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5a parte da história do k2: o Bounty arde em chamas

Iniciado por flávio, 10 Março 2023 às 11:43:12

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flávio

Após o motim, Fletcher Christian sabia que teria, pelo menos, um ano de prazo até que a Marinha enviasse alguém à sua caça. De fato, Bligh só conseguiu retornar à Inglaterra em março de 1790. Como havia prometido devolver o K2 ao fabricante após a viagem, uma de suas primeiras providências foi justificar a sua perda ao Almirantado: "Sr., devo informá-lo que o relógio, cuja guarda foi confiada a mim a bordo do HMS Bounty, ficou neste barco, quando tomado do meu comando no motim de 28 de abril de 1789". Enquanto isso, Christian navegava o Bounty até o Taiti, onde o grupo de amotinados se dividiu: alguns ficaram na ilha enquanto outros se juntaram a Christian para procurar um refúgio deserto no qual não pudessem ser encontrados. Assim, 8 amotinados, 6 nativos e 12 nativas resolveram acompanhar Christian nesta jornada. Após consultar as cartas náuticas que tinha, ele decidiu seguir até a ilha Pitcairn, que constava como não habitada na documentação. Para sua surpresa, demorou mais de 2 meses para encontrá-la, uma vez que sua localização estava incorretamente registrada pela Marinha, a 200 milhas de sua posição verdadeira. Após desembarcarem em Pitcairn, o grupo imediatamente incendiou o Bounty, para que seu refúgio não pudesse ser descoberto por outros navegadores que por acaso ali passassem. Em março de 1791, a fragata Pandora, enviada para prender os amotinados, finalmente aportou no Taiti. Então, marinheiros britânicos capturaram 14 amotinados que ali haviam ficado e a fragata zarpou novamente para procurar Christian e o restante do grupo nas ilhas próximas. Durante 3 meses a Pandora aportou em diversas ilhas, sem sucesso. Seu capitão, assim, decidiu que era hora de voltar à Inglaterra. Na viagem de retorno, o navio bateu numa barreira de corais e começou a afundar. Os 14 prisioneiros ainda estavam acorrentados, mas um dos marinheiros conseguiu lhes passar as chaves dos cadeados e 10 conseguiram se soltar. Ao final, 34 tripulantes e 4 prisioneiros morreram afogados. Os 99 sobreviventes dividiram-se em 4 botes salva-vidas e, sofrendo privações de fome e sede, 2 meses depois finalmente conseguiram aportar no Timor...




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