Exclusão social

[solano]

Exclusão social

Rio de Janeiro, 25 de Novembro de 2010, leio o jornal e a manchete é "O dia" D" da guerra ao tráfego", a cidade está abalada, sem noção do que virá. Muita polícia nas ruas, fato. Muito medo, também. E penso no conceito de vida em grupo, Cidades, civilização, segurança, etc. E vou um pouco além até o cidadão excluído, nasceu pobre, na favela ou no interior e passa necessidade, mora como um rato, vive com a falta de tudo que é normal para nós: água, esgoto, luz, teto, saúde, dinheiro, e outros meio de vida digna. Dignidade, essa palavra soa diferente para cada um, o pobre vê a vida por um triz e sorve-a a cada dia, cada noite que dorme sem fome pode pensar no amanhã sem raiva, é duríssimo ser um pai de família sem recurso e viver nesse mundo cão. Sou um excluído, estou na lama fétida dessa sociedade injusta e condenado a viver sem sonhos longos e me enganar todos os dias com pequenas gotas de felicidade: Meu time, a bunda da cabrocha, o cigarrinho companheiro, a cerveja gelada, e se der sorte como uma carne assada na laje. Estou condenado a não ter aonde morrer, o dente dói, a comida é ruim e não tem prato, só quentinha, calor nesse verão infernal do rio de janeiro. Tenho que ser esperto, dormir pouco, subir o morro com a sacola de mercado cheia para dar um alento à fome das crianças, ficar de olho na patroa para não ficar sem! Tem muito malandro de olho no patrimônio! Contribuir com a associação e comprar o gás na mão de quem manda no pedaço. Andar nas vielas com aqueles meninos armados e cheirados de cocaína, rezar para chegar em casa, se a polícia estiver na área tenho que dormir na calçada, esperar o sol. Não tive escola e meus filhos sofrem para conseguir uma matrícula, e se for perto de casa estou com sorte! Tenho muita fé no Mengão, gosto de ir á praia, mas dá trabalho e custa caro. Votei na Dilma, o Lula mandou! Sonho uma vida melhor, mas prefiro rezar, o pastor prometeu, Jesus olha por nós! Meu coração fica mais leve quando juntos rezamos, tenho fé, sou pobre, mas sou nobre! Aleluia!
Volto a pensar na falta de apoio dos governos e na ganância dos políticos, agora a guerra é posta! Estamos os incluídos, tendo que pensar neles, nos perdidos e abandonados por nós, que elegemos esses malditos governadores. Sociedade, respeito, ordem, regra, educação, planejamento, o coletivo, hospital... Tantas palavras sem aplicação.
A guerra começou? Ainda não, com essas armas nada se fará, a guerra tem que vir com recursos e soluções desarmadas, inteligência de polícia, abordagem estratégica, menos tiros, mais controle e obras. Estamos com medo do excluído, vamos trazê-lo para a sociedade, dar chance e punir com rigor o bandido, mudar essa Lei maluca que solta o vagabundo e ladrão mais cedo, isolar os líderes totalmente.
Vamos colaborar um pouco e cobrar muito, não é só polícia e porrada que resolve, é política pública de qualidade é saneamento, casas, educação, temos que ter coragem de admitir que o Rio de Janeiro não é mais a cidade maravilhosa não, ela está podre e pobre e vai "brincar" de rica, sediar grandes eventos, uma onda de" me engana que eu gosto" vem por aí, e depois? Vai ser o quê?
Só resta rezar e acreditar em Papai Noel, quem sabe ele não assume o governo?

  Roberto Solano

[lucius]

Os factóides não são exlcusividade de Cesar Maia....

Lucius

[solano]

 Amigo

Concordo ! Mas ele era o " Rei do factóde ", veja se não é a cara dele :

"

Factoide
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Um factóide é um fato divulgado com sensacionalismo pela imprensa, este pode ser verdadeiro ou não. Trata-se também de propaganda política mal intencionada. Têm-se notícia do uso do termo já na década de 50.

O propósito de um factóide é gerar deliberadamente um impacto diante da opinião pública de forma à manipulá-la de acordo com as aspirações de poderosos grupos que se utilizam de sua influência na mídia. Estes, em alguns casos estão, ou aspiram ao poder.


                                                                "

Ainda bem que não se elegeu...

Abs,