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Ninguém falou nada,puxo o papo de novo:o Heuer "Seiko"

Iniciado por admin, 13 Agosto 2010 às 20:28:25

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flávio

http://home.watchprosite.com/show-forumpost/fi-17/pi-4020421/ti-641056/s-0/




Não concordo com o título. Uma coisa, porém, é fato: se efetivamente vão apresentar esse relógio com o mesmo preço do que usa Valjoux 7750 é uma boa. O movimento é tecnicamente superior e mais bonito. Mas aí nós caímos no lance do feito em casa ou não.

Como já disse aqui, os 7750 da Hublot são feitos em casa. Eles fabricam tudo, já que o troço não é mais protegido por patente. Porém...Imagine se a VW copiasse nos mínimos detalhes uma Ferrari. Igualzinho! Seria uma Ferrari?

A Heuer ter comprado os direitos de produção de um movimento japa e divulgá-lo inicialmente como de projeto próprio foi dureza, a mancada do ano! Os caras achavam sinceramente que nós, internautas malucos por relojoaria, não íamos dissecar o relógio todo e postar comentários na rede?

Compraria um? Claro, por uns 3 mil dólares.

Porém, imaginem um cara perguntando. Bonito relógio! Heuer né?Movimento bonito, é feito por eles?

Aí você responderia como o Caninha: Veja bem, apesar...Sim, o movimento é feito pela Heuer, mas o projeto foi comprado da Seiko! hahahaha

Até agora eu acho isso meio estranho e, antes que falem, não coloquem meu movimento Ebel 137 no bolo da Lemania (que hoje é usado nos Aeronavale da Breguet): o buraco é mais embaixo....


Flávio

Miguel


Bem, com a super - híper - mega - huger globalização, é difícil encontrar alguma coisa totalmente feita num lugar só.

Acho que nem banana é mais assim.

Para minha consideração, é um in house, nô ?
Abraços,
Miguel
"...all that we need is wine and good company!®"



Malima

Independente da origem ... apreciemos a bela "Roda de colunas" azulada !! :D 8)

Diga-se e passagem que é um belo movimento in house da Seiko neste Heuer !! ;)

Abcs !!


Marcos Lima


Desotti

#4
Rômulo, esse artigo saiu antes do Bruno começar a discussão de que o projeto era "cópia" do Seiko 6S37, o que obrigou o próprio presidente da Tag Heuer a se explicar na web. ::)

O preço pouco acima do Carrera anterior é, ao meu ver, consequência direta daquela lambança. :)

Já eu fico com o "velho" Carrera 7750 (considero o mostrador muito mais bonito) e o Flight Master 6S37 mesmo, obrigado. ;)

Abraço!

Marcelo.

flávio

De fato. Acredito que eles pretendiam lançar esse relógio com o preço lá nas alturas, quando foram desmascarados, voltaram atrás...Eu achei a pisada de bola do ano!



Flávio

Alberto Ferreira

Citação de: flavio online 13 Agosto 2010 às 20:28:25

...
A Heuer ter comprado os direitos de produção de um movimento japa e divulgá-lo inicialmente como de projeto próprio foi dureza, a mancada do ano! Os caras achavam sinceramente que nós, internautas malucos por relojoaria, não íamos dissecar o relógio todo e postar comentários na rede?
...


Salve!

Eu concordo com o enfoque do Flávio, em especial com relação ao ponto aí acima.

Foi mesmo uma "mancada" enorme, pior, uma mancada daquelas que "fere os brios" dos amantes e "estudiosos" do tema, via NET.
Só podia dar no que deu...
Ao que parece, só a Tag Heuer não percebeu o risco que corria.

E mesmo "corrigindo", na medida do possível, através de declarações do seu CEO, pegou mal.

No mais, sendo realistas, a coisa do "in house" mudou mesmo. Ponto parágrafo.

Pode até "incomodar" aos mais "tradicionalistas", mas aquele conceito antigo já não existe mais.
Não há mais espaço para isso no mundo globalizado de hoje. Ponto final.

Eu também gostei do movimento, mesmo como a sua (hipotética) gênesis torta (fruto de um "marketing", míope), ele é muito legal.

Abraços!
Alberto

Tariki

Sim, como os colegas comentaram, foi esse press release pomposo da TAG Heuer que desencadeou a ira dos horologistas mundo afora (ou internet afora ;D).

Quanto a questão do calibre in-house, acho que este não deixará de ser um quesito valorizado pelos conhecedores. Claro que o "valor" (não me referindo ao monetário) de um relógio não se resume ao movimento apenas. Mas, por minha parte, cronógrafos baseados no Valjoux 7750 perderam praticamente todo o encanto para mim; pois parecem todos muito parecidos. Afinal, com a a disposição dos acumuladores fixa, não tem como variar muito o design.

flávio

Às vezes honestidade é tudo. A Heuer poderia ter dito. O sistema de embreagem vertical, adotado pelos japoneses com sucesso há algum tempo, foi por nós aperfeiçoado. Desenvolvemos o que eles criaram e aperfeiçoamos, lançando agora um calibre feito em casa por nós.

Mas não. Inventaram que tinham desenvolvido tudo, gastado zilhões...Super pisada na bola!


Flávio

fernando r

Pegando uma carona nos que entendem tudo de relógio deste Fórum e com meu modesto senso de observação eu pergunto: tudo isso foi causado pela decisão do Grupo Swatch de não vender mais os movimentos para fora do grupo, decisão essa que será implemetada definitivamente nos próximos anos? Essa "correria" da TAG, que não estava preparada para desenvolver um calibre próprio(não que não tivesse condições para isso) não teria causado essa mancada?
A Breitling(talvez, junto com a TAG nessa faixa de preços e volume de vendas, uma das que mais sofre com essa decisão) apresentou o B01 e muitas marcas, como a Oris, estão adotando os Sellita(em movimentos mais simples, sem crono), mas acredito que a saída para todas elas, excetuando claro as pertencentes ao Grupo Swatch, será ter parte dos calibres desenvolvidos em casa, principalmente nessa faixa de preços da TAG e da Breitling.
Podem até vir a copiar calibres cuja patente caiu, mas terão que fazê-los! Qual outra saída?

flávio

Citação de: fernando r online 14 Agosto 2010 às 15:05:49
Pegando uma carona nos que entendem tudo de relógio deste Fórum e com meu modesto senso de observação eu pergunto: tudo isso foi causado pela decisão do Grupo Swatch de não vender mais os movimentos para fora do grupo, decisão essa que será implemetada definitivamente nos próximos anos? Essa "correria" da TAG, que não estava preparada para desenvolver um calibre próprio(não que não tivesse condições para isso) não teria causado essa mancada?
A Breitling(talvez, junto com a TAG nessa faixa de preços e volume de vendas, uma das que mais sofre com essa decisão) apresentou o B01 e muitas marcas, como a Oris, estão adotando os Sellita(em movimentos mais simples, sem crono), mas acredito que a saída para todas elas, excetuando claro as pertencentes ao Grupo Swatch, será ter parte dos calibres desenvolvidos em casa, principalmente nessa faixa de preços da TAG e da Breitling.
Podem até vir a copiar calibres cuja patente caiu, mas terão que fazê-los! Qual outra saída?



Sim e não. Há fábricas que não haviam desenvolvido seu próprio calibre há anos por "puta falta de sacanagem" eu diria. Exemplos? Rolex, Breitling, etc. O que são 5 milhões de dólares, que é mais o menos o preço do desenvolvimento de um calibre, para marcas desse tamanho? Por outro lado, havia marcas que não desenvolviam por serem efetivamente pequenas e com orçamento reduzido.

Mas, como foi dito por aí, a patente do 7750, por exemplo, já caira em domínio público há muito. E, ademais, salvo engano, a ETA não mais irá vender ebauches, os calibres completos já montados ela ainda continuará vendendo. Ou seja, podemos dizer que foi uma soma de fatores: uma nova percepção de mercado, que exige nos produtos de luxo coisas singulares, e a "cortina de fumaça" criada pelo Swatch Group sobre a não venda dos calibres que, na prática, acho que muito pouco teria efeito.

As fábricas simplesmente "se tocaram" que o mercado estava a exigir isso.

Mas ressalto, como indicado no meu último texto (La Chaux de Fonds), que disseca, desde os primórdios, a indústria Suíça: essa verticalização na indústria é algo novo e o sistema de etablissage nunca desapareceu.

Vivemos uma era do contra-senso: no passado, quando dominavam o mercado, o caminho foi a verticalização. Hoje, quando não dominam, o caminho volta a ser a verticalização? Teoricamente não faz o menor sentido. Mas em Economia as coisas às vezes não fazem muito sentido mesmo.


Flávio

fernando r

Mas me responda uma coisa, por favor: se a Swatch não vendesse mais NADA para fora do grupo como ficariam a TAG, a Breitling, a Victorinox, a Oris e muitas outras marcas que usam esses movimentos da ETA? A Sellita por exemplo não daria conta de tudo, ou daria? Até pq a Sellita só tem movimentos básicos, nenhum crono.
Conjecturando, o que vc acha que aconteceria numa hipótese dessas?
Abraço.




Citação de: flavio online 14 Agosto 2010 às 15:14:44
Citação de: fernando r online 14 Agosto 2010 às 15:05:49
Pegando uma carona nos que entendem tudo de relógio deste Fórum e com meu modesto senso de observação eu pergunto: tudo isso foi causado pela decisão do Grupo Swatch de não vender mais os movimentos para fora do grupo, decisão essa que será implemetada definitivamente nos próximos anos? Essa "correria" da TAG, que não estava preparada para desenvolver um calibre próprio(não que não tivesse condições para isso) não teria causado essa mancada?
A Breitling(talvez, junto com a TAG nessa faixa de preços e volume de vendas, uma das que mais sofre com essa decisão) apresentou o B01 e muitas marcas, como a Oris, estão adotando os Sellita(em movimentos mais simples, sem crono), mas acredito que a saída para todas elas, excetuando claro as pertencentes ao Grupo Swatch, será ter parte dos calibres desenvolvidos em casa, principalmente nessa faixa de preços da TAG e da Breitling.
Podem até vir a copiar calibres cuja patente caiu, mas terão que fazê-los! Qual outra saída?



Sim e não. Há fábricas que não haviam desenvolvido seu próprio calibre há anos por "puta falta de sacanagem" eu diria. Exemplos? Rolex, Breitling, etc. O que são 5 milhões de dólares, que é mais o menos o preço do desenvolvimento de um calibre, para marcas desse tamanho? Por outro lado, havia marcas que não desenvolviam por serem efetivamente pequenas e com orçamento reduzido.

Mas, como foi dito por aí, a patente do 7750, por exemplo, já caira em domínio público há muito. E, ademais, salvo engano, a ETA não mais irá vender ebauches, os calibres completos já montados ela ainda continuará vendendo. Ou seja, podemos dizer que foi uma soma de fatores: uma nova percepção de mercado, que exige nos produtos de luxo coisas singulares, e a "cortina de fumaça" criada pelo Swatch Group sobre a não venda dos calibres que, na prática, acho que muito pouco teria efeito.

As fábricas simplesmente "se tocaram" que o mercado estava a exigir isso.

Mas ressalto, como indicado no meu último texto (La Chaux de Fonds), que disseca, desde os primórdios, a indústria Suíça: essa verticalização na indústria é algo novo e o sistema de etablissage nunca desapareceu.

Vivemos uma era do contra-senso: no passado, quando dominavam o mercado, o caminho foi a verticalização. Hoje, quando não dominam, o caminho volta a ser a verticalização? Teoricamente não faz o menor sentido. Mas em Economia as coisas às vezes não fazem muito sentido mesmo.


Flávio

Serafim

Empresa burra!
Isso só faz criar antipatia pela empresa, desnecessário.
Enfim, obrigado por compartilhar mais essa Flavio.

Abraços,
Serafim

FALCO

Citação de: fernando r online 14 Agosto 2010 às 15:05:49... tudo isso foi causado pela decisão do Grupo Swatch de não vender mais os movimentos para fora do grupo, decisão essa que...

Isto não é verdade, como já foi discutido diversas vezes por aqui (vale uma busca) no momento não existe nenhuma intenção da ETA parar de vender movimentos para fora do Grupo a qual ela pertence, existe sim uma atualização das políticas, que, acredito, não trarão nenhum impacto para a indústria.
Resumidamente, a ETA vai vender apenas movimentos completos e de acordo com sua grade de acabamentos, não mais vendendo-os desmontados ou incompletos. Apenas uma atualização da logística do negócio. Muito barulho por nada. Os compradores dos movimentos parciais montam relógios tão caros que o impacto desta decisão da ETA é irrelevante.

Se a ETA parasse de vender movimentos para fora do grupo seria excelente apenas para a concorrência - seiko, citizen, selita e etc. Eu acredito que seja irrelevante a parcela de pessoas que, ao comprar um Oris (?) se preocupe com o movimento que tem dentro.

Lembrando que o movimento ser marca ETA não significa muito, mesmo porque compra-se deles a baciada na ofrei por menos de us$ 70.
FRM: contra argumentos, não há fatos !!!

Daniel Eira

Citação de: flavio online 14 Agosto 2010 às 15:14:44
Sim e não. Há fábricas que não haviam desenvolvido seu próprio calibre há anos por "puta falta de sacanagem" eu diria. Exemplos? Rolex, Breitling, etc. O que são 5 milhões de dólares, que é mais o menos o preço do desenvolvimento de um calibre, para marcas desse tamanho? Por outro lado, havia marcas que não desenvolviam por serem efetivamente pequenas e com orçamento reduzido.

Flávio,

Surgiu uma dúvida: a rolex não produz calibres próprios? Eu lembro que os antigos daytonas utilizavam o movimento da zenith e sei que a rolex atualmente não possui nenhuma complicação absurdamente difícil, mas volto a pergunta, a rolex não produz calibres próprios? Ou entendi errado?

Abs

Daniel
Membro do RedBarBrazil
Siga @Watchfy

flávio

A rolex sempre produziu seus calibres, MENOS CRONÓGRAFOS, até o ano 2000, quando lançaram o próprio.


Flávio

Desotti

Citação de: flavio online 14 Agosto 2010 às 11:24:55
Às vezes honestidade é tudo. A Heuer poderia ter dito. O sistema de embreagem vertical, adotado pelos japoneses com sucesso há algum tempo, foi por nós aperfeiçoado...

Apenas um adendo, o 6S37 não possui embreagem vertical e sim pinhão basculante, justamente o sistema de acionamento do cronógrafo que a Tag Heuer credita a si própria a patente.

Talvez esteja aí o principal motivador do engodo proposto pela empresa ao afirmar que o calibre 1887 teria sido desenvolvido "100% in-house".

Abraços!

Marcelo.

fernando r

Vc acha que Seiko, Citizen e Sellita tem produção suficiente para substituir a ETA nas marcas que hj usam a mesma? A Citizen não possui cronos automáticos em prdodução, pelo que vi no site dela e da Miyota, tampouco a Sellita. Sobraria para a Seiko, fornecer todos os cronos automáticos para as atuais compradoras de Valjoux?
Ou elas teriam que produzir os Valjoux usando o fato de que a patente não mais existe, o que tornaria os relógios mais caros.
Além do mais, não me referi à preocupação do consumidor com o movimentio e sim gostaria de saber onde a Oris, por exemplo, buscaria a substituição dos movimentos hj comprados da ETA.
Por fim, vc deve estar coberto de razão, porém eu fiz um exercício de conjecturas: no caso da ETA não vender mais.
Outra coisa que notei foi que algumas consumidoras de movimentos ETA passaram a comprar Sellita(exemplos: Oris, Mesitersinger, Jacques Lemans, Eterna e etc). Fizeram por causa de preço mais barato apenas?
E os movimentos COSC? A Oris tem vários que usam ETA Certificados, assim, no meu exercício hipotético, de onde ela tiraria o fornecimento de movimentos certificados? Que me conste a Seiko e a Citizen não possuem nada assim(até pq o COSC é algo da Suíça) e a Sellita não tem movimentos certificados.
Abraço


Citação de: broker online 14 Agosto 2010 às 18:04:06
Citação de: fernando r online 14 Agosto 2010 às 15:05:49... tudo isso foi causado pela decisão do Grupo Swatch de não vender mais os movimentos para fora do grupo, decisão essa que...

Isto não é verdade, como já foi discutido diversas vezes por aqui (vale uma busca) no momento não existe nenhuma intenção da ETA parar de vender movimentos para fora do Grupo a qual ela pertence, existe sim uma atualização das políticas, que, acredito, não trarão nenhum impacto para a indústria.
Resumidamente, a ETA vai vender apenas movimentos completos e de acordo com sua grade de acabamentos, não mais vendendo-os desmontados ou incompletos. Apenas uma atualização da logística do negócio. Muito barulho por nada. Os compradores dos movimentos parciais montam relógios tão caros que o impacto desta decisão da ETA é irrelevante.

Se a ETA parasse de vender movimentos para fora do grupo seria excelente apenas para a concorrência - seiko, citizen, selita e etc. Eu acredito que seja irrelevante a parcela de pessoas que, ao comprar um Oris (?) se preocupe com o movimento que tem dentro.

Lembrando que o movimento ser marca ETA não significa muito, mesmo porque compra-se deles a baciada na ofrei por menos de us$ 70.