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História bacana no Quill e Pad sobre o relógio mais complicado do mundo

Iniciado por admin, 18 Abril 2018 às 16:44:21

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flávio

A história é a seguinte. No final do século 19, a Piguet, que depois passou a ser Frederic Piguet, atualmente Blancpain Manufacture, produziu três diminutos calibres para relógios de bolso de mulheres, com repetição de minutos e comando de silêncio. Um dos movimento foi encontrado por Franck Muller que, então, resolveu adicionar complicações nele (ganhando o título o "Mestre das Complicações"), através de um módulo. Ao que já existia, Muller adicionou, em 1992, um termômetro e um calendário perpétuo. Fez, então, uma caixa em platina para o movimento e um belo mostrador em guilloche e o troço foi parar no pulso de um ricaço. O fulano que o comprou, porém, não estava satisfeito, e procurou relojoeiros para modificar ainda mais o que já estava complicado. Encontrou então Paul Gerber e lhe pediu a adição de um turbilhão. Mas não qualquer turbilhão, mas um utilizando a espiral e balanço vintage do movimento. Gerber, que nunca havia construído turbilhão algum, aceitou o desafio e, durante a construção, para não arriscar destruir o movimento, foi adicionando os componentes num "dummy" que ele construiu. Em 1995 apresentou o relógio, com o tal turbilhão voador instalado, tendo modificado pouca coisa na platina, mantendo o visual do relógio. O patrão estava satisfeito? Não... Pediu a Gerber se era possível, mantendo a caixa intacta e mostrador, adicionar split seconds e fly back. Foi difícil, mas ao invés de colocar um módulo a mais acima, ele modificou a platina central do movimento e integrou o sistema lá. O movimento aumentou apenas 2 mm de altura e, para compensar, foi adicionado um mostrador em safira atrás mais alto. No final das contas, o relógio já contava com 1116 componentes (eram 491 na iteração Piguet e 651 Muller), com horas, minutos, segundos, repetição de minutos com silenciador, grande e pequena soneria, calendário perpétuo com fases da lua, equação do tempo, termômetro, GMT, cronógrafo split, fly back, mostrador de reserva de marcha do relógio e da soneria e turbilhão.

Vejam:


https://quillandpad.com/2018/04/17/the-ongoing-history-of-the-superbia-humanitatis-watch-by-louis-elysee-piguet-franck-muller-and-paul-gerber-with-video-of-it-striking-time/


E aqui o troço tocando


https://www.youtube.com/watch?v=3iRXuJsh_S8

igorschutz

Até a parte do Livro dos Recordes eu conhecia, já que o tal Lord Arran (que de Lorde não tinha nada) era participante ativo do antigo The Purists e vez ou outra falava sobre o relógio e chegou a postar a história do mesmo naquele site.

O depois, que consiste na venda do relógio e refazimento da decoração eu não conhecia. Legal o update, apesar de achar o nome latino meio cafona.
Opinião é como bunda: todos têm a sua. Você dá se quiser.
Opinião é como bunda: você dá a sua e eu meto o pau.

NÃO ACREDITE NO QUE 'FALAM' AQUI, ESTUDE BEM E TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES

viniciussg1995

Legal a história é muito bonito o relógio, mas uma espessura de quase 20mm? Caramba, deve ser muito estranho no pulso kkkkkkkk

Enviado de meu Moto G (5) usando Tapatalk

Abraços!
Vinicius

Matt5

O cara colocou um diamante no lugar do rubi do balanço, tem alguma vantagem ou desvantagem técnica com isso?

igorschutz

Não há diferença do ponto de vista técnico. O uso do diamante apenas reforça a tradição do uso de uma pedra mais preciosa (e cara) num relógio excepcional.
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