Recessão

[LUW]

The first half ended with a deterioration of Swiss watch exports. Monthly results had already shown a distinct fall since the beginning of the year and the month of June was down by as much as 31.9% against June 2008. However, this slowdown only had a limited effect on the cumulative variation since January. After six months, watch exports showed a 26.4% fall, i.e. a relatively constant rate for several months. In the first half, Swiss watch exports were worth the equivalent of 6.1 billion francs, or 2.2 billion less than in 2008.

After five years of strong growth, the industry's exports slowed and started to decline from the end of 2008. The level is now below the 2006 results. The economic crisis which is affecting the world, has generated a widespread fall in demand to which the Swiss watchmaking industry has not been immune. The consequences affect every single segment and more particularly suppliers. While a more favorable base effect does point to an improvement in the second half, the lack of visibility and confidence makes all forecasting difficult.


PRODUCTS

Exports of wristwatches fell steeply in the first half. Their value stood at 5.7 billion francs, i.e. a 26.2% fall against January-June 2008. In parallel, 9.6 million timekeepers left Switzerland; this figure represents a decline of 3 million units (-23.7%). Every single material has been affected, in particular steel, gold and bi-metal watches. In volume terms, steel watches had the most significant impact on the total; this is logical as they account for more than one in two exported timepieces.

Mechanical timekeepers decreased in the same proportions as electronic products. The various price segments proved less homogeneous, but they all reported negative variations during the first half. After holding up well for several months, timepieces worth more than 3000 francs (export price) also reported a distinct fall. In general, wristwatches selling for more than 500 francs experienced the most severe declines. Products worth between 200 and 500 francs were the least affected with a fall restricted to around 10%. Components exported by Switzerland also experienced a steep fall in value. Only alarm clocks and other types of clock showed a positive result (+2,8%), but with a limited influence on the total since their value amounted to 18.1 million francs. On the import side, the main components like cases, bracelets and dials also recorded a fall equivalent to one-quarter of their value, in keeping with the downturn in Swiss business activity.


MARKETS

In the first half of 2009, the fifteen main markets showed the following trend (total value in million francs and % variation by comparison with the first half of 2008):
1. Hong Kong : 1,022.3 -22.2%
2. USA : 673.3 -43.3%
3. France : 471.6 -10.0%
4. Italy : 456.0 -8.4%
5. Japan : 395.1 -29.6%
6. Germany : 376.2 -13.0%
7. Singapore : 266.8 -30.3%
8. China : 253.3 -36.4%
9. United Kingdom : 253.3 -13.7%
10. United Arab Emirates : 224.5 -34.0%
11. Spain : 142.2 -38.8%
12. South Korea : 106.8 +44.1%
13. Taiwan : 102.5 -30.6%
14. Saudi Arabia : 85.0 -28.9%
15. Thailand : 76.8 -44.4%

The most important export market for the Swiss watchmaking industry, Hong Kong, recorded a fall that proved slightly lower than average in the first half. The United States continued to publish negative rates, among the worst in the table. The trend of exports to the main European markets proved more moderate. France, Italy and Germany showed the lowest fall in the first half. The UK followed closely behind because of the GBP's favorable exchange rate while Spain has been falling heavily for around one year now. In Asia, Japan has been in the red for nearly two years. Other important markets like China, Singapore and the United Arab Emirates reported a fall of more than 30% against the first half of 2008. South Korea stood out as the only positive exception in the table. The value of Swiss watchmaking exports to that country rose by 44.1%, confirming the much faster growth rate achieved in the past twelve months.

Fonte: http://watch-happening.blogspot.com/

Sinceramente acho que a paulada até foi leve . Pelos gritos e esperneios vindo da América do norte e Europa eu imaginava que o estrago seria bem maior. É difícil para um leigo entender, especialmente levando em consideração que um país pobre que nem o Brasil não sentiu tanto. Aliás, na Folha de São Paulo de hoje, lê-se que a Federação do Bancos diz que a recessão aqui acabou em maio .

[Gravina]

http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u601309.shtml

A Mooca continua na recessão , nóis enverga, mas num quebra

Abs

Gravina

[flávio]

Deu na Veja desta semana que as vendas de Swiss Mades despencaram mais de 30 por cento ano passado. Mesmo assim, os espertinhos não deixaram de aumentar o preço sugerido dos seus relógios, vá entender...

Flávio

[LUW]

Flávio, é bem fácil de entender. Talvez quem melhor exprima essa filosofia é a Rolex. Outras marcas fazem isso, mas a Rolex é a campeã em vender a marca, e não o relógio. Creêm que se mantiverem seus preços altos vão vender mais justamente porque o ser humano tem essa tendência a achar que o que é caro é bom, conseqüentemente a Rolex é muito boa. Independente da qualidade do produto, e todos sabemos que seus relógios são de qualidade, vc compra a marca. Os relógios da Omega são 50% piores que os da Rolex? Não, mas os da Rolex são 50% mais caros e não necessariamente 50% melhores.

Com isso em mente, se eu aumentar o preço da marca eu estou dando mais qualidade subjetiva aos produtos da marca. A indústria suíça como um todo pensa assim, em maior ou menor grau, e aplica essa política aos seus produtos. Porém em época de pouco dinheiro no mercado, por que vou pagar 150% por um bom relógio se posso pagar 100% por um relógio equivalente? Nessas horas a Rolex sentiria mais o impacto econômico.

O interessante, porém, é que como eles acreditam em valorizar a marca acima de tudo, a idéia é tornar os produtos mais exclusivos ainda, aumentando o preço. Com isso, nós pobres mortais que achamos que tudo que é caro é bom, ficamos com mais vontade ainda de ter um. Quando a recessão passar, e vai passar, e eu tiver dinheiro suficiente, qual relógio que eu vou comprar?

[igorschutz]

Os relógios da Omega são 50% piores que os da Rolex? Não, mas os da Rolex são 50% mais caros e não necessariamente 50% melhores.

(grifo acima é meu)

Não sei como é no exterior, mas aqui no Brasil essa regra não se aplica.

Em razão da política de preços do distribuidor Omega no Brasil (ruim) e da política de preços da Rolex (boa), os valores de ambas as marcas ficam muito próximos.

Veja quanto custa um modelo Omega com máquina "in house" e compare com os Rolex. Se o preço não for igual, estarão milimetricamente próximos...

Um abraço,

Igor

[LUW]

Igor, bem lembrado. Aqui a estória é diferente mesmo, e isso não se aplica. As vezes dá impressão que tanto Omega como Rolex tem o mesmo importador.

[igorschutz]

As vezes dá impressão que tanto Omega como Rolex tem o mesmo importador.

Pelo contrário, dá a impressão que são o yin e yang: enquanto a Omega mete a faca e ainda gira lá dentro, a Rolex assopra.

Um Rolex no Brasil custa de 30% a 50% do preço de tabela nos EUA, enquanto um Omega custa, no mínimo, 100% a mais que a tabela americana.
Na prática, um Omega Hour Vision, que custa menos que um Submariner nos EUA, fica mais caro aqui no Brasil que este último (isto é fato, é só ir na loja e ver).

Um abraço,

Igor

[nilomis]

Um Rolex no Brasil custa de 30% a 50% do preço de tabela nos EUA ...
Igor

Igor,

Acho que v. quis dizer 30% a 50% mais caro do que o preço US? Correto?

Meus 5c.

O paradoxo do preço Brasil de relógios é meio que o inverso do (acho que é este produto) Tostines. É caro por não vender, não vende porque é caro.

Vejam o caso de um relógio mais "pedestre" da Omega. Um Planet Ocean 42mm. como o que eu estou usando hoje, custa (com os descontos de uma revenda autorizada e com os impostos) de US$ 2.400,00 até US$ 2.900,00 (R$ 4.538,40 - 5.483,90). Aqui, já me foi "oferecido", em uma revenda Omega, por "módicos" R$ 12.000,00. Isto dá mais de 100% de acréscimo!!!

Logo: É caro por não vender, não vende porque é caro.

Abs,

Nilo

[igorschutz]

Igor,

Acho que v. quis dizer 30% a 50% mais caro do que o preço US? Correto?

Isso, isso, isso!



Um abraço,

Igor

[LUW]

É, e dá-lhe eBay...

[HumbertoReis]

O certo é que a recessão não pega todos da mesma forma. Estou prestes a afirmar que a classe mais pobre - novamente - é a que mais sofre.

Não consegui ainda entender perfeitamente a lógica da economia mundial, apesar de já me atrever a pequenos investimentos levando em consideração esse sobe-e-desce cíclico.

Se é cíclico, sobre de forma esperada e desce de forma esperada. Se sabemos que é assim, onde estaria a dificuldade do rico ser mais rico a cada novo ciclo? Baseado nesta lógica é que - apesar da crise mundial - vemos contratações milionárias no futebol.

É, definitivamente a recessão não pega todos da mesma forma.

[LUW]

Humberto, acho o termo cíclico se refere ao fato de que nem sempre vai ficar positivo e nem sempre vai ficar negativo, mas sim vai variar. O pulo do gato é justamente prever quando vai virar. Vai melhorar (ou piorar) de forma esperada, o problema é saber quando que a maré muda.

[HumbertoReis]

Luciano, vou te contar um segredo: em 2006 eu sabia que isso ia acontecer. Só não conhecia o momento exato...

Sei que foi em 2006 porque meu dentista me comentou na época que uma conhecida iria colocar 'tudo o que tinha' em ações. Me lembro de ter pedido a ele que orientasse cautela à senhora.

Um colega de turma e de especialidade colocou muita grana na bolsa no ano passado - no embalo dos noticiários - e perdeu 60% do que tinha. Uma pena.

[LUW]

Meu sogro fez a mesma coisa ano passado, e até agora recuperou apenas 60% .

Tem um ditado que diz que se algo está bom demais para ser verdade, provavelmente não é verdade.

[solano]

 Quando no auge da crise a bolsa caíu abaixo dos 30000 pontos Eu ía colocar um grana lá, MAS a patroa vetou... Mifu...

Abs,

[flávio]

Olha, eu tinha uma grana considerável em fundos de ações, não em ações via broker. Nos fundos de ações, eu não sei não, mas acho que pelo menos 50 por cento do que havia perdido eu ganhei só neste ano: os fundos chinfrin do BB deram em média acumulados uns 30 por cento só neste primeiro semestre.

Como Broker, que não tinha lá muita grana, perdi. Perdi e não recuperei.

No final das contas, estou em compasso de espera - ainda - em CDBs e Dis fodidos que tem me dado uns 10 por cento ao ano com 0,5 por cento de taxa de admnistração (baixa) mas com imposto (que já está na menor alíquota, são fundos antigos).

Comparando com o mercado imobiliário de Brasóila, perdi uma baba, pois os imóveis se valorizaram aqui uns 30 por cento ao ano, no acumulado em progressão geométrica, estão no mesmo patamar de bolsa nos tempos áureos.

O problema é ter coragem de comprar os imóveis de preços astronômicos e que não valem o que custam (como investimento valem, para morar,vc passa raiva em Brasília). Por enquanto, até eu não recuperar minha grana perdida, meu dinheiro ficará guardadinho esperando dias melhores.


Flávio

[LUW]

Quando estive em maio em Brasília, ouvi mesmo falar que os preços imobiliários são de amargar  .

[FALCO]

Como operário do meio, a marola me deu um caldo respeitável...

[LUW]

Mas foi só uma marola mesmo, como o nosso ilustre e letrado chefe do Executivo falou.

O que ferrou tudo foi o tsunami que veio atrás.

[Alberto Ferreira]

...e que era "problema do Bush"...