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Tópicos - flávio

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Fórum principal / Bárbara Gância, Cynara Menezes e a ostentação
« Online: 14 Abril 2023 às 14:28:29 »
Detalhe: ambas são de esquerda, mas, ao que parece, bem diferentes em suas visões sobre a Rolex


https://tab.uol.com.br/colunas/michel-alcoforado/2023/04/12/rinha-de-rolex.htm



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Fórum principal / O mercado de relojoaria em 2022 (2a Parte)
« Online: 14 Abril 2023 às 13:06:29 »
Conforme ressaltado na postagem anterior, o mercado suíço de relógios caracteriza-se pela polarização. Neste sentido, entre as 350 marcas suíças de relógios existentes, apenas 7 (Rolex, Cartier, Omega, Audemars Piguet, Patek Philippe, Richard Mille e Logines) detêm juntas 60% do mercado, apesar de só produzirem 28% dos relógios. A Rolex, conforme já ressaltado, representa cerca de 30% de todo faturamento da indústria, aproximadamente 9.3 bilhões de francos anuais. A Cartier, porém, consideradas todas as suas divisões, sobretudo joalheria, é uma empresa maior, com cerca de 10 bilhões anuais em faturamento. O SwatchGroup, que consiste de 16 empresas, possui extrema dependência da Omega, que representa cerca de 2/3 de todo seu faturamento. Audemars Piguet cresceu impressionantes 63% desde 2019, mas se tornou dependente de apenas um produto, o Royal Oak, que representa 90% de todas as suas vendas. A Longines teve 12% de queda no último ano, devido ao mau desempenho do mercado chinês: 70% de todos os seus relógios são vendidos na China. A Rolex não aderiu ao modelo de vendas através de boutiques próprias, preferindo manter os representantes autorizados, com maior treinamento dos vendedores e alterações significativas na arquitetura das lojas. O sucesso da Breitling sob a gestão de Georges Kern pode ser explicado pela maior penetração no mercado chinês, onde a marca era desconhecida, criação de relógios mais caros (linha Premier) e marketing digital eficiente. Um fator preponderante do crescimento da Hermès é o grande interesse do público feminino pelas suas bolsas exclusivas, como a Birkin: o acesso às bolsas só é concedido ao público que adquire outros produtos da marca, como relógios (venda casada). A Richard Mille, que segue um caminho inverso ao da Rolex, preferindo operar exclusivamente através de boutiques próprias, salvo exceções pontuais, opera com a maior margem de lucro do mercado, estimada em 45%. Aliás, a marca é o paradigma no setor de luxo, no que diz respeito à “premiumização” e “bens de Veblen” : o preço médio de cada relógio vendido é de 245.283 francos, contra 11.625 da Rolex.

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Pelo 6º ano consecutivo, a empresa de consultoria Morgan Stanley, em parceria com a LuxeConsult, disponibilizou um estudo profundo sobre o mercado relojoeiro suíço. Duas tendências foram verificadas: incremento da polarização, com as maiores empresas abocanhando fatias cada vez mais expressivas do mercado; e a “premiumização”, com a busca cada vez maior por produtos mais caros e que reflitam a posição social do consumidor. Colaciono abaixo alguns dados extraídos do estudo, para reflexão de todos. A indústria suíça de relojoaria é composta por cerca de 350 fabricantes, mas os “top 4” detêm 40% de todo mercado. A Swatch é a empresa que mais cresceu no último ano, cerca de 90%, certamente impulsionada pelo sucesso do Moonswatch. No ano 2000, os relógios com preço acima de 3000$ representavam 35% do mercado, hoje cerca de 75%. Isso ocorreu em virtude da popularização dos smartwatches, que acarretaram decréscimo de vendas nas faixas mais baratas do mercado (são vendidos cerca de 100 milhões de smartwatches anualmente). Excluindo Swatch, as empresas que mais cresceram no ano passado foram Ulysse Nardin e Girard Perregaux (cerca de 80%, considerando passivo de estoque, ou 40%, descontado este fator). A Rolex sozinha detém cerca de 30% de todo faturamento da indústria de relógios suíços. Jaeger Lecoultre e Piaget apresentaram queda de faturamento. O SwatchGroup também apresentou queda, sobretudo pela grande dependência do mercado chinês, bastante afetado pela pandemia, bem como pela diminuição de vendas das suas marcas mais baratas, como Tissot. A Breitling, sob gestão de Georges Kern, é um caso de sucesso, com crescimento anual de 25%. Os suíços bateram o recorde anual de faturamento, com cerca de 23 bilhões de francos em vendas. Ressalte-se que este valor corresponde a 45% do faturamento global com a venda de relógios, muito embora os suíços só tenham comercializado 15 milhões de exemplares (1.2 bilhão de relógios foram vendidos em todo mundo no ano passado). O mercado americano voltou a ser o mais importante da indústria, representando 16% de todas as exportações. Na próxima postagem continuarei a relacionar os dados que julguei importantes no estudo.




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Fórum principal / Podcast comigo daqui a pouco
« Online: 22 Março 2023 às 08:52:08 »
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Depois irei compilar todos os textos num artigo completo para o blog, para não ficar perdido no fórum

Quando o Capitão Folger zarpou de Pitcairn com o K2, imediatamente saiu à procura de um local para caçar baleias e focas. Para abastecer seu navio com provisões, seguiu para Juan Fernandez, na costa do atual Chile, na época uma colônia espanhola. O bloqueio naval operado pela Inglaterra durante as Guerras Napoleônicas em curso diminuíra drasticamente o comércio das colônias, e Folger sabia que atos de pirataria poderiam ocorrer. Para se prevenir, pediu permissão para aportar ao Governador de Juan Fernandez, que não só a concedeu como o convidou para almoçar em sua casa. Quando se aproximou da costa, porém, o Topaz foi alvejado por vários disparos de canhão, capturado pelos espanhóis e saqueado: o K2 foi então colocado sob guarda espanhola e levado ao continente. Em 1840, 32 anos depois, a fragata britânica Calliope, sob o comando de Thomas Herbert, aportou em Valparaíso. Ao desembarcar, um certo Alexander Caldcleugh o contatou e disse-lhe que um criador de mulas havia comprado um relógio em Concepcion décadas antes e o trazido através dos Andes até Santiago, em uma viagem de milhares de quilômetros. O criador havia falecido recentemente e sua viúva queria vender o relógio. Espantado, Herbert leu as inscrições no objeto: Larcum Kendall, London, AD 1771. Sabendo tratar-se do famoso cronômetro perdido, o comprou por 50 guineas e, então, zarpou em direção à China para tomar parte na 1ª Guerra do Ópio, onde chegou a bombardear fortes e desembarcar soldados. Em 1843, ao retornar à Inglaterra como herói, Herbert doou o K2 ao museu do United Services Institution. Em 1963, quase 200 anos depois de sua fabricação, o K2 foi finalmente transferido para exposição no local onde tudo começou: o Observatório de Greenwich! Em 2005, após ler a obra Longitude, de Dava Sobel, decidi que era o momento de colocar os pés no meridiano primo e ver os relógios fabricados por John Harrison. Após deixar as lágrimas rolarem em frente aos relógios, dirigi-me ao anexo Museu Naval, onde deparei-me com o K2, uma pequena máquina do tempo, repositório de inúmeras aventuras...





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Fórum principal / 5a e penúltima parte da história do K2: o reencontro.
« Online: 14 Março 2023 às 14:48:12 »
Quando os amotinados capturados no Taiti finalmente chegaram na Inglaterra, foram imediatamente levados à Corte Marcial: 4 foram absolvidos e 6 condenados à morte por enforcamento (3 deles acabaram recebendo perdão do Rei). Depois, a opinião pública esqueceu o caso e a Marinha britânica desistiu de encontrar Fletcher Christian e os demais. Em 1807, 17 anos depois de o Bounty aportar nas ilhas Pitcairn, o capitão Mayhew Folger, no comando do Topaz, zarpou de New Bedford/EUA, para uma expedição de caça a focas e baleias. Após meses de frustração, Folger não encontrou nenhuma colônia destes animais, que na época já estavam ameaçados de extinção. Próximo da Nova Zelândia, resolveu dirigir-se a uma ilha que constava como desabitada nas cartas náuticas e, portanto, tinha a possibilidade de nunca ter sido visitada por um navio baleeiro: Pitcairn. Localizar a ilha se mostrou tarefa complicada, eis que sua posição estava incorreta nas cartas náuticas. Quando finalmente chegou ao local, surpreendeu-se com sinal de fumaça. Não era a ilha desabitada? E logo após vislumbrou um grupo de 3 adolescentes remando um barco em sua direção, sendo que eles perguntaram: “quem é você?” Folger explicou que era dos Estados Unidos, mas eles não sabiam onde ficava o país. E então um dos adolescentes, conhecido por “Quinta Feira”, disse: “conhece o Bounty?” E “Quinta-Feira”, que soube ser filho de Fletcher Christian, contou-lhe que logo após seu pai e os amotinados chegarem na ilha, um deles ficou louco e se jogou de um penhasco;  outro morreu de febre; 4 anos depois, os taitianos se revoltaram por ciúmes dos ingleses e mataram 6 deles, deixando apenas 1 sobrevivente. Revoltadas, as mulheres na ilha aguardaram os taitianos dormirem e mataram todos. Restaram apenas 8 ou 9 mulheres, as crianças que ali haviam nascido e 1 inglês, que lhes ensinou a língua e a Palavra de Deus. Folger permaneceu 1 dia na ilha e ficou impressionado com o grau de organização social da comunidade de cerca de 30 habitantes. Pouco antes de zarpar, seus habitantes disseram que gostariam que ele aceitasse um presente. E Folger, com lágrimas nos olhos, recebeu o cronômetro K2 e embarcou no Topaz…







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Fórum principal / 5a parte da história do k2: o Bounty arde em chamas
« Online: 10 Março 2023 às 11:43:12 »
Após o motim, Fletcher Christian sabia que teria, pelo menos, um ano de prazo até que a Marinha enviasse alguém à sua caça. De fato, Bligh só conseguiu retornar à Inglaterra em março de 1790. Como havia prometido devolver o K2 ao fabricante após a viagem, uma de suas primeiras providências foi justificar a sua perda ao Almirantado: “Sr., devo informá-lo que o relógio, cuja guarda foi confiada a mim a bordo do HMS Bounty, ficou neste barco, quando tomado do meu comando no motim de 28 de abril de 1789”. Enquanto isso, Christian navegava o Bounty até o Taiti, onde o grupo de amotinados se dividiu: alguns ficaram na ilha enquanto outros se juntaram a Christian para procurar um refúgio deserto no qual não pudessem ser encontrados. Assim, 8 amotinados, 6 nativos e 12 nativas resolveram acompanhar Christian nesta jornada. Após consultar as cartas náuticas que tinha, ele decidiu seguir até a ilha Pitcairn, que constava como não habitada na documentação. Para sua surpresa, demorou mais de 2 meses para encontrá-la, uma vez que sua localização estava incorretamente registrada pela Marinha, a 200 milhas de sua posição verdadeira. Após desembarcarem em Pitcairn, o grupo imediatamente incendiou o Bounty, para que seu refúgio não pudesse ser descoberto por outros navegadores que por acaso ali passassem. Em março de 1791, a fragata Pandora, enviada para prender os amotinados, finalmente aportou no Taiti. Então, marinheiros britânicos capturaram 14 amotinados que ali haviam ficado e a fragata zarpou novamente para procurar Christian e o restante do grupo nas ilhas próximas. Durante 3 meses a Pandora aportou em diversas ilhas, sem sucesso. Seu capitão, assim, decidiu que era hora de voltar à Inglaterra. Na viagem de retorno, o navio bateu numa barreira de corais e começou a afundar. Os 14 prisioneiros ainda estavam acorrentados, mas um dos marinheiros conseguiu lhes passar as chaves dos cadeados e 10 conseguiram se soltar. Ao final, 34 tripulantes e 4 prisioneiros morreram afogados. Os 99 sobreviventes dividiram-se em 4 botes salva-vidas e, sofrendo privações de fome e sede, 2 meses depois finalmente conseguiram aportar no Timor…




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Fórum principal / Relógio de mesa eletromecânico a cames
« Online: 10 Março 2023 às 08:57:02 »
Olha que massa essa kickstarter

https://www.kickstarter.com/projects/rantoge-clock/rantogean-electromechanical-cam-clock-that-hears-the-time

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Fórum principal / A história do K2 - quarta parte, o motim no Bounty
« Online: 07 Março 2023 às 11:35:12 »
O Taiti realmente se mostrou o paraíso para os tripulantes do Bounty. O capitão Bligh inclusive comentou que “a intimidade entre nós e os nativos era tão ampla que não havia um tripulante que não possuísse seu `tyo´ ou amigo”. Inicialmente, os favores sexuais ocorreram através da troca por objetos, mas com o tempo, relacionamentos amorosos genuínos surgiram entre taitianos e ingleses. Como o Bounty havia chegado atrasado ao seu destino, as mudas de frutas-pão ainda não estavam prontas, obrigando os estrangeiros a permanecerem na ilha por 6 meses. Os tripulantes evidentemente não reclamaram, a não ser Bligh, que temia que o excesso de liberalidades afrouxasse a disciplina da tripulação na perigosa viagem de retorno. Durante a estadia, o imediato Fletcher Christian fez várias tatuagens polinésias em seu corpo, o que enfureceu Bligh; 3 marinheiros, ainda, vislumbrando que o retorno ao mar estava próximo, tentaram desertar e fugiram para ilhas vizinhas, tendo sido punidos com chicotadas após serem capturados. No dia 04 de abril de 1789, finalmente o Bounty zarpou do Taiti com sua carga de mudas de frutas-pão e pouco depois a relação entre Bligh e Christian começou a azedar: qualquer deslize do oficial era motivo para um ataque de raiva de Bligh. A gota d´ água ocorreu 3 semanas depois de zarparem, quando Bligh, em mais um ataque de fúria, acusou publicamente Christian de ter subtraído 3 cocos do depósito do navio. No dia 28 de abril, Christian e outros tripulantes invadiram armados a cabine de Bligh, que ainda estava de pijamas, acordaram-no com tapas e o amarraram. Christian bradou: “estou vivendo o inferno com você nos últimos meses!” Então, 23 amotinados isolaram o capitão e 18 leais a ele em um bote salva vidas. Sabendo que a navegação seria impossível sem um relógio, Bligh tentou levar o K2 e um sextante para o bote, mas foi impedido. Deram-lhe apenas um quadrante. Enquanto o bote se afastava do Bounty, os amotinados xingavam seus ocupantes… Após 47 dias no mar e 6700 km percorridos, em um dos exemplos mais fantásticos de navegação da história, Bligh conseguiu aportar o pequeno bote em uma colônia holandesa no Timor, expondo o motim à Coroa Britânica.



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Fórum principal / K2 e o Bounty
« Online: 25 Fevereiro 2023 às 08:44:22 »
Essa é a terceira parte da história do K2, publicada no Instagram

Quando o capitão George Vandeput retornou a Londres, o K2 foi imediatamente levado ao Observatório de Greenwich para testes, que duraram 4 anos. Então, em 1781, o relógio foi embarcado no navio de guerra Prince George, que rumava aos Estados Unidos para tomar parte nas operações da Guerra de Independência. O Astrônomo Real, Nevil Maskelyne, indicou seu assistente para acompanhar a missão e realizar medições de longitude com o cronômetro. Em 1785, com o fim da guerra, o K2 foi instalado no navio Grampus, que tinha como objetivo a descoberta de um território na África no qual escravos negros pudessem viver como pessoas livres. Nessas viagens, o relógio não enfrentou nenhum perigo. Em breve, porém, em uma expedição que tinha o singelo objetivo de transportar árvores frutíferas da Polinésia ao Caribe, o K2 faria parte de uma das histórias mais fantásticas da navegação….
Em 1787, o capitão William Bligh foi designado para contatar polinésios que já haviam se encontrado com o Capitão Cook, pedir-lhes mudas de fruta-pão e plantá-las no Caribe para fornecerem alimento barato aos escravos que ali trabalhavam. Bligh já tinha experiência com um relógio de Kendall, o K1, pois tomara parte nas viagens de Cook a bordo do Resolution. Assim, o K2 foi instalado no navio Bounty, que buscaria chegar à Polinésia através do Cabo Horn. Se a travessia se mostrasse impossível, procederiam via Cabo da Boa Esperança. Como Imediato, Bligh designou seu amigo Fletcher Christian, que já fora seu aprendiz. O navio partiu em dezembro de 1787 e em fevereiro de 1788, próximo do Cabo Horn, passou a enfrentar tempestades. Bligh, para desespero da tripulação, tentou a travessia até o mês de abril, quando então desistiu e determinou que novo rumo fosse traçado para o Cabo da Boa Esperança. Em maio, uma tripulação desgastada finalmente vislumbrou a Table Mountain e o navio ancorou na Cidade do Cabo, onde permaneceu até julho. Finalmente, após mais 3 meses de navegação, o Bounty atingiu seu objetivo: Otaheite, o verdadeiro paraíso polinésio. Vários chefes tribais vieram a bordo, trocaram presentes, e se lembraram de Bligh como integrante da expedição de Cook anos antes. O que poderia dar errado?




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Fórum principal / K2 e a expedição do Carcass e Racehorse
« Online: 15 Fevereiro 2023 às 12:35:19 »
Post agora no Instagram, continuando a história do k2

Com o aumento do comércio mundial, o Império Britânico resolveu pesquisar a viabilidade de uma ligação através do Polo Norte entre os oceanos Ártico e Pacífico. Então, em 1773, o Almirantado disponibilizou dois navios, Racehorse e Carcass, e determinou que o capitão John Phipps comandasse uma expedição até o Polo. A Comissão da Longitude aproveitou a oportunidade para testar dois cronômetros de marinha: o K2, de Larcum Kendall, que foi instalado no Racehorse, e um modelo de John Arnold, embarcado no Carcass. Após alguns meses navegando e a apenas 10° do Polo Norte, os navios acabaram presos na banquisa de gelo em situação semelhante àquela que afundaria o Endurance, de Shackleton, décadas depois. Enquanto cercados pelo gelo, um marinheiro em início de carreira chamado Horatio Nelson, que adquiriria fama ao derrotar os franceses na Batalha de Trafalgar, desembarcou do Carcass e resolveu caçar um urso polar. Ao se deparar com o urso, Nelson disparou seu mosquete, que falhou. O animal, então, seguiu em sua direção para atacá-lo, somente sendo afastado por um disparo de canhão de um dos navios. Enquanto isso, um ansioso capitão Phipps ordenava que mantimentos começassem a ser empilhados no gelo, pois o abandono dos navios parecia inevitável. Por sorte, alguns dias depois o vento começou a empurrar os bancos de gelo para o norte e os navios se desprenderam, conseguindo retornar a Londres. O K2, pela primeira vez, foi salvo de destruição que parecia certa…. Em 1775, Logo após ser reajustado em Greenwich, o K2 foi instalado no navio de guerra Asia, sob o comando de George Vandeput, e seguiu para as Colônias Norte Americanas para tomar parte na Guerra da Independência. Enquanto realizava o bloqueio naval do Porto de Nova Iorque, rebeldes americanos lançaram 3 botes em chamas com explosivos contra o Asia. O ataque, porém, não foi bem sucedido, pois os botes desviaram-se do alvo em virtude da correnteza. Na mesma semana, o primeiro submarino da história (Turtle) foi usado como arma, numa tentativa de afundar o navio Eagle, que operava junto ao Asia. Por um golpe de sorte, pela 2ª vez o K2 escapava da destruição.



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Fórum principal / Sobre o Larcum Kendall K2
« Online: 09 Fevereiro 2023 às 11:58:39 »
Post feito agora no @relogiosmecanicos

Larcum Kendall nasceu em uma família protestante no dia 21 de setembro de 1719, em Charlbury, Oxfordshire. Em abril de 1735 se tornou aprendiz de relojoeiro de John Jefferys, com quem trabalhou por 7 anos. Após, abriu seu próprio negócio, especializando-se na construção de escapamentos para George Graham, que ficara muito impressionado com o projeto do primeiro cronômetro marítimo de John Harrison e, inclusive, emprestara-lhe dinheiro para sua fabricação. Posteriormente, Kendall auxiliou Harrison na fabricação do seu 4º e mais famoso cronômetro (H4), que efetivamente se mostrou uma solução prática para o problema da longitude. Não é de se estranhar que Kendall tenha comparecido à desmontagem e explicação do funcionamento do H4 por Harrison, condição estabelecida pela Comissão da Longitude para pagamento da metade do prêmio determinado em lei (cerca de 6 milhões de dólares na cotação atual). A Comissão, logo após, determinou que um relojoeiro comprovasse que a reprodução do H4 era possível, de modo a produzi-lo em série. A escolha recaiu sobre Kendall, por quem Harrison nutria efetiva admiração. Após dois anos e meio de intenso trabalho, Kendall concluiu a réplica, denominada K1, que foi imediatamente colocada à disposição do Capitão Cook para sua viagem de circunavegação do globo. Recebeu pelo trabalho 450 libras (270 mil dólares na cotação atual). Em 1769, questionado pela Comissão da Longitude se poderia treinar outros relojoeiros para construir novas réplicas, Kendall asseverou: “sou da opinião de que muitos anos se passarão (caso aconteça) até que um relógio do mesmo tipo daquele de autoria do Sr. Harrison possa ser fabricado por 200 libras (120 mil dólares na cotação atual). Kendall sugeriu à Comissão, porém, que poderia fabricar uma versão simplificada do H4 por 200 libras. Em 1772, Kendall apresentou o K2, que apesar de utilizar o escapamento de Harrison e compensação para temperatura, omitia o mecanismo de força constante (“remontoire”). Em breve o K2 faria parte de algumas das mais famosas expedições marítimas da história…




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Fórum principal / Que horas são na Lua
« Online: 28 Janeiro 2023 às 12:34:49 »
Texto da Folha



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Fórum principal / Vulcain Nautique
« Online: 17 Janeiro 2023 às 11:42:11 »
Parece que agora a Vulcain decola, pois a má gestão das últimas décadas foi de lascar, em determinados pontos da sua história eu sequer sabia quem era o dono da marca. E parece que agora estão investindo mesmo em reproduções fiéis do passado, começando pelos belíssimos Cricket e agora com este relógio de mergulho que achei justo, na faixa de 1500 dólares, com um movimento ETA 2824 (não sei qual "grade") dentro. Vejam só

https://www.ablogtowatch.com/vulcain-debuts-the-skindiver-nautique-38mm-watch/

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