles, na verdade 15 independentes fabricam os componentes, que depois são montados pela Titoni. Aliás, mesmo o post abaixo do A Blog to Watch tratando-se de algo patrocinado, achei interessante eles dizerem que o mecanismo é uma montagem de componentes de várias empresas independentes. Aliás, a maioria das empresas suíças atua assim e NUNCA abrem o jogo. Vale a pena traduzir o texto no Google, para quem não sabe o idioma, e conhecer um pouco sobre a marca. Eu acho que a marca tem potencial para se tornar grande também no ocidente.


https://www.ablogtowatch.com/titoni-celebrates-a-century-of-independent-swiss-watchmaking-with-in-house-t10-movement/
#116
Fórum principal / Turbilhão feito no Camboja
07 Novembro 2022 às 12:14:54
O primeiro ministro de lá mandou fazer 25 turbilhões, diga-se de passagem muito bonita a arquitetura do movimento, para presentear dignatários de comitivas internacionais. O inusitado é que ele próprio afirmou que os relógios foram totalmente feitos lá, muito embora não tenha entrado em detalhes. Se for verdade, teremos um novo e inusitado país fazendo relógios de alto nível. Se for verdade.... Vejam

https://deployant.com/breaking-news-the-asean-leaders-made-in-cambodia-tourbillon/
#117
Fórum principal / Artya Profundímetro
07 Novembro 2022 às 12:08:43
Achei bem interessante o conceito deste relógio, que contém um profundímetro que, ao contrário dos tradicionais, não atua medindo a pressão para indicar a profundidade. O mostrador é pintado com diversas cores diferentes que, à medida que o mergulhador desce, "somem" do espectro visível e, portanto, indicam a profundidade. Não há qualquer lance mecânico aí, é apenas uma questão de qual cor está ou não visível aos nossos olhos em determinada profundidade. E para quem achava que o laranja era a cor ideal para um relógio de mergulho, vejam que o desaparecimento ocorre relativamente cedo. Olhem que interessante:

https://monochrome-watches.com/introducing-artya-depth-gauge-clever-measuring-dial-colour-specs-price/
#118
Post que fiz agora para o @relogiosmecanicos


Há alguns anos visitava o museu da Corporação de Ofício de Relojoeiros de Londres quando deparei-me com um Smiths De Luxe em cuja legenda se lia: "presenteado ao museu por volta de outubro de 1953 por Sir Edmund Hillary, após usá-lo na escalada da montanha". Tempos depois, no Museu Beyer de Zurique, vi um Rolex Oyster exposto ao lado de um envelope remetido da Nova Zelândia por Hillary. A legenda informava que o relógio havia sido usado pelo alpinista no topo do Everest, enviado à Rolex para testes após a escalada e depois doado ao museu. Confuso, pensei: qual deles de fato foi usado por Hillary na escalada?
Desde os anos de 1930, a Rolex, que havia sido fundada há pouco tempo, desenvolvera estratégia de marketing que consistia em presentear famosos e aventureiros com seus relógios, visando criar uma imagem de produto confiável.
Como parte desta estratégia, forneceu Oyster Perpetuals para todos os membros da expedição britânica vitoriosa de 1953.
Ocorre que a expedição já havia sido escolhida pelo governo britânico como um meio de melhorar sua imagem perante a opinião pública. Lembrem-se que o Reino Unido não era mais o "Império no qual o Sol nunca se punha", tendo perdido diversas colônias e a hegemonia mundial. Portanto, a patrocinadora oficial da expedição tinha que ser britânica, e não foi por outro motivo que a Smiths forneceu não apenas todo equipamento de medição de altitude, respiradores, etc, como os relógios. Mas durante a escalada, pelo menos 3 alpinistas da equipe usaram as duas marcas de relógios ao mesmo tempo, o que pode ser comprovado por fotos da época. Ocorre que Hillary assinou documento atestando que somente usara o Smiths, tendo deixado o Rolex no acampamento-base como reserva. E de fato não há fotos dele com dois relógios, apenas o Smiths. O Rolex Explorer, modelo que sequer existia na época, foi "colocado no topo" do Everest por uma sucessão de propagandas ambíguas publicadas pela Rolex até hoje que, sem afirmar literalmente que o relógio foi usado por Hillary no cume, dão a entender que sim. Comprei este Rolex Explorer em 2009 e talvez o relógio não seja extraordinário: as pessoas que alcançaram o topo do Everest são extraordinárias...



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#120
Fórum principal / A história do cronógrafo
24 Outubro 2022 às 13:09:52
Mais um bom artigo em português no Instituto Português de Relojoaria


https://www.institutoportuguesderelojoaria.pt/post/cron%C3%B3grafo-levrette-monopulsante-prata-1900
#121
Fórum principal / Livro oficial da história da Seiko
13 Outubro 2022 às 12:02:30
Procurem no Google pelo título que encontrarão diversos sites para baixar. Eu baixei e mandei imprimir.



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#122
Perguntaram me isso agora e eu nunca havia pensado nisso... O Exército nosso possui ou já possuiu uma especificação oficial para os relógios que usam, a exemplos de outras forças armadas?

Flávio

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#123
Fórum principal / Cartier Santos com caixa laqueada
10 Outubro 2022 às 08:25:27
Confesso que nunca havia visto este tipo de trabalho, que consiste em usinar a caixa para criar uma faixa e, depois, inserir laca (sintética), levando tudo ao forno para fixar. Mais art deco impossível! Gostei muito do trabalho e, considerando que o relógio usa um movimento da Piaget e possui este trabalho na caixa, os 5 mil euros não parecem tão extorsivos.
Vejam

https://watchesbysjx.com/2022/10/cartier-santos-dumont-lacquered-case-review.html
#124
Fórum principal / Live comigo no sábado
07 Outubro 2022 às 08:06:43
Sábado participarei de uma live no canal do YouTube do Relógios sem Fronteiras. Como diria o Silvio Santos: não peeeeeercam!



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#125
Videozinho bacaninha no Vogalizando a História

https://www.youtube.com/watch?v=ymssHtGH9C4

#127
Fórum principal / A arte de acumular
27 Setembro 2022 às 11:38:24
Eis um "depoimento" do Miguel Seabra a respeito do seu gosto por relógios, que vale a pena ser lido. A melhor frase, com a qual me identifiquei muito, é esta:

"Talvez por estar tão mergulhado no meio, nunca procurei validação social através do uso de um determinado modelo ou marca. Um relógio não precisa de ser reconhecido para ter estatuto e carisma – e até tenho prazer em contar as histórias e falar das pessoas por trás dos exemplares que vou tendo, muitos deles de companhias desconhecidas para o grande público."


Aproveitando a sua deixa, algo que me perguntam com frequência é: qual seu "grail" watch? E normalmente respondo: não tenho grail watch, meu gosto é pela relojoaria, não pelo ter relógios. Parafraseando Seabra, acho que por estar "tão mergulhado no meio" da relojoaria, desinteressei-me totalmente pelo "ter" relógios, até mesmo porque me bastam suas histórias. E, afinal de contas, como como costumo dizer, os grandes relógios da História, aqueles efetivos objetos que modificaram de alguma foram nossa percepção sobre o tema, não estão nas mãos de milionários ou dentro de cofres escuros, mas em museus, para todos verem. E, numa menor escala, cada relógio que a pessoa pertence, por mais simplório que pareça, tem sua própria história e relevância para o dono.


O texto do Seabra, aqui, em português

https://espiraldotempo.com/a-arte-de-acumular/
#128
Mais um completo artigo publicado no Instituto Português de Relojoaria, escrito por uma autoridade no assunto: o fulano que escreveu é professor da Universidade de Lisboa em História Egípcia. Vou lhes confessar que ainda não li, pois longo pra caramba, mas quando ler posto minhas impressões. Resolvi já divulgar aqui antes mesmo de ler pois a mente anda fraca, se não leio no dia que foi escrito, posso esquecer.

Flávio

https://www.institutoportuguesderelojoaria.pt/post/o-calend%C3%A1rio-dos-antigos-eg%C3%ADpcios-globalizou-se?utm_source=so&cid=7fe1b91e-9574-4009-beba-820452bc3425&utm_content=9bd0489e-ff3e-4073-9706-8fa570f4cf3e&postId=ea3ec7ed-2e2e-460a-8b15-72ba49966807&utm_campaign=af692718-04dc-4a62-a045-45b9aaab4e2d&utm_medium=mail
#130
Fórum principal / Omega 8500
16 Setembro 2022 às 10:40:38
Post que coloquei agora no Instagram

Em 1979, Alan Banbery, representante da Patek Philippe na Inglaterra, viu o protótipo de relógio de bolso com escapamento coaxial criado por George Daniels. Alan e o Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da marca, então, visitaram Daniels no seu workshop, na época situado em Londres, e combinaram um acordo para construção de protótipos equipados com o sistema. Entre 1980 e 1984, Daniels participou de várias reuniões na sede da Patek, muito embora tenha sentido que sua presença não era bem-vinda. Certo dia, um técnico da Patek sugeriu que as negociações só seguiriam adiante se Daniels conseguisse instalar o escapamento coaxial, originalmente pensado para relógios de bolso, em um dos novos movimentos da empresa, com apenas 2.5mm de espessura. Daniels sabia que isso não era possível e sentiu-se traído... Mas 2 semanas depois, num estalo criativo, ele concebeu a solução: em vez de três níveis de componentes (pinhão e 2 rodas coaxiais), utilizar uma engrenagem intermediária para impulsionar as rodas coaxiais (2 níveis). O escapamento, com altura reduzida à metade, foi então instalado no movimento Patek. Mesmo assim a marca não se interessou e sepultou o projeto, para insatisfação de Daniels.
Em 1994, quando Daniels apresentou a proposta de fabricação em massa do escapamento à ETA, o que somente viria a acontecer em 1999, a empresa não podia se dar ao luxo de projetar um novo movimento para instalar o sistema. Utilizou, então, o calibre Omega 1120 (ETA 2892), ao qual foi adaptado o escapamento coaxial extra-plano em 2 níveis (calibre 2500). Com o passar dos anos, o escapamento foi aperfeiçoado, sobretudo através da redução da frequência, de 28.800 bph para 25.200, o que possibilitou uma melhor distribuição de torque. Paralelamente aos aperfeiçoamentos no calibre 2500, a Omega passou a desenvolver um movimento especificamente pensado para o escapamento coaxial, sem as limitações de espaço do passado. O calibre, denominado 8500 e equipado com um escapamento de 3 níveis, conceito original de Daniels, foi lançado em 2007 e significou o retorno da Omega à produção de mecanismos "feitos em casa". Influenciado pelo personagem James Bond, comprei este relógio em 2014.

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#131
A história do Cricket é tão tumultuada que eu sequer sei a exata dimensão do que aconteceu com a manufatura depois que a marca foi vendida para a Grovana, a Revue e Thommen seguiram rumos diferentes, investidores ressuscitaram a Vulcain, etc. Uma barafunda de troca de donos, quebra de empresas, etc. Mas agora, vejam só, voltaram às raízes lançando modelos cópia dos originais, em 36 e 39 mm. Me parece que com essa pegada mais vintage as coisas agora vão! Vejam só os modelos. E nem achei um roubo, aliás, para algo tão singular, o preço está bom, por volta de 3500 dolares

https://timeandtidewatches.com/i-dont-like-cricket-i-love-it-why-the-new-vulcain-cricket-is-one-of-the-best-vintage-re-issues-to-date/
#132
Gostei muito deste relógio, sobretudo do mostrador, que apresenta uma gravação (feita à máquina), que eu sinceramente não lembro de ter sido usada em qualquer outro relógio que eu conheça (as gravações são feitas à mão e, por isso, normalmente deixadas para modelos hand made e caros). Este 2892 turbinado que a Longines usa com exclusividade é um puta movimento e, por 2300 dólares, o pacote tem um bom preço. Porém... Quem é das antigas vai se lembrar que quando a Longines fez 30 milhões de relógios, lançou uma linha com calibres L990 feitos em casa que estavam no estoque. Ou seja, apresentou algo efetivamente singular, o que não ocorre agora, apesar do mostrador diferenciado. Mas gostei do modelo (em aço. Os de ouro são carérrimos e fora da realidade no preço).

https://watchesbysjx.com/2022/09/longines-master-collection-190th-anniversary.html
#135
Fórum principal / Gelfman com tubos de Nixie
06 Setembro 2022 às 16:19:34
Acho que o primeiro relógio com tubos Nixie que vi na vida foi do Igor, que fabricou um troço para sua mesa (ou comprou pronto, nem lembro). E não é que uma empresa está fazendo relógios com tubos de Nixie (são "válvulas" de neon, coisas do passado da União Soviética...). Vejam só:

https://www.gelfman.ch/
#136
Fórum principal / Kenissi e movimentos Tudor
06 Setembro 2022 às 15:41:27
Quando a Tudor lançou seu movimento feito em casa há alguns anos, pouco tempo depois este foi disponibilizado à Breitling e, num esquema "autolatina" (quem se lembra?) suíço, os B01 da Breitling foram parar na Tudor. Certo é que algum tempo depois a Tudor embarcou de de vez na fabricação de movimentos para terceiros, entrando num nicho no qual a ETA sempre fora referência. Eu não lembro de a Rolex ter feito isso. E vejam só... Hoje tem marca pra caramba usando movimentos da Tudor (Kenissi). Vejam as imagens:

https://timeandtidewatches.com/six-manufacturers-that-ditched-industry-giants-for-kenissi-movements/
#137
Fórum principal / Mido Powerwind Chronometer
06 Setembro 2022 às 15:38:40
A Mido relançou seu modelo clássico Powerwind, embora numa versão mais parruda (40mm), que ficou bem legal e o preço não estupra: 1350. Gostei muito do modelo, vejam só.

https://www.watchonista.com/articles/closer-look/return-classic-new-multifort-powerwind-chronometer-mido
#138
Fiquei 10 dias fora sem acessar o FRM e percebi ter ocorrido um erro no banco de dados que o tirou do ar momentaneamente. O problema já foi corrigido e, colocando minha cabeça no pós férias, voltarei a postar em breve.

Flávio
#141
Texto muito legal sobre este assunto e outras coisinhas, na BBC. É longo, mas vale a pena:

https://www.bbc.com/portuguese/vert-fut-62404690
#142
O livro é de autoria de Pierre Yves Donzé que, na minha opinião, escreveu a obra seminal sobre a indústria suíça de relógios pós mecanização dos fins dos século 19 (The History of Swiss Watch Industry). O cara sempre escreve obras curtas, não mais do que 200 páginas, mas com muito conteúdo (nada de fotografias, papéis especiais, pelo contrário, sempre brochuras vagabundéeeeeeeeerrrimas com papel jornal).
Este livro não é diferente, curto (150 páginas), direto ao ponto, com muito conteúdo e, claro, pacote tabajara, numa brochura vagabunda com papel de jornal. Mas vale muito a pena, contando as decisões do Swatch Group após sua fundação, sobretudo a reestruturação dos meios de produção e, claro, marketing, com ênfase em transformar seus produtos (tendo como carro chefe a Omega), em objetos de luxo "acessível", sem deixar de lado marcas que lhe dariam know how e legitimidade no mundo do alto luxo, como a Breguet.
Recomendadíssimo, e pode ser comprado no Prime da Amazon com entrega gratuíta por míseros 130 reais, o que para um livro importado e com tiragem relativamente limitada, está de graça. Comprem!


Flávio
#143
Texto do Instagram

Na Grécia antiga, a ciência pura era estudada por homens que tinham muito mais de filósofo do que de cientista. A matemática, por exemplo, não era apreciada como um instrumento prático, mas modo para construção intelectual de um mundo abstrato.
Em 580 a.C., na ilha grega de Samos, nasceu Pitágoras. Reza a lenda que durante 30 anos viajou pela Arábia, Síria, Fenícia, Caldeia, Índia, Gália e Egito, tendo aprendido Astronomia e Geometria. Com 50 anos, fixou-se em Crotona, onde se estabeleceu como professor. Seus variados conhecimentos angariaram-lhe centenas de alunos que se portavam como integrantes de uma seita: juravam lealdade para com o Mestre, não podiam matar animais nem comer carne, pois acreditavam na transmigração de almas, e adotavam a comunhão de bens. Defendiam, ainda, que o princípio fundamental do Universo era a estrutura numérica. Para os Pitagóricos, a purificação da alma exigia não só a abstinência como o estudo científico, sobretudo da Matemática. Os Pitagóricos perceberam que as proporções geométricas mais harmoniosas sempre estavam em uma razão de 1 para 1,618, e que isto se refletia nos seres vivos. A "Divina Proporção", como foi chamada depois, passou a ser utilizada pelos homens em suas obras, que assim acreditavam replicar o trabalho de Deus.
Em 1943, um dos proprietários da Minerva, André Frey, projetou um movimento (calibre 48) cujas pontes possuíam desenhos geométricos que seguiam a "Divina Proporção". O relógio, chamado "Pythagore", foi vendido por preços bastante razoáveis até a aquisição da marca pela Montblanc. Seu mecanismo de fato era harmonioso aos olhos, como pregavam os Pitagóricos.
Quando Günter Blümlein decidiu relançar a Lange & Sohne, sabia que precisava mostrar ao público um relógio singular e esteticamente harmonioso. Certo dia, em seu escritório na IWC, ele se juntou a Kurt Klaus e Reinhard Meis e passou a testar alguns designs no computador. O resultado, um relógio com contadores descentralizados (Lange 1), algo teoricamente desequilibrado, era muito harmonioso. E isto se explicava pela deliberada utilização da "Divina Proporção" pelo time de projetistas.



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#146
Fórum principal / A General History of Horology
20 Julho 2022 às 15:55:57
Se meter a escrever um livro que seja considerado a "obra total" em Horologia não é para qualquer um. David Landes, na obra A Revolução no Tempo, tentou e, sinceramente, acho que fez um trabalho fantástico.
Eu esperava o lançamento deste livro há algum tempo e, quando ocorreu, há cerca de 2 meses, achei um tanto quanto salgado o preço, 150 libras, muito embora seja um calhamaço de 800 páginas em capa dura. Todo dia abria a Amazon UK e ficava tentado a comprar e declinava (mais de 1000 reais num livro, com o envio!). Maaaaaasss. Hoje, num post escrito pelos autores (abaixo), eles colocaram um cupom de desconto de 30 por cento. Boletei direto na editora e, com o envio para o Brasil, ficou em 106 libras. Fica a dica para os realmente interessados.

https://www.ahsoc.org/blog/the-creation-of-a-general-history-of-horology/
#147
Fórum principal / Angles Chain of Time
18 Julho 2022 às 12:33:24
Interessante este modelo, para quem gosta de coisas "estilo MBeF". Engraçado que nas fotos o relógio ficou bem grandão, mas sua espessura não é tão alta nas especificações, 14mm. Vejam só que curioso

https://timeandtidewatches.com/micro-mondays-bold-and-experimental-the-angles-chain-of-time-is-a-truly-maverick-watch/

Não entendeu bulhufas? Vejam este vídeo na páginas deles

https://angleswatches.com/

E o preço não estupra, 1900 dólares.
#148
Fórum principal / Ochs and Junior raw brass
15 Julho 2022 às 13:52:07
O raw brass aí, ou latão cru, refere-se ao mostrador, que não recebe pintura alguma e é deixado "ao natural", inclusive com as marcas de usinagem. Eu confesso que não sou lá muito fã da maioria dos designs da Ochs, todos da cabeça do Ludwig Oeschlin (o projetista da Ulysse Nardin por trás da trilogia astronômica), mas sempre gostei deste modelo simples com data, na qual os dias são mostrados na escala e, no domingo para segunda, ocorre um "salto grande". Mais minimalista do que isso impossível, assim como o mecanismo de data exclusivo, que tem apenas 4 componentes. A base é sellita. E querem saber? Eu achei justo, apesar da total falta de acabamento do troço, os 2000 dólares, considerando que se trata de  algo bem exclusivo, com complicação idem e projetado por um dos fodões da relojoaria. Curti, sério!


https://monochrome-watches.com/introducing-ochs-und-junior-settimana-raw-brass-price/
#149
Fórum principal / As caixas Super Compressor
12 Julho 2022 às 20:24:11
Texto que pus agora no Insta


O envolvimento da família Piquerez com a fabricação de caixas para relógios iniciou em 1886, com a fundação da empresa Frères Piquerez, situada em Bassecourt. A sucessora da companhia, a Ervin Piquerez, no entanto, funcionou apenas até 1910, mesma sorte da empresa de Arthur Piquerez, também fabricante de caixas, que só durou até 1913.... A família Piquerez, não obtendo sucesso na fabricação de componentes para relógios, passou a construir bicicletas, o que se mostrou um bom negócio, principalmente durante a 2ª Guerra Mundial, na qual a escassez de combustíveis para automóveis provocou o aumento expressivo das vendas.
Em 1939, tendo acumulado recursos financeiros necessários e sem abandonar a manufatura de bicicletas, a família Piquerez voltou a fabricar caixas para relógios. Anos depois, a empresa resolveu especializar-se na construção de caixas à prova d´água. Na época, a tecnologia de juntas de vedação ainda estava na sua infância e as soluções propostas pecavam pela pouca durabilidade. A Ervin Piquerez (EPSA), então, propôs uma solução para a deformação prematura das juntas, através de um inovador desenho de caixas. No uso diário, os retentores permaneceriam pouco comprimidos, acarretando baixa resistência à água; se o relógio fosse usado para mergulho, à medida que a pressão aumentasse sobre a tampa, as juntas cada vez mais seriam comprimidas, incrementando a resistência. À tecnologia, patenteada em 1956, a EPSA atribuiu o nome de "Compressor". Em pouco tempo uma caixa fabricada pela empresa, com duas coroas e escala giratória interna, acabou adotada por dezenas de fabricantes de relógios, entres os quais a Longines, que lançou seu modelo de mergulho em 1958.
Nos anos 2000,os fabricantes de relógios perceberam que havia um novo público consumidor interessado em modelos do passado, mas que não estava disposto a adquirir "vintages" em mau estado de conservação. Omega e Vacheron Constantin, então, lançaram edições limitadas de clássicos relógios, respectivamente nas linhas Museum e Heritage. Mas foi uma reedição da Longines em 2007, o modelo "Super Compressor" de 1958 (Legend Diver), que de fato criou a moda, alcançando mais sucesso do que o original. Possuo este relógio desde então.




#150
Fórum principal / Tissot Telemeter
12 Julho 2022 às 09:37:05
Não há muito o que comentar: o mostrador é muito bem feito, sobretudo para um relógio nesta faixa de preço (2 mil dólares), o equilíbrio do mostrador é show (fizeram um bom trabalho com as escalas para não causar a impressão de "relógio vesgo"), movimento, etc. Tudo é legal neste relógio mas... Ops! Para que reeditar um modelo vintage e aumentar tanto as medidas? O relógio tem 42X15! Se tivessem feito algo na casa dos 40 mm e, claro, menos espesso, seria um dos melhores lançamentos do ano, em qualquer marca. Mas deste modo, pelo menos para mim, não server. Vejam só:

https://monochrome-watches.com/tissot-telemeter-1938-chronograph-heritage-collection-hands-on-review-specs-price/