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Pequeno vídeo "Conserving the h3", do Observatório de Greenwich

Iniciado por admin, 29 Setembro 2013 às 20:04:50

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flávio

O cara é assunto recorrente aqui, mas é sempre legal revisitá-lo. O h3, como é notório, demorou 19 anos para ser construído e é a peça mais complexa feita por Harrison. Vale a pena lembrar que a primeira tira bimetálica foi usada neste aparato, assim como o primeiro rolamento (aliás, como gira bem!). São 5 minutos, vale pela imagem, para observar a qualidade do trabalho do homem.

http://vimeo.com/35011094



Flávio

vizel

vizel

Gravina



Takeopareul! :-* :-* :-* :-* :-* :-*, perdoem-me  :-X.........Dá vontade de chorar, e grato por compartilhar! ;)

CHICO

Além do óbvio, de que se trata de uma Máquina excepcional, o Cronômetro custou o casamento "do Cara", a custódia dos filhos, a casa... tudo!!! É muita paixão pelo trabalho!

Uma das partes mais legais que achei, foi quando o mestre relojoeiro, disse que, "este trabalho será repetido só daqui 50 anos, e eu não estarei mais aqui".

Show Show Show

Obrigado Sr. Flavio

flavio

Chico, na verdade a restauração feita por Gould ocasionou o fim do seu casamento, não de Harrison. Flávio

ThiagoDF

Muito legal Flávio, valeu por compartilhar.

Impressionante o que o Harrison fez, e tudo o que passou para fazer.

Abraço!
Membro do RedBarBrazil

Dicbetts

O que mais me impressiona num trabalho desses não é apenas a elaboração do mecanismo, mas a construção das peças.

Vem de uma época em que não haviam cortes a laser ou computadores com programas tridimensionais, nos quais são tirados cálculos e medidas.

A usinagem era feita em ferramentas praticamente semelhantes às da Revolução Industrial. Lixamento e polimento feitos a mão, em sua maior parte.

Por fim, a mistura correta para se chegar à melhor liga de construção das partes. A mais resistente, com maior elasticidade e maior facilidade de trabalho, e com capacidade de resistir lentamente à ação do tempo.

Resumo da ópera: formidável.

CHICO

Flávio, obrigado pela correção. Mas enfim... alguém era louco e apaixonado por essa maquina ;D

Obrigado mais uma vez!

Alberto Ferreira

O que impressiona mais?
O autodidata, o projetista, o construtor, a determinação?

Para mim, o gênio que congrega isto e muito mais.

E eu fico aqui pensando...
O que uma mente destas faria com as ferramentas de hoje, por onde ela andaria?
Que problemas atrairiam a sua atenção?

Seria mais ou menos como imaginar o Bach usando um moderno sintetizador?
Talvez não...  ::)
Eu creio que não.

Talvez ele não usasse as ferramentas "de hoje",...
Talvez inventasse novas, novos conceitos.


Para os mecânicos...
Ter a cabeça nas engrenagens e no coração também.
Emociona.

Como aliás o Flávio relatou ter ocorrido com ele naquela visita...
Eu o entendo.

Grato por compartilhar!

Alberto

flávio

Visualmente falando, o H3 é o mais bacana de se ver. O "giro" dessa borboleta e o movimento constante das engrenagens (o escapamento "gafanhoto" claramento tem um recuozinho, não como o de âncora padrão, mas tem) é muito bacana. Vi ao vivo todos funcionando (menos o H4).  E, ademais, é o modelo que atormentou Harrison (e a Comissão da Longitude) por quase duas décadas! O troço possui mais de 1500 peças, imaginem.

Mas normalmente só discutimos aqui o homem que construiu os aparatos, não o que os retirou do ostracismo.

Em alguns tópicos já falamos por alto sobre Rupert Gould e, conquanto sua técnica de restauração na época não tenha sido das mais apuradas, se não fosse por ele, os "Harrisons" estariam decrépitos ou esquecidos para sempre. Como assim técnicas "não tão apuradas"? Ora, basta ver o vídeo acima! Que restaurador, atualmente, escreveria frases na platina do movimento e marcaria pontos de fixação com instruções de como desmontar as peças?

De qualquer forma, ele colocou todos os relógios para funcionar e, pior, com a mesma precisão de quando tinham sido feitos por Harrison.

Eu já li a biografia de Rupert Gould, chamada Time Restored, "o homem que sabia praticamente tudo". E sabia mesmo, da cultura mais inútil a útil.

Mas Gould, um oficial da marinha britância na primeira guerra QUE NÃO VIU OS HORRORES da frente, ficou muito abalado no período, desenvolvendo uma personalidade obsessiva compulsiva e bipolar que o levava a crises sazonais que duravam, de vez em quando, vários meses.

Os relógios foram o meio que ele teve de se abstrair de seus problemas e superá-los. Bem... Na verdade, ele se tornou tão obsessivo pelo restauro dos "Harrisons" que implodiu seu relacionamento com a família, tornando-se uma pessoa reclusa e com alguns poucos amigos.

Essa ambivalência e bastante explorada no filme Longitude (que também tenho e pode ser visto na net, em inglês, muito embora já tenha sido exibido no canal People and Arts há alguns anos em português dublado. São 4 horas de filme), tendo Jeremy Irons como ator.

Fato é que a saúde mental de Gould não o ajudou muito, ele morreu relativamente novo e muito envelhecido, não sem antes receber a mais alta honraria do BHI (poucos receberam...), sendo que nem relojoeiro de profissão era!

Sobre a biografia dele, aqui:

http://www.rmg.co.uk/upload/pdf/Gould-Harrison-longitude-JBetts.pdf


Flávio

Gravina

Lindo país de malvada memória... :'( :'( :'(

Flavião, Você sabia que um brasileiro elaborou uma tábua de navegação que foi um marco nesta ciência?

O cara era tão fera, que a Longines presenteou ele com dois de seus relógios...

Um deles é este aqui....



O mome está omitido, pois quem descobriu este brasileiro foi um amigo meu italiano, que é, quiçá, o maior escecialísta em Longines (Longinespassion), o Adriano, e este está escrevendo um texto sobre o assunto.(Não posso, portanto, antecipar nada ;).......estou ainda traduzindo os documentos para o italiano.
Não encontra-se na web absolutamente nada, e estou ainda recolhendo material graças a gentileza do neto deste grande brasileiro (nasceu em NY-USA - Pai brasileiro, mãe norte-americana, mas aos 13 anos veio para o Brasil, e entrou para a Marinha de Guerra aos 15). O neto é cientista e professor titular no Fundão (Universidade Federal do Rio de Janeiro).......coisa de família ;)

Em breve....mais

Abs

Gravina

flávio


Wadley

Gostei muito do vídeo.   Que Show !
Não conhecia a história de Rupert Gould. 
Wadley