Menu principal

O motivo do rolex Gmt não ter a mesma resistência a água que o Sub

Iniciado por Daniel Eira, 23 Fevereiro 2010 às 21:19:53

tópico anterior - próximo tópico

Alberto Ferreira

Salve!

Bela aula, amigo Adriano!
Valeu!
8)  8)  8)


Apenas para registro, num sentido mais "purista" e de um ponto de vista mais técnico.
Eu colocaria esta afirmação com ressalvas.

"Mas o aço... tem o lance da fadiga... E o fundo é de aço. Entende por que ele é um elemento preocupante?"

A questão seria que a fadiga pressupõe ciclos, e em geral muitos. A coisa não acontece apenas com "um par deles".

Eu sei que você sabe muito bem disso, pela sua formação.
A minha observação visa uma eventual melhor compreensão pelos mais leigos na área técnica de materiais.

Abraços,
Alberto

O Cara

Um abraço
Fábio

ESTRELADEDAVI


Nossa que aula Adriano, muito obrigado.
Com relação a coroa e o desgaste devido a manipulação durante a vida útil do relógio, o foda é que no caso do Omega Semaster James Bond são duas, aí complica.

Abraços

Weber
"A felicidade de sua vida depende do caráter dos seus pensamentos." (Marco Aurélio)

Adriano

Pois é Weber! Mas a coroa é feita para ser trocada de tempos em tempos. Isso que as pessos não entendem. E é comum elas durarem vários anos. O problema é que o cara que leva o relógio em qualquer lugar, vai á trocando uma junta aqui, outra ali, e 30 anos depois, o relógio está com a coroa original de fábrica. Não tem quem aguente.

Por isso não é algo complicado, desde que se entenda que essas peças têm que ser trocadas. Tem que trocar em toda manutenção? Não necessariamente. Eu diria que, em média, um relógio bem cuidado, você troque a coroa uma vez a cara duas trocas de vedações.

Já a válvula de hélio dura mais que a coroa, pois nem é manipulada.

Vamos pegar como exemplo um Seamaster Jame Bond, que seja bem cuidado. Você compra ele e dali uns 3 anos vai trocar a bateria. Em alguns casos, nem precisa trocar as juntas: elas ainda estão perfeitas. Mas supondo que se faça o mais ortodoxo, que é trocá-las, boas ou ruins.

- Então com 3 anos você troca a bateria e a junta de fundo e vidro.
- Com 6 anos, uma nova troca de bateria e aí já é bom trocar as juntas de vidro, fundo e coroa.
- Com 9 anos, troca de bateria denovo com troca de junta de vidro e fundo.
- E com 12 anos, aí sim, troca de bateria ou o mais recomendado ainda, já fazer uma revisão, com troca de junta de fundo, vidro, coroa E válvula de hélio.

Ou falando de um automático:

- Com uns 6 anos de uso, mete uma revisão com troca de juntas e coroa.
- Com 12 anos, nova revisão com juntas, coroa e válvula de hélio.

E se o cara precisar da revisão somente com 12 anos? Beleza, mas troque as vedações pelo menos uma vez nesse meio do caminho ou então não se arrisque com água.

Isso não são regras, usei prazos aproximados para que se entenda as proporções de trocas dessas peças. E estou falando de um usuário comum que não detona o relógio, não causa impactos a essas peças e não usa o relógio para megulho. Se usar para mergulho, a troca das vedações, inclusive coroa e válvula, têm que ser bem mais constante.

Abraços!

Adriano

Daniel Eira

Adriano,

Muito obrigado pela aula! Quando eu postei o tópico imaginei que você com certeza responderia essa questão. Lembro de quando você fez uns testes de resistência em alguns relógios mas não me lembro de você ter comentado sobre o fundo. E faço coro para mover esse tópico para os clássicos, pois essa aula não tem preço! 8)

Abs

Daniel
Membro do RedBarBrazil
Siga @Watchfy

automatic

Mover para os clássicos !!!

Adriano,

Você poderia escrever um livro !!! Pense nisso !!!

FALCO

Citação de: Adriano online 24 Fevereiro 2010 às 00:58:12Fernando, não sei se entendi bem a pergunta por isso não se minha resposta responderá. Vamos lá:
...
Adriano

Olá Adriano, tenha certeza que não só suas explicações foram claras e completas como até superaram qualquer questionamento.
Como sempre está de parabéns.
Meu questionamento não é sobre o fato de um fundo mais fino ou delicado contribuir para a menor resistência, o que é fato, até óbvio.
O que questiono é que enquanto não soubermos que, em um teste, o fundo do GMT sucumbe primeiramente, não saberemos que o fundo é o motivo da menor profundidade aceita, no caso específico destes relógios.
Lembrando que, o Explorer II e o GMT tem fundos de expessura bastante diferente e ainda assim tem a mesma profundidade de resistência.
FRM: contra argumentos, não há fatos !!!

Correia

Adriano - as suas explicaçoes sao ouro - mesmo!

8) 8) 8)

Abraços,
Correia
Convém evitar 3 acidentes geométricos nesta vida : círculos viciosos, triângulos amorosos e bestas quadradas.