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Tópicos - flávio

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Fórum principal / Delbana Recordmaster
« Online: 09 Março 2021 às 10:36:37 »
Por que criar um tópico sobre um relógio aparentemente simples, sem qualquer "novidade"? Confesso que gostei muito do visual deste mostrador, que tem como inspiração discos de vinil. Vou além: lembrou-me o estilo das juke box dos anos 50... Bem legal mesmo, e não estupra o bolso, por volta de 800 doletas (sim, qualquer coisa com a palavra "dólar", euro, etc, hoje estupra o bolso. Imaginemos, repito, que são 800 dinheiros de banco imobiliário).
E adivinhem onde acho que vacilaram? No maldito Sellita sem qualquer modificação à mostra... Para que isso gente?  Houvessem colocado um fundo metálico com um desenho bacana, poderia ser até um juke bok, sei lá, qualquer coisa, teria ficado melhor.


https://monochrome-watches.com/introducing-delbana-recordmaster-limited-edition-90th-anniversary-price/

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Fórum principal / Cronômetro de Marinha Hughes & Son
« Online: 28 Fevereiro 2021 às 13:14:31 »
Há alguns anos, fui em um almoço na residência de um amigo quando notei, perdido em uma mesa, um cronômetro de marinha usado como objeto de decoração. Como o pai do amigo me contou, o cronômetro tinha pertencido ao seu pai, que era navegador da Marinha Mercante. Ao que parece, cada navegador possuía e confiava apenas nos seu próprio cronômetro, que levava a bordo como instrumento próprio de trabalho.

E tanto meu amigo como seu pai nunca tinham visto o troço funcionando, e sequer sabiam se estava em bom estado. Na época, já faz alguns anos (inclusive postei fotos aqui), perguntei-lhe: "posso olhar?". E o que vi foi um cronômetro em excelente estado de conservação, contendo, inclusive, o boletim de certificação e ajuste. Ao movimentar o giroscópio no qual se apoia, notei a lingueta de proteção da tirete de corda (algo que sequer sabiam que existia...), meti corda e... Voilá, depois de uns 60 anos parado, simplesmente voltou a funcionar, como se houvesse saído da loja. Na época, fiquei até emocionado.

Ontem, em uma visita a casa do meu amigo, percebi que seu pai havia lhe doado o cronômetro, que agora faz parte da decoração "modernosa" do seu apartamento (um contraste... Aliás, aqui em casa minha decoração também tem esses contrastes...).

Fato é que dei mais uma olhada no relógio e resolvi postar essas fotos.

O cronômetro, como já disse aqui quando o vi pela primeira vez, é de altíssimo nível, fabricado pela Hugues and Son de Londres. A empresa foi fundada em 1828 e construiu cronômetros para as marinhas do mundo, sobretudo a Britânica, desde então. Mas não só... Existe até hoje, infelizmente não mais como empresa totalmente britânica (foi comprada por um grupo alemão), e atua no ramo de... Adivinhem? Navegação, fabricando sistema de radar e telemetria para navios, sobretudo fragatas (a evolução de empresa pode ser vista aqui, clicando no lado direito "related people"

https://collection.sciencemuseumgroup.org.uk/people/cp58792/henry-hughes-and-son-limited

Não é demais lembrar a importância que esses objetos tiveram na evolução da cronometria. Para não repetir, lanço aqui o texto sobre o assunto que escrevi - como o tempo passou! - em 2005.

http://relogiosmecanicos.com.br/curiosidades/uma-visita-ao-observatorio-de-greenwich/


Algumas questões técnicas a serem ressaltadas neste cronômetro de marinha. O formato é "padrão", com o relógio protegido por uma caixa em madeira e apoiado em giroscópio, para manter-se na mesma posição, independente do movimento de balanço do navio. Numerais grandes, segundeiro bastante visível, frequência de 14400 bph, etc. O escapamento, claro, é o "detent", cuja explicação detalhada pode ser apreendida também através de um texto que escrevi há um bom tempo, aqui:


http://relogiosmecanicos.com.br/curiosidades/o-escapamento-de-cronometro/


É ressaltado, ainda, conforme se pode ver no mostrador, o uso de "compensação auxiliar". O que é isso? Os balanços destes cronômetros (e também dos relógios de pulso até meados dos anos 50...) eram feitos em dois materiais diferentes, em regra latão e aço. É suficiente dizer que, possuindo tais metais diferentes coeficientes de dilatação, à medida que a temperatura local variava, a frequência da oscilação do mecanismo, devido a esse tipo de construção, tendia a compensar a influência da temperatura sobre o relógio. E alguns cronômetros de marinha superiores não só possuíam esse sistema de compensação da influência da temperatura, como um adicional, para torná-lo mais preciso ainda. É o caso.

Outra coisa que dá para perceber pelas fotos é a utilização de contatos elétricos metálicos (vejam os fios). O que acontecia era o seguinte. O cronômetro de marinha era levado a bordo e aparafusado a contatos elétricos. A cada minuto, o circuito se fechava e a hora do relógio "mestre", no caso o cronômetro, era transmitida a todos os outros relógios do navio. Em suma, em um navio existia dezenas de relógios (eletromecânicos), que a cada minuto eram "ajustados" por um pulso elétrico proveniente do cronômetro de marinha, totalmente mecânico, apenas com um circuito adaptado que se "fechava" minuto a minuto, através de um contato localizado em uma roda O mecanismo de contato elétrico é mais ou menos isso aqui:

http://www.antiques-marine.com/chronometers/1272/

Mas o objetivo deste post e o mais interessante é a existência, ainda hoje, do certificado de ajuste e precisão. Afinal, a precisão do relógio determinava se o navio estaria no lugar certo ou naufragado após bater numa rocha...

O certificado foi emitido por uma tal "Guilherme Lopes Custódio, Reparação e Regulação de Chronometros de Marinha". Confesso que não pesquisei a fundo sobre esta empresa, mas ao que parece, não era brasileira, mas portuguesa. Se alguém tiver mais informações, agradeço...

E olhem as informações bacanas no certificado, totalmente escrito à mão. Há o ano e mês no qual foi reparado e o ano e mês no qual foi ajustado... E lembrem-se que na época não havia timers eletrônicos, ou seja, o ajuste de um relógio era tarefa demorada, pois tinha que ser feito de 24 em 24 horas, através da comparação com um relógio "mestre". Mas não só: em temperatura controlada. É o que também se pode verificar no certificado (ajustado a 28,5 graus). E finalmente encerra com o dado mais importante: ATRASA todos os dias 0.5 segundos. Ou seja, num cronômetro de marinha, os relógios mecânicos portáteis mais precisos já criados, assim como em todos os relógios, o que importa é a REGULARIDADE de marcha! Afinal, se o relógio atrasa ou adianta a mesma coisa todos os dias, basta colocar tal variação no cálculo de navegação, simples aritmética, que se encontra o valor "real" de variação do tempo. Não que 0.5 segundos ao dia sejam ruim, pelo contrário, não é: nem em sonho um relógio de pulso ATUAL consegue facilmente fazer isso. Mas faria pouca diferença se a variação indicada no certificado fosse de 1, 2 segundos... O que importa é que essa variação seja CERTA todos os dias.

E o certificado encerra, finalmente, com uma ORDEM: corda todos os dias! E numa hora exata (por questões de isocronismo): 9 da manhã!

Muito legal.


Flávio

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Fórum principal / Omega Seamaster America´s Cup
« Online: 23 Fevereiro 2021 às 17:15:47 »
Achei bonito? Não... Aliás, eu nunca gostei dos Seamaster Chrono, mesmo os iniciais, da época James Bond. Este tem contagem regressiva, uma complicação que normalmente é instalada em relógios de regata. Mas... Precisava mesmo indicar em letras garrafais que o contador colorido é... Regressivo? Para que isso gente? Eu presumo que os "regateiros" que compram um relógio deste para efetivo uso sabem que o contador é regressivo... Eu achei que ficou parecendo uma árvore de natal. Enfim...

Mas há duas inovações técnicas aí da Omega que certamente darão as caras no futuro em outros modelos e devem ser vistas: o desencaixe e encaixe rápido do bracelete, algo que não é novidade em poucas outras marcas, mas na Omega sim (a Vacheron Constantin usa um sistema semelhante nos seus novos Overseas, lançados há uns dois anos); e uma trava de cronógrafo, para impedir o acionamento inadvertido durante uma regata.

By the way: eu achei este relógio caro por 10500 dólares, apesar da complicação.


https://www.ablogtowatch.com/omega-unveils-seamaster-diver-300m-americas-cup-chronograph/

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Fórum principal / Tag Heuer Dato para o Hodinkee
« Online: 23 Fevereiro 2021 às 16:59:40 »
Eh... Como já ressaltei aqui, o Hodinkee, já há séculos, limita-se a fazer propagandas para os fabricantes sem nunca criticá-los. E isto me dá um desânimo inacreditável com a mídia atual sobre relojoaria... Mas, abstraindo da realidade nua e crua do "business is business", quando o Hodinkee lança um produto em conjunto com uma empresa, normalmente acerta (tirando o relógio de mesa em conjunto com a Lepee, acho que acertaram todas. Aliás, até o relógio da Lepee era legal, o preço é que não...).

O relançamento agora é o Dato, um cronógrafo super simples fabricado pela Heuer no passado. O diferente aí é o mostrador panda, nunca feito antes.

Relógio belíssimo e, por 7250 dólares uma edição limitada a 250 exemplares, dentro do preço do mercado. Eu curti muito. Vejam só.


https://limited.hodinkee.com/tag-heuer/

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Fórum principal / Longines Silver Arrow
« Online: 09 Fevereiro 2021 às 18:38:58 »
Mais um relançamento da Longines, num tamanho bem legal, 38.5 mm, e boa altura, 10 mm. Diz o texto, porque sinceramente não conhecia o modelo antigo, que o nome "Silver Arrow" surgiu de um concurso interno para um relógio que tinha elementos bem modernos para a época (no caso os indexes estriados...), e foi inspirado nas "Flechas de Prata", que dominavam os circuitos de corrida da época. Eh... Eu sinceramente acho que essa história já contém um furo por definição, porque as tais "Flechas de Prata", fabricadas pela Mercedes, dominaram o circuito mundial de corridas nos anos 40, no período pré guerra, e não nos 50, sendo que o relógio foi lançado em 1956. Pior... A suposta conexão com "velocidade" e "futurismo" vem do emblema na tampa traseira, um avião supersônico voando ao lado de estrelas. Agora eu lhes pergunto: que diabo tem a ver automobilismo com aviação, para justificar a inspiração do relógio? Pois é...

Nomes a parte, minha opinião sobre o relógio. Para variar, é uma reedição MUITO bonita criada pela Longines, sobretudo porque não tem data e possui um tamanho legal. Apesar de os indexes serem apenas um detalhe, de fato são muito legais. O relógio, ainda, vem equipado com as novas versões do ETA 2892 exclusivas para a Longines, que contém espiral em silício e aumentada reserva de marcha. E o preço, finalmente, não é extorsivo dentro do mercado, 2000 dólares redondo.

O que não gostei? A profusão de reedições que a Longines tem feito nos últimos anos, algo que iniciou lá atrás com o Legend Diver, se não estou enganado, está se tornando cansativa. Sim, os relógios são muito bem feitos, bonitos, mas estão se tornando cansativos, é a minha opinião.

E, finalmente, se é para atualizar o relógio para as novas tecnologias, poderiam ter subido um pouquinho a resistência a água, que é de apenas 30 metros. E o emblema na tampa traseira, certamente feito a laser, não tem muita profundidade... Ok, ok, ok, o antigo também só era "Waterproof" e tinha uma tampa traseira mais tabajara do que esta, mas custava ter alterado isso?

https://monochrome-watches.com/introducing-2021-longines-silver-arrow-heritage-price/


E para compararem bananas com bananas de 1956, eis um bom exemplar antigo à venda.

https://www.chrono24.com/longines/silver-arrow--id14657762.htm


Ps. O modelo vintage acima sai mais em conta do que o atual, e olhem que pitelzinho está...

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Fórum principal / MB&F Sapphire Vision
« Online: 29 Janeiro 2021 às 09:59:08 »
O desenho de caixa não é novo... O movimento também não... Mas o material usado na caixa sim, totalmente em safira, o que não é um feito pequeno. Tenham em mente que a safira tem grau de dureza 9 na escala Mohs, ou seja, só pode ser arranhada (e usinada) por um material mais duro, em regra o diamante. Digo isso porque já foram feitas caixas no mercado em safira, mas nunca com um desenho tão complexo como este, totalmente curvilíneo.

O vídeo ressalta que foram patenteados processos de união e estanqueidade da caixa, que não podia ser simplesmente parafusada em suas metades: toda estrutura metálica, com juntas e um adesivo que deve ser aplicado no vácuo (ou seja, esse troço aí só pode ser aberto na fábrica, se o dono no futuro pretende manter sua estanqueidade...), une as duas metades da caixa.

As imagens falam por si: é muito mais uma pequena obra de arte, um "móbile", que se pode carregar no pulso (com alguma dificuldade, pois este modelo definitivamente não é algo para usar no dia a dia, claro...)...

Vejam só:

https://www.youtube.com/watch?v=hiFhVyDJ6-E

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Fórum principal / Desbaratada em Goiânia quadrilha que roubava relógios
« Online: 29 Janeiro 2021 às 08:16:17 »
O mote do fórum é a relojoaria, mas eu sinceramente não resisto a postar quando leio algo do tipo, desculpem me.
https://www.emaisgoias.com.br/suspeitos-de-roubar-relogios-de-luxo-morrem-em-tiroteio-com-a-rotam/


Enviado de meu ASUS_Z01KD usando o Tapatalk


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Fórum principal / Garrick lança relógio de preço "acessível"
« Online: 27 Janeiro 2021 às 17:13:36 »
O design dos relógios britânicos é bastante conhecido: platina 3/4 ou inteiriça, acabamento dourado "frosted", desenhos com motivos florais e mostradores em regra austeros. Basta se lembrarem do H4 de Harrison para entenderem o que estou falando...

E alguns relojoeiros atuais, como a Garrick, que produz seus modelos em Norfolk, tentam trazer estes elementos para suas criações.

A Garrick conseguiu lançar este novo modelo, na casa dos 6 mil dólares, porque utilizou uma base ETA Unitas. Mas não se iludam, a platina superior, ponte do escapamento e toda decoração foi feita em casa e nos moldes britânicos. O mostrador é feito artesanalmente e possui até mesmo guilloche no contador, algo raríssimo de se ver, sobretudo num relógio deste preço. Aliás, é raríssimo de se ver atualmente algo efetivamente com identidade e com muita coisa feita nos moldes antigos, como este relógio.

Definitivamente curti, muito embora eu ache - mas isso é uma questão de design e identidade - os contrapesos dos ponteiros da Garrick no mínimo "invasivos".

Mas vejam só:

https://www.garrick.co.uk/wp-content/uploads/2020/08/s4-with-frosted-dial-6.jpg


https://www.garrick.co.uk/shop/watches/s4-timepiece/

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Um assunto que sempre vem a tona é a utilização, ou não, de Rolexes no topo do Everest. Sabe-se que numa tentativa anterior à de 1953, a Rolex, que já há algum tempo tentava vincular a imagem dos seus produtos a pessoas e feitos, forneceu 7 modelos aos alpinistas (expedição suiça de 1952). Diz-se que o Rolex do Tenzig foi usado na expedição anterior (um oyster em ouro) e usado novamente na expedição de 1953... E neste mesmo ano a Rolex forneceu mais 7 exemplares (que, vale a pena repetir, NÃO ERAM EXPLORERS, eis que o modelo sequer existia, mas Oysters normais).

Mas... Afinal de contas, um Rolex chegou ou não chegou no topo? Em artigo publicado há algum tempo, sobre a mesma controvérsia, chegaram à conclusão que definitivamente Hilary usou um Smiths; mas Tenzig teria usado um Rolex, certamente recebido como presente de um dos alpinistas suíços da expedição de 1952, da qual também fez parte. Mas... Por que ele teria usado um relógio em aço (em todas as fotos é isso que aparece) durante toda expedição e justamente um modelo em ouro no topo, dado por um alpinista suíço?

A "lenha" colocada na fogueira, agora, vem de uma congratulação do representante oficial ingles da Rolex à própria Smiths, publicada em meios de comunicação na época. Foram suas palavras:

“We supplied Rolex Oyster Perpetuals for all members of the British Mount Everest 1953 Expedition, but if by a fortuitous chance Sir Edmund Hillary’s watch did not reach him or if he was not wearing it in his ascent of the last few hundred feet, then we regret that our first advertisements in connection with Everest suggested the contrary, although we had every reason to suppose that he received his watch.

“It would appear from Mr. Barrett’s letter that Sir Edmund Hillary was, in fact, only wearing one watch at the summit and that a Smiths watch. We congratulate Smiths on the fact that their Smiths Deluxe ordinary wind wristwatch reached the summit with Sir Edmund Hillary.”


Resumindo... Ele se desculpa pela incorreta suposição que foi feita, a partir dos primeiros anúncios publicados pela Rolex sobre a escalada, a respeito do uso da marca NO TOPO. Diz que, apesar de Rolexes terem sido fornecidos pela marca, de fato apenas um foi usado pelo Hillary no topo, e era um Smiths. E, finalmente, congratula a marca por isso.

Tá... E Tenzig? Pois é... A conclusão lançada pelo articulista do artigo abaixo, que faz todo sentido, é a seguinte: se Tenzig houvesse atingido o topo com um Rolex, por que a própria Rolex, no comunicado oficial acima, não teria feito alarde sobre isso? Mas não só... Nunca o fez, em nenhum anúncio publicado nas décadas seguintes, limitando-se a, GENERICAMENTE, vincular a imagem do novo modelo lançado, o Explorer, ao Everest, mas sem dizer que este foi usado no topo.

Em resumo: há bastante informação nos dias atuais no sentido de que não um, mas VÁRIOS Rolexes foram usados na expedição, até mesmo porque fornecidos pela marca. Há, também, muitos elementos conclusivos no sentido de que Hillary NÃO usou um Rolex até o topo (apesar de EU ter visto o Rolex que ele supostamente usou e está no museu Beyer em Zurich...). E Tenzig? Baseado numa conclusão lógica, parece também não ter usado, caso contrário, a própria Rolex teria propagandeado isso, e não o fez.

É possível colocar a mão no fogo a respeito de tais conclusões? Não, pois as duas pessoas que poderiam solucionar a querela, Tenzig e Hillary, já estão sepultados há muito...

Vejam o artigo, que inclusive aborda outros "mitos".


https://quillandpad.com/2021/01/23/mythbusting-3-persistent-patek-philippe-and-rolex-myths-debunked/

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Fórum principal / Novos Zenith Chronomaster Sport
« Online: 22 Janeiro 2021 às 12:21:05 »
Lançado agora os novos Zenith Chronomaster. Quando vi o modelo há algumas horas, pensei: mais uma "atualização" com a mera adição de um bezel em cerâmica, algo que sinceramente nem gosto tanto assim... E olha que tenho um Rolex GMT Master com os tais discos em cerâmica.

Mas... Não é só isso. O movimento El Primero foi atualizado "em linha" para uma versão que só havia aparecido no modelo comemorativo aos 50 anos. Antes o El Primero marcava a contagem de segundos ao centro, sendo que o usuário dependia da escala para eventualmente enxergar os décimos. Agora não, o contador central de fato gira bem rápido, uma volta a cada 10 segundos, e de fato marca, de uma forma satisfatória, os décimos. Há um acumulador de segundos e outro de minutos e foi-se o das horas, que não existe mais nesta versão (há os segundos contínuos). Parece meio confuso, mas não é, assistam ao vídeo abaixo. É interessante, porque enaltece a tal capacidade do movimento, que gira a uma frequência não usual. Mas não só: foi adicionada a função hack e a reserva subiu para 60 horas. O movimento, ainda, possui nova arquitetura e desenho da rodagem, mais bonito e com melhor visualização dos componentes. E o preço ainda é competitivo, claro, dentro dos valores astronômicos dos relógios: 10 mil dólares com bracelete em aço. Para terem uma ideia comparativa, o Daytona custa, preço de lista, sendo que ninguém está cobrando isso, 13 mil...

Tá aí... Apesar do visual que está se tornando parecido entre as marcas, com o maldito bezel em cerâmica, os novos Chronomaster oferecem um excelente relógio, muito bonito e com soluções técnicas bacanas e usuais, por um preço justo.

Vejam só.


https://www.ablogtowatch.com/zenith-chronomaster-sport-el-primero-3600-calibre/


https://www.youtube.com/watch?v=o5C0oCzN7ck


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Fórum principal / Novos MING 27.01 e 27.02
« Online: 20 Janeiro 2021 às 12:15:20 »
A MING surgiu pelas mãos do fotógrafo e designer Ming Thein, natural e residente na Malásia. Salvo engano, o desenho do relógio é concepção do próprio, enquanto a fabricação fica a cargo da Schwarz Etienne e Jean Russeau. Creiam, ainda que a Ming não se trate de uma "manufatura", no estrito sentido da palavra, não é algo simples criar um produto, encontrar fornecedores e lançá-lo no mercado. Aliás, na própria Suíça a regra é a subcontratação da fabricação para especialistas... E muitas marcas não tem sucesso... A Ming, pelo contrário, desde que lançou seu modelo com movimentos Sellita, conquistou de cara o mercado, sobretudo por apresentar um design extremamente singular, mostradores fantásticos e... Um preço abaixo de 1000 dólares.

O tempo passou, a Ming começou a utilizar movimentos de base ETA (praticamente só rodagem e escapamento) super modificados e singulares feitos pela Etienne e... O preço foi nas alturas, 4 mil dólares o modelo 27.01 e 5 mil o 27.02, que é o mesmo relógio, mas com um belíssimo mostrador em safira tanslúcida.

E querem saber? O mercado nem ligou, pois mesmo com um aumento absurdo de preço, os relógios continuaram entregando uma boa qualidade preço no mundo dos independentes, onde se busca singularidade: os modelos, que em regra são produzidos em "fornadas" de 50, são vendidos mesmo antes de sequer serem oficialmente lançados.

Os modelos analisados nos dois textos, como eu disse, compartilham a mesma caixa de 38 mm e diminuta espessura, menor do que 7 mm (mais fino do que meu Zenith Elite dos anos 2000, que é bem fino). E tudo é bastante singular, do desenho dos ponteiros, passando pela caixa, ao fecho da pulseira. O movimento, se não dissessem que nasce como um Peseux 7001, eu não acreditaria (a base é a mesma usada nos Nomos Alpha, a título de exemplo).

Enfim, os relógios subiram muito de preço e em pouco tempo, mas na minha sincera opinião ainda entregam um bom custo benefício. Vejam só ambos:

https://watchesbysjx.com/2021/01/ming-2702.html


https://www.ablogtowatch.com/ming-27-01-extra-thin-watch-hands-on/

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Fórum principal / Patek Philippe Grand Sonnerie
« Online: 14 Janeiro 2021 às 12:47:56 »
Como já contei aqui em detalhes, herdei da minha avó, e restaurei, um carrilhão de pedestal da marca alemã Urgos, assunto discutido neste tópico:

http://forum.relogiosmecanicos.com.br/index.php/topic,15748.msg321069.html#msg321069

Entrando em detalhes para quem nunca viu, ou se já viu nunca "conviveu" com um carrilhão de pedestal. O modelo que tenho é caso é considerado "pleno", porque possuía todas as funções possíveis para ajuste de batidas de um carrilhão. No caso do relógio dos meus avós, o relógio é um carrilhão com alerta de quartos progressivo na melodia. Ou seja, a cada quarto de horas, automaticamente, ele dispara a melodia. E a melodia é progressiva, ou seja, no primeiro quarto o relógio toca a primeira estrofe da melodia; no segundo quarto, a primeira estrofe e segunda; no terceiro quarto, 3 estrofes; na hora cheia, a melodia é tocada em 4 estrofes e, então, a badalada indicando as horas é tocada. Dentro do período de uma hora, portanto, é possível saber, "de ouvido" quantos minutos se passaram. A complicação era extremamente útil num período no qual a iluminação pública e das residências era praticamente inexistente e as pessoas precisavam saber as horas "de ouvido". E, aliás, há relógios públicos extremamente famosos que ainda possibilitam isso, por exemplo, o Relógio da Torre do Parlamento de Londres (Big Ben).

No caso do relógio que tenho em casa, é possível optar, através de uma alavanca seletora de fácil acesso, por três melodias: Westminster (do Big Ben); Whittington (da capela St Mary Le Bow em Londres), St Michael (Estados Unidos). Aliás, as duas últimas são muito mais complexas e com mais notas do que as tradicionais do "Big Ben", para quem já ouviu... E, finalmente, há a opção do silêncio, que é o padrão aqui em casa, uma vez que se o relógio estiver "armado", ele tocará inacreditáveis 35040 vezes ao ano!

A título de exemplo, vejam este vídeo do Yotube com a melodia Whittington e prestem atenção na complexidade apenas do mecanismo de batidas e qualidade do som acústico. Sim, o som acústico de um carrilhão de pedestal, até mesmo pelo tamanho da caixa, é algo que um relógio menor NUNCA consegue alcançar.

https://www.youtube.com/watch?v=X_qsxI3PF8o

É evidente que isso consome MUITA energia do relógio. No caso do carrilhão instalado em casa, há 3 cordas distintas, por peso, que controlam todo relógio: uma corda é apenas para o funcionamento do mecanismo para marcação de horas, outra para o toque das músicas e, finalmente, uma para as batidas de horas. Todas funcionam por 8 dias seguidos ininterruptos (normalmente a corda é dada aos domingos, havendo um dia de "lambuja"). Ou seja, o hábito neste tipo de relógio é a corda a cada semana.

Agora imaginem transportar todo esse tipo de complicação para um diminuto relógio de pulso. É o que fazem os relógios de repetição de minutos (ainda que sem a melodia de músicas) que, como no caso do Patek, batem as horas automaticamente a cada quarto, até os minutos (por isso repetição de minutos). Há um martelo específico para o toque de horas, com um timbre, há o toque de minutos, em quartos (três martelos funcionando ao mesmo tempo) e o toque de minutos. 35040 vezes ao ano! Mas, como nos relógios de pedestal, há a opção de desligar o sistema (ou, então, permitir seu acionamento apenas a cada hora, para tocar a hora cheia apenas, sem os quartos). Vejam este vídeo, imagens dizem mais do que palavras:

https://www.youtube.com/watch?v=BWObZR4zM4E&feature=emb_logo

Enquanto um relógio tradicional possui cerca de 150 a 200 componentes, este chega a 700. E tem um preço: mais de um milhão de dólares...

É um relógio grandalhão, com 45 mm, muito embora relativamente baixo. O acabamento é muito bem feito, com decoração feita totalmente a mão salvo... Salvo a cruz de calatrava que ampliei ao máximo da foto do SJX, para mostrar algo que devem ter em mente. Vejam os chanfrados da ponte na qual está instalada. Perceberam que são ligeiramente arredondados, com vincos na transição e, até mesmo, com uma certa falta de perfeição que os tornam "orgânicos"? Agora prestem atenção no desenho da cruz. Perceberam que os chanfrados são "chapados" em seu desenho? Um é artesanal, outro feito em máquina.

Texto aqui:

https://watchesbysjx.com/2021/01/patek-philippe-grande-sonnerie-6301p-review.html

Foto do detalhe:


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Fórum principal / Speedmaster 38 mm
« Online: 14 Janeiro 2021 às 11:07:19 »
Os blogs gringos não comentaram, a Omega parece não estar muito aí, pois certamente encara o relógio como um modelo de linha "feminina" mas... Vejam só o Speedy 38 mm que, devido à caixa parruda, é maior do que os clássicos Speedy Reduced (há comparação no vídeo lado a lado). O movimento é um 3330, que substituiu os 3313 (cujo desenvolvimento tem inspiraão nos F. Piguet, e que tinham produção mais cara e apresentaram alguns defeitos na sua existência, vide tópicos no FRM) como opção mais "barata" aos de série 9000. Este movimento usa arquitetura e alguns componentes do Valjoux 7750 e, para dizer a verdade, lembra muito os Longines com rodas de colunas exclusivos da ETA para a marca. Mas possuem a adição, além da roda de colunas, claro, do escapamento Coaxial e silício. Vale a pena assistir ao vídeo, mesmo não tendo o domínio da língua inglesa, pois há várias imagens bacanas.

Gosto do modelo, mas não posso negar que, conquanto o bezel chanfrado tenha dado um ar de "diferença" dos Speedy tradicionais, acaba... Diferenciando demais, se me fiz entender...


https://www.youtube.com/watch?v=YkaRiHN3vW8&t=444s

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Fórum principal / Novos Hamilton Intramatic
« Online: 12 Janeiro 2021 às 12:50:20 »
Não há muito o que dizer sobre a linha, eu definitivamente gosto do visual, sobretudo do cronógrafo, que tem uma pegada antiga (prestem atenção no tamanho da coroa) bem bacana. A espessura não me agrada, são 14.5 mm, o tamanho sim, 40. O movimento é baseado no Valjoux 7753... Há opção, agora, de bracelete milanese, o que também acho legal. Porém... Tudo bem que os tempos são outros, o relógio oferece um bom custo benefício mas... Quando iria acreditar que ressaltaria a compra de um crono da Hamilton por 2200 dólares como sendo um bom custo benefício? Pois é...

https://monochrome-watches.com/2021-hamilton-intra-matic-automatic-chronograph-40mm-collection-hands-on-price/

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Fórum principal / Omega reformula o Speedmaster
« Online: 05 Janeiro 2021 às 14:52:04 »
Não, não é mais uma das edições "limitadas" que a Omega lança todos os anos, mas a nova versão do Speedmaster de série. Foi-se, portanto, o modelo com o qual estávamos acostumados há décadas. Well... Nem tanto assim, porque as mudanças são sutis visualmente, muito embora radicais do ponto de vista técnico.

Visualmente, o mostrador apresenta, agora, o perfil "pie pan" da década de 60, que caracterizava não só os Speedy como, sobretudo, os Constellation. Prestem atenção nas bordas. Ficou mais bonito? Provavelmente... Terei que ver ao vivo, mas parece-me que tirar o "chapado" de um mostrador reto é algo razoável.

Não está sendo comentado nos blogs gringos, mas nas fotos pareceu-me que o luminoso está um pouco mais "esverdeado", mas pode ser impressão. Afinal, todo super luminova branquinho fica mesmo um pouco esverdeado com a mínima incidência de luz.

Desenho de caixa é mais ou menos o mesmo, também uma reedição daquela que equipava o modelo dos anos 60, confesso que não vi muita diferença.

A maior diferença, porém, está no movimento, que é a "evolução" do 1861, mas com escapamento coaxial. É claro que este movimento, assim como o 1861, é produzido de forma totalmente automatizada, algo totalmente diferente da "era Lemania". O visual, porém, é muito semelhante, do formato das alavancas do cronógrafo ao posicionamento das rodas, passando pelo uso do came para controle. É como se houvessem mudado "apenas" o escapamento. Eu preferia o acabamento de bordas arredondadas da era Lemania, mas essa fase já passou há tanto tempo que soa até estranho comparar este modelo com os 861 originais...

Para o consumidor, duas coisas mudam: o passo do ponteiro é mais rápido, pois o modelo antigo vibrava a 21600, o novo a 28800. E isto tem implicações no mostrador, pois há um tracinho a mais a cada segundo. O movimento, a bem da verdade, não é novo, já foi usado em edições limitadas, como a do Snoopy, mas agora entra em série.

É, certamente, algo mais preciso, pelo menos em tese, pois usa escapamento sem regulador, coaxial, certificado como cronômetro e totalmente anti magnético.

O preço subiu um pouco, cerca de 800 dólares na versão mais simples, mas que ainda considero uma barganha no mundo dos mecânicos, por volta de 6000 dólares (o que é menos da metade, por exemplo, do preço sugerido em um Rolex Daytona). As versões em ouro são um assalto a mão armada, por volta de 40 mil dólares.

Ah! Os braceletes mudaram, lembram a versão antiga, também dos anos 60 e não sei se possuem micro ajuste.

Em resumo... Do ponto de vista técnico, os consumidores receberão mais relógio do que a versão fabricada até ontem, por um incremento de preço de cerca de 20%. É razoável... Aliás, se formos comparar este modelo com os Speedy até os anos 90, da era Lemania, o consumidor estaria recebendo não muito, mas muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito mais relógio pelo preço.

Por outro lado... Quem realmente se importa se o relógio possui escapamento de âncora ou coaxial, se é mais preciso ou não (sobretudo porque os Speedy antigos não eram imprecisos), ou se isso ou aquilo? Enfim... A Omega fez com o atual Speedmaster o que a Porsche fez com os Carrera quando abandonou a motorização a ar, que já havia chegado ao limite do desenvolvimento: está entregando o mesmo pacote visual com uma motorização melhor, efetivamente melhor. Mas assim como há os Porscheiros que sempre irá se lembrar dos motores de Kombi, há os puristas, ou melhor dizendo, MAIS PURISTAS, que sempre irão se lembrar do Speedy pau pra toda obra, sem muito luxo e com movimentos de projeto dos anos 30/40. Foi-se uma era...


https://www.ablogtowatch.com/omega-speedmaster-professional-moonwatch-master-chronometer-first-look/


https://watchesbysjx.com/2021/01/omega-speedmaster-moonwatch-master-chronometer-3861.html

296
Sempre adorei o trabalho do Marco Lang e, para dizer a mais sincera verdade, eu nunca soube e até hoje não sei quem é o "Heyne" por trás da parceria "Lang e Heyne".

Marco Lang, agora, deixou a empresa e está atuando sozinho. Seu primeiro lançamento tem o DNA "alemão" dos relógios da "Lang e Heyne", mas com alguns toques modernos, sobretudo no desenho do movimento, que agora incorpora pontes em aço e contraste de cores e materiais (os "antigos" eram com acabamento frosted e arquitetura de movimento de relógio de bolso). O contraste azul no movimento é dado por um trabalho esmaltado. Tudo muito bem feito e acabado e agradável aos olhos, vejam as fotos (eu não gostei do logotipo dele, parece algo "pobre").

Mas a novidade é que o relógio pode ser usado com duas faces, tanto a normal quanto a do movimento. Não, não é uma mudança simples de fazer como nos Reverso Duoface,  é necessário desaparafusar as garras. Eh... Eu tenho receio quanto a parafusos de garra colocados sem "loctite", mas...

Em síntese, não é algo que você faz enquanto distraído numa mesa de bar, mas dá para fazer em casa.

Vejam só o artigo no Monochrome e não deixem de assistir ao vídeo para compreender o conceito.

https://www.ablogtowatch.com/marco-lang-launches-with-limited-edition-zweigesicht-1-watch/

297
Texto original em francês traduzido no Google, publicado agora pelos governo de lá

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Atuação em relojoaria e engenharia mecânica registrada na UNESCO

Berna, 16.12.2020 - A UNESCO inscreveu hoje o know-how da relojoaria e da arte mecânica na Lista Representativa do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. Esta inscrição destaca uma tradição viva emblemática do Arco do Jura franco-suíço. O pedido feito pela Suíça em colaboração com a França foi considerado exemplar pela UNESCO por sua demonstração da importância do patrimônio cultural imaterial em um espaço transfronteiriço.

O Know-how em relojoaria mecânica e arte mecânica inclui o artesanato relojoeiro localizado ao longo do Arco do Jura de Genebra a Schaffhausen, de Bienne a Besançon, mas também a fabricação de autômatos e caixas de música, características de a região de Sainte-Croix. Na encruzilhada da ciência, arte e técnica, este know-how combina competências individuais e coletivas, teóricas e práticas, no domínio da mecânica e da micromecânica. Neste espaço franco-suíço, uma grande diversidade de artesãos, empresas, escolas, museus e associações promovem e transmitem estas técnicas manuais tradicionais e orientadas para a inovação. Se o know-how em mecânica relojoeira e arte mecânica tem uma função fundamentalmente econômica, eles também moldaram a realidade social diária das regiões em questão, bem como sua arquitetura e planejamento urbano. Este reconhecimento de know-how mostra também a complementaridade e continuidade entre o património imaterial e material, tendo o planeamento urbano relojoeiro de La Chaux-de-Fonds e Le Locle sido declarado Património Mundial da UNESCO em 2009.

Apresentado em março de 2019, o aplicativo apresentado pela Suíça em colaboração com a França foi preparado pelo Escritório Federal de Cultura (OFC) com um grupo diretor binacional que reúne artesãos, instrutores, representantes de museus e comunidades. Regiões francesas (Grand Besançon Metropolis e Relojoaria). Ali foram propostas medidas de salvaguarda, relativas à documentação, formação e transmissão, bem como à sensibilização e promoção da tradição. Para implementar estas medidas transfronteiriças, foi desenvolvido um projeto Interreg “Arc horloger” assim que a candidatura foi apresentada pelos parceiros, liderado para a Suíça pela associação arcjurassien.ch agrupando os cantões de Berna, Jura, Neuchâtel e Vaud. Este quadro permitirá realçar este registo e formalizar uma coordenação comum. A primeira manifestação concreta da dinâmica patrimonial implementada no âmbito da candidatura, uma exposição fotográfica conjunta do Museu Internacional do Relógio de La Chaux-de-Fonds e do Musée du Temps de Besançon aborda os contornos e desafios desta lista. .

Aplicações suíças
Em outubro de 2014, o Conselho Federal aprovou uma Lista Provisória de oito tradições vivas na Suíça, cujas candidaturas seriam apresentadas sucessivamente à UNESCO para inclusão na Lista Representativa do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. Juntamente com a Fête des Vignerons registrada em 2016, o Carnaval de Basel registrou em 2017, a gestão do perigo de avalanche registrada em 2018 (com a Áustria) e as procissões da Semana Santa em Mendrisio registradas em 2019, incluindo Destaque para o design gráfico e tipográfico suíço, a temporada alpina, o yodelling e o know-how em relojoaria e engenharia mecânica. A Suíça também foi associada às inscrições multinacionais da arte da construção em pedra seca (2018),

Com a Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, que difere da Convenção para a Proteção do Patrimônio Mundial, a UNESCO busca proteger um patrimônio que não está inscrito essencialmente na pedra e no espaço, mas no tempo, práticas comunitárias e interações sociais. Este patrimônio engloba tradições vivas como expressões orais, artes cênicas, práticas sociais, rituais e eventos festivos, conhecimento da natureza e do universo e artesanato. Assim, ilustra a criatividade humana e testemunha toda a diversidade de expressões culturais em todo o mundo.

Endereço para envio de perguntas

Sobre a candidatura e os procedimentos de seleção: Julien Vuilleumier, colaborador científico Seção de Patrimônio Cultural Imaterial, Cultura e Sociedade, Secretaria Federal de Cultura, 058 467 89 75, julien.vuilleumier@bak.admin.ch

Sobre a mecânica da arte ( fabricação de autômatos e caixas de música): Séverine Gueissaz, CIMA Centre international de Mécanique d'Art, Sainte-Croix, 024 454 32 82/079 612 63 59, severine.gueissaz@bluewin.ch

Sobre o know-how relojoeiro : Régis Huguenin-Dumittan, curador-diretor, Museu Internacional de Relojoaria, La Chaux-de-Fonds, 032 967 68 61, regis.huguenin-dumittan@ne.ch
Michel Bourreau , relojoeiro restaurador e prototipista, Fleurier, 076 236 27 90, michelbourreau@laposte.net

No projeto Interreg “Arc horloger”: Mireille Gasser, Secretária Geral de arcjurassien.ch,
+41 32 889 76 00 / +41 79 310 85 13, mireille.gasser@arcjurassien.ch

Autor

Federal Office of Culture
http://www.bak.admin.ch 

 Contato do especialista Última modificação 25.03.2019




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298
Fórum principal / King Seiko 140th Anniversary
« Online: 08 Dezembro 2020 às 18:32:21 »
Serei bastante honesto: a Seiko lançou tantas edições comemorativas de alguma coisa nos últimos dez anos (de sua fundação, do primeiro GS, do primeiro isso, do primeiro aquilo...), que eu nem lembro quais foram. Dito isso, gostei da edição comemorativa (afff...) aos 140 anos da empresa, reedição do King Seiko do passado, com atualizações mecânicas e estéticas, claro. A caixa não é tão "careta", segue o padrão dos atuais GS, com polimento zaratsu (polimento "negro", espelhado), tratamento anti riscos (que se alguma boa alma conseguir me explicar no que consiste, agradeço... É um DLC, PVD, qual a técnica usada? Eu não sei...) e movimento 6L35. Aliás, a história deste movimento é um tanto quanto estranha, pois a Seiko produziu a série 4L25 como uma alternativa de mercado aos ETA 2892 (não é um clone, mas algo que poderia ser usado como substituto do movimento suíço). Depois, a Soprod passou a produzir este movimento como A10 sob licença, ou assim parece, mas o atualizou e... O 6l35 parece inspirado no Soprod... É como se fosse o círculo vici... virtuoso da inspiração recíproca. Os mostradores, ponteiros e índices seguem o alto padrão da Seiko na linha GS e até mesmo na Presage.

Gostei do visual geral do relógio, gostei do movimento usado, é como se fosse um Eta meia bomba, saca, padrão Elaboré... Gostei de tudo, enfim.

Maaaaaaaassss. 3300 doletas parecem-me muito. A Longines e pelo menos uma dezena de marcas suíças que possuem uma percepção de "luxo" perante o consumidor muito maior do que a Seiko, que não tem nenhuma, sejamos honestos, oferecem mais ou menos a mesma coisa tecnicamente falando, por menos, muito menos.

Na minha sincera opinião, mesmo nos dias atuais, 1500 dólares estavam bem pagos por este relógio. E se a Seiko o houvesse vendido há uns 15 anos, certamente não passaria de... 200? Pois é... Para mim falta percepção de valor aí.

Sobre o relógio, o site oficial:

https://www.seikowatches.com/global-en/special/kingseiko-recreation-2021/

SJX

https://watchesbysjx.com/2020/12/seiko-140th-anniversary-king-seiko-ksk-sje083.html

E uma rápida pesquisa que fiz sobre o Soprod A10, quando vi a foto do movimento Seiko e pensei: "eu já vi esse troço em outro lugar..."

https://reference.grail-watch.com/family/soprod-a10/


Flávio

299
Fórum principal / Criado o Instituto Português de Relojoaria
« Online: 03 Dezembro 2020 às 14:32:43 »
Com o intuito de formar profissionais em relojoaria, profissão que está em falta no mercado, os compadres portugueses criaram o tal instituto, que ministra um curso de formação em relojoaria com conteúdo programático ministrado em um ano, num misto de aulas online e presenciais. Por enquanto não é possível fazê-lo totalmente online, a exemplo do completo curso do BHI (cuja prova final tem que necessariamente ser feita em Londres), mas já é alguma coisa... Vejam só:

https://www.institutoportuguesderelojoaria.pt/

300
Fórum principal / Grand Seiko Anniversary Re Creation
« Online: 24 Novembro 2020 às 14:32:15 »
Mais uma vez, a Seiko relança um relançamento... Sim, porque as primeiras versões dos GS já foram relançadas outras vezes em edições limitadas, imagine o que o comprador de um GS deve pensar sobre isso... É bizarro. Mas enfim...

Abstraindo isso, o relógio é belíssimo, com o movimento tendo sofrido um upgrade de acabamento em relação aos antigos (nada muito elaborado, parafusos azuis, acabamento escovado na platina na direção do grão e um emblema em ouro. Tudo feito a máquina, nos padrões de empresas medianas superiores do mercado, como bem ressaltado pelo SJX no texto, que indicou a JLC como exemplo comparativo).

Já o preço... A primeira reedição custava 17 mil dólares, uma quantia já absurda para algo de padrão médio suíço, muito embora em ouro. A reedição da reedição, cerca de 20 e tantos. E esse aí, a reedição, da reedição, da reedição, inacreditáveis 32 mil, o que é equivalente a um Patek Calatrava, um Lange Saxonia, etc.

O SJX é uma das poucas vozes, senão a única, que ainda coloca o dedo nessas feridas. Tenha dó Seiko! Quer cobrar Patek, faça um Patek, senão vira absurdo. Não bastasse cobrar hoje o que cobram nas furrecas de entrada, que há pouco tempo custavam uns 100 dólares, e hoje custam o quíntuplo, ainda fazem isso na alta gama? E olha que sequer estou convertendo isso em reais, mas meramente comparando com o que existe no mercado.

Bizarro.
https://watchesbysjx.com/2020/11/grand-seiko-140th-anniversary-recreation-sbgw260.html

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