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Desisti mesmo do ETA 2892. Não prestam.

Iniciado por admin, 21 Setembro 2010 às 09:43:01

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Adriano

#40
Amigo Alberto! Sim! O procedimento é diferente para cada tipo de epilame que se pretende.

Existe a solução que contém ácido esteárico, que serve para previnir o espalhamento do lubrificante. Usa-se em rodas de escape, âncoras, contra-pedras e outros elementos (de acordo com a indicação do fabricante) em que a lubrificação é fina e pode tender a se espalhar facilmente. Existe um produto pronto para uso, que é o Fixodrop (concentrado para diluição ou "ready-to-use"). As peças que necessitam de epilame "anti-espalhamento" recebem esse produto usando o mesmo método que se usa para lavagem de peças, ou seja, com uma máquina de lavagem. As peças são então enxaguadas no produto. Pode-se fazer o enxague manualmente também.

Já a âncora recebe o tratamento somente nas levés e por isso o processo tem que ser manual, pegando-se a âncora com uma pinça e mergulhando apenas a ponta das levés na solução, já que o eixo da âncora não pode receber o tratamento, sob o risco de ficar "grudento", digamos.

Importante dizer que todas as peças a receberem o tratamento devem estar absolutamente limpas. Além disso, a maioria dos fabricantes fornecem peças novas já com o tratamento (quando aplicável), não necessitando que se faça o tratamento nessas peças novas.

Mas existe também o epilame de lubrificação, que é o que estamos falando no caso das rodas inversoras. Por se tratar de peças muito complexas, cuja quantidade de lubrificação tem que ser muito controlada, praticamente um filme de lubrificação (como diz o nome), então não se consegue lubrificação decente fazendo-a manualmente. Para isso, trata-se a peça com uma mistura de lubrificante e solvente. Existe a solução pronta da ETA, chamada "Etalube", ou pode-se usar benzina com Moebius 9010 na proporção 3/100, ou seja, 3 ml de 9010 para cada 100 ml de benzina. Então mergulha-se a peça por 10 segundos nessa solução, remove-se, sopra-se o excesso com uma bombinha e deixa-se secar por 15 minutos (bem protegido contra poeira). O solvente se vai e o que resta é um finíssimo filme de lubrificante. A roda inversora então está pronta para uso.

Abraços!

Adriano

PS: respondi quase ao mesmo tempo que o Mauro! Vejam o vídeo, é bem legal!

igorschutz

Opinião é como bunda: todos têm a sua. Você dá se quiser.
Opinião é como bunda: você dá a sua e eu meto o pau.

NÃO ACREDITE NO QUE 'FALAM' AQUI, ESTUDE BEM E TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES

Adriano

#42
Uma imagem mais aproximada pra ilustrar:




Com epilame anti-espalhamento, permite-se que se use uma quantidade maior de lubrificante nas levés. Para a Omega, recomenda-se 1/3 de cobertura da face do dente se não utilizar epilame, ou de 1/2 a 2/3 de cobertura quando se tem epilame.

Na ilustração vemos um exemplo de aproximadamente 2/3 de cobertura.

Abraços!

Adriano

Gravina











Amo o Brasil, e a sua gente

Namaste

Gravina!

- STR -

E quem diria que eu o filho mais velho da D. Ana... ia aprender 5 cents... de uma assunto desses um dia...

Essa é sem dúvida uma grande casa de amigos....

Grande abraço

Rodrigo STR ;D

"O mundo não está ameaçado pelas pessoas más, mas sim por àquelas que permitem a maldade." - Albert Einstein

Mauro

Amigos,

Apenas mais uma informação fresca, na verdade desde o ano passado,

A Omega ja recomenda a lubrificação de 1/3 a no máximo 1/2 dente da roda de escape, foi diminuido significamente a quantidade de lubrificação.

Esta foto postado pelo Adriano, no que eles exigem é excesso, mais para mim , não vejo nada de errado, mais os mestres de la do outro lado do Mundo querem menos do que isso na Omega.

Um grande abraço,

Mauro

Alberto Ferreira

Salve!

Legal, não é mesmo?
Uma dúvida...
E o resultado.

Vejam quanta coisa, quantas considerações, quantos conhecimentos e visões.
8)

E,...
Guardadas as devidas proporções...

Talvez como dissesse aquele outro dinamarquês, este "príncipe" da cerveja...

"Há muito mais, entre um copo e outro, do que supõe a nossa sede".
;)

Um grande abraço e grato a todos!
Este é o espírito aqui!
Alberto

Enéias

Sou fã do ETA 2892. O ponto não está no movimento em si. Só tenho "desconforto" com o reduced e o avigation. Sem módulo o movimento é fabuloso (ao meu ver). Até abri tópico para elogiar os ETA 2824 e 2892.

O que tenho feito com os reduced e avigation? Corda pela coroa. Mais de 30 giros. Ainda assim no sia seguinte estão parados. mas nunca me deixaram na mão durante o uso.

Adriano

Boa Mauro! Tem razão: lembro mesmo ter comentado que nos últimos treinamentos, foram bem insistentes na questão da lubrificação, que devia ser reduzida!

Abraços!

Adriano

flávio

Bem, meu posto pode ter ficado pesado, mas eu ainda continuo com a seguinte posição e, outro dia, conversava com meu pai sobre armas e a possibilidade da nova aquisição de uma pelo meu irmão.

Lá pelas tantas surgiu a conversa de ele comprar uma SIG 40. Meu pai, que sempre gostou de coisas robustas, falou: ah filho, mexe com isso não! Compra uma CZ. Essas porcarias do leste europeu são feitas para atirar até com pedras dentro!

Voltando aos relógios, lembro-me quando o Walt Odets dissecou o JLC que equipava os Mark 12. Apesar de elogiar bastante o movimento, disse que era muito sensível, e que não tinha muito a ver com o espírito do relógio.

O ponto é esse. Ora, um 2824 funciona até com óleo Singer! O 2892 não. O troço é cheio de frescura, senão falha. Isso é algo que se busca na relojoaria mecânica? Eu acho que não. Eu simplesmente queria que o movimento fosse mais robusto. Os meus 2892 funcionam muito bem, mas logo após a revisão. Depois vão ficando uma porcaria.

Antigamente eu olhava para os Rolexes e seus rotores apoiados sobre mancais em rubi e pensava: isso não pode prestar.

Lá pelas tantas, comecei a dar valor à marca: os movimentos são tão toscos (no sentido bom da palavra) que simplesmente funcionam igual ao coelho da duracell!

Ou seja, reformulando a discussão que comecei até mesmo em outro tópico, sim, o 2892 é menos infame do que pintei; mas ainda é infame.


Flávio

flávio

Ah, e tem um porém aí. Na verdade eu tenho que descer o pau é no meu Avigation, que desde o início me deu muitos problemas, sei lá se porque o 2894 usado nele era da primeira leva fabricada pela ETA (meu Longines ainda é anterior ao número 30 milhões. O cristal é mineral ainda. Foi o primeiro Avigation que saiu).

O Speedy crono não. Ele já passou por umas 3 revisões (estou até com ele no pulso), mas acabou virando um laboratório para invenções minhas, como já narrei aqui. E está mal regulado, diga-se, com uma abertura de escape beirando os 1.3 milisegundos. O módulo dele é a única coisa que foi revisada e sempre funcionou bem e, como já narrei aqui, nem o Moebius D5 foi usado na sua revisão, mas o Microtime para relógios de parede! Mas eu sei lá, apesar de ser uma complicação revisar os módulos da Depraz, ainda os acho muito "pica". Quando vi o módulo desmontado pela primeira vez, com suas peças de aço estampado, não acreditei, achei que aquilo seria uma fonte de problemas. Fato é que, depois da única revisão pelo qual ele passou (isso há uns 10 anos), o troço continua funcionando perfeitamente, acionamento macio, nada de saltos em ponteiros, etc. Já o módulo de carga...3 revisões. Numa delas, também como já narrei aqui, eu pedi para que a roda fosse colocada sem lubrificação, em outra lubrificando ponto a ponto, como os manuais antigos da ETA diziam, da última vez com epilame que, sinceramente, não boto muita fé se foi aplicado corretamente, pois...Ah, como disse, meu Omega é laboratório de experiências hahahaha

Esse eu gostaria que fosse analisado numa autorizada, para que verificassem se houve desgaste de peças, etc. O problema é que lá pelas tantas eu poderia ter uma surpresa e ficaria puto (meu bolso).

É como meu Zenith, e também já falei isso aqui. Ninguém nega a qualidade técnica dos relojoeiros da ex autorizada de Brasília. Eu os acho muito bons. Lá pelas tantas, levei meu Zenith Elite e o coloquei para testes durante uma semana (o tempo entre pegar outro relógio). O Francelino falou na lata: esse relógio seu está horrível. Veja, a amplitude não passa de 210 graus, a carga não funciona direito, o troço está atrasando uns 30 segundos por dia. Isso num Zenith Elite que foi comprado zero na loja há uns 10 anos!

Aí perguntei para o Francelino o que ele achava. Olha Flávio, você usa esse relógio quantas vezes por mês. Eu disse: ah, devo usar umas 4 vezes por mês. Resposta dele na lata: ah, mexe com isso não. Esse movimento é da espessura de um papel, super decorado, vai que acontece uma derrapada de chave? (acontece nas melhores famílias...). Mesmo se não tivesse lubrificação alguma, o desgaste causado nas peças é insignificante com esse seu uso. Se não se importa em o relógio estar ok, use o como vem usando. Quebrar alguma coisa não vai. Palavras dele. Confiei...

Flávio

Adriano

Mas aí que tá Flávio, você além de estar correto, não pegou pesado: meu comentário foi no sentido de alertar aqueles que lêem os tópicos pela metade, pois já vimos acontecer aqui "mitos" que nem criamos.

Abraços!

Adriano