Na atual Montblanc/Minerva tudo é feito à mão, mas...

[flávio]

Deu no The Purists


Montagem do balanço à mão, regulagem idem, execução da curva (aliás, sem qualquer gabarito e com tudo já montado! Essa mulher é boa mesmo!).


http://montblanc.watchprosite.com/show-forumpost/fi-1006/pi-3130206/ti-517166/s-0/


Eu vi o Riussec na boutique Montblanc em NY e achei belíssimo. Estão saindo coisas belíssimas de lá...Chrono monopulsantes, etc...

Legal, mantiveram o nome Minerva, que era uma fábrica que, na linha, só tinha o Phytagore (preço acessível na época, quase comprei um na Blet em Paris, custava 1000 dólares mais ou menos. Hoje são raridades). Porém...

Eu sei lá se gosto do nome Montblanc associado a Minverva. Eu até hoje não sei se deveriam ter extinto a Minerva e lançado tudo como Montblanc, ou então mantido a Minerva, mantend0-a dentro do grupo da Montblanc. Acho que conseguiriam dar um "gás" na marca (como o Swatch Group fez com várias...) sem precisar da associação.

Sei lá...É estranho ver a "comemoração" de uma marca que tem 150 anos (a Minerva), quando na verdade hoje ela passou a ser um "adendo" da Montblanc. Minerva MESMO não existe mais.

Podem me chamar de maluco, mas eu não vejo com bons olhos estes lances na relojoaria.

Lembra-me a British Masters que, aproveitando-se de nomes dos caras mais fodas do mundo da relojoaria (sejamos honestos, eu não sei se colocaria Breguet como o maior relojoeiro da história. Acho que ficaria com Graham...), como Tompion, Graham, criou relógios excelentes, mas que não tem nada a ver com os caras em si.

A Montblanc/Minerva tem sim a ver com a Minerva antiga. Fizeram algo bem bacana, mantiveram o espírito da relojoaria tradicional, sem frescuras, artesanal mesmo. Porém...Montblanc para mim continua e continuará sendo fábrica de canetas, não de relógios!

Sou louco. Quando alguém pergunta para mim o que eu acho que um TAG, eu repergunto: da Heuer né? TAG...O que tem a ver TAG com a Heuer?

Pensamentos malucos de um maluco pela relojoaria velha.


Flávio

[igorschutz]

Ihhh Patrão, esse assunto dá conversa pra mais de metro!

Pra nós apaixonados, seria muito melhor ver a Minerva bombando novamente, porém, do ponto de vista dos engravatados do Richemont, juntá-la a Montblanc foi uma decisão mais do que acertada.

O nome Montblanc diz muita coisa!
A caneta é boa? Presume-se que o cinto, a carteira, o anel, a abotoadura e o relógio também sejam. Ou a marca iria queimar seu nome por bobagem?
Então, une-se um nome forte à uma manufatura de qualidade que já estava no bico do corvo. É uma situação ganha-ganha...

Além do mais, não sei como funciona, mas acredito que estas megacorporações devem ter um roadmap que diz "Em 2010 vamos promover radicalmente a marca X", "Em 2011, promoveremos a marca Y", e assim vai.
Em 2009 foi a vez de alavancar a marca Montblanc, e coincidiu de terem a Minerva na manga e... voilá!

Veja o que era a Montblanc no início de 2008 e veja como é agora em 2010. Antes era um monte de ETA encaixotado (= Victorinox), agora é uma manufatura que promove projetos de relojoeiros independentes (= Harry Winston?)... Baita upgrade!

Antes eu nem queria um Montblanc, agora eu nem posso pagar por eles...

Bom, o que eu sei dizer é que também não vejo com bons olhos estas transformações da água pro vinho.
Como não sou multimilionário e meu dinheiro é contadinho, só gasto naquelas marcas que acho que realmente fazem por merecer, e um dos meus critérios é tradição.
Marquinha mixuruca tipo Hublot, Bell & Ross, Concord, lançando relógio de US$ 50 mil, US$ 100 mill, US$ 200 mil, pra mim é piada de mau gosto... Tem que comer muito arroz e feijão para crescer com "sustança", senão eu passo!

Um abraço,

Igor

[Alberto Ferreira]

Salve!

Pois é.
É "complicado" mesmo.
Os meus sentimentos a respeito também são assim (nada definitivos).

De um lado, eu vejo e reconheço a qualidade da marca Montblanc (as canetas são o ícone disso), do outro, como os amigos, eu também (ainda) vejo com relutância a "compra" da imagem da Minerva.
Eu ainda acho que a (verdadeira) tradição ninguém compra ou transfere...

Eu creio que só o tempo dirá se a minha "mente" (saudosista - da Minerva) aceitará, numa boa, ou não... 

Por enquanto, como nos outros casos citados pelo Igor, a pulga continua atrás da (minha) orelha. 

Abraços,
Alberto

[Wadley]

Eu acho que as aquisições, incorporações e fusões vieram para ficar.  São caracterísiticas do sistema empresarial atual.

Os fabricantes de relógios, deixando de lado a nossa paixão pelas maquininhas, existem para gerar lucro.......

[FALCO]

Eu achei muito legal a "absorção" da Minerva pela Montblanc, a Minerva já havia tentado voltar sem sucesso e a Montblanc dificilmente teria conseguido o salto de qualidade necessário para acompanhar o nível dos seus outros produtos, canetas principalmente.
Já tive o Riussec nas mãos também e afirmo, fosse minha orientação teria mandado para a caixinha... excelente em todos os aspectos, inclusive preço, coisa que acho que não vai durar quando a marca antingir mais notoriedade na horologia.

[flávio]

kkk. Igor, essa de "antes não queria tê-los, agora nem posso" foi a melhor! kkk

Eu olho tradições e oportunidades. Você citou, por exemplo, a Bell e Ross. Se um da linha Vintage cair na minha mão por um preço razoável, compro fácil! Por preço razoável, entenda-se: pelo menos metade do preço sugerido.


Flávio

[Adriano]

Caras, não apenas concordo comm as opiniões, como reforço alguns detalhes:

- também não acho o Breguet (o cara, não a marca) tão foda assim. De certo modo, parte da fama "monopolizada" que ele tem é porque ele é o herói suíço. Não apenas simpatizo mais com os ingleses como acho que as contribuições dos mestres ingleses foram até mais importantes e/ou decisivas na história.

- Para uma marca de relógio que eu torcia o nariz, o MB Rieussec simplesmente me deixou de queixo caído quando vi ao vivo...

- as marcas/grupos têm mesmo uma espécie de "roadmap" para quem será a próxima "estrela"

- Se a TAG, eu repito, a TAG (Techniques d'Avant Garde) tivesse lançado um relógio de marca própria, simplesmente TAG, eu simpatizaria mais, desde o início, do que o lance TAG Heuer... São duas coisas que têm tão pouco a ver que penso que um TAG Heuer não se compara nem à um produto TAG nem à um produto Heuer...

Abraços!

Adriano

[igorschutz]

Eu olho tradições e oportunidades. Você citou, por exemplo, a Bell e Ross. Se um da linha Vintage cair na minha mão por um preço razoável, compro fácil!

Eu não tenho nada contra a Bell & Ross e nem contra as marcas que eu mencionei acima. O que sou contra é essa pressa de subir rápido na vida, lançando turbilhões, designs exóticos e megalomaníacos, para poder alavancar a percepção da marca.

Sempre apreciei os antigos B&R, mas por conta disso a marca caiu no meu conceito.

Um abraço,

Igor

[mestreaudi]

Eu gostei da jogada Richemont, Minerva e Montblanc.

Aliás, fiquei impressionado com os últimos lançamentos dos relógios Montblanc!! Espetaculares!!!

Vale MUUUUUITO a pena a visita:

www.montblanc.com

Abs!

[Luis O]

que ciência....que maravilha da genialidade humana.......e ainda tem gente que gosta de quartzo......afe.
abs a todos...