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Vacheron Constantin quer que mais brasileiros se apaixonem por suas criações

Iniciado por automatic, 11 Maio 2011 às 00:04:49

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automatic

REPORTAGEM REVISTA DINHEIRO DA SEMANA:

http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/56370_JOIAS+DO+TEMPO


Joias do tempo
A luxuosa marca de relógios Vacheron Constantin quer que mais brasileiros se apaixonem por suas criações

Por Suzana Borin

A história da marca de relógios Vacheron Constantin remete à combinação harmoniosa entre a tradição artesanal da Suíça, berço da marca, a tecnologia, aplicada nos mecanismos que indicam os segundos, minutos e horas, e a sofisticação de matérias-primas, como metais e pedras preciosos. Há 250 anos tem sido assim. Seja com relógios de US$ 15 mil ou nos modelos top de linha que chegam a custar US$ 2 milhões.
Além da operação básica de informar o tempo, um relógio da VC também pode ter uma gama de marcações complexas e concentrar múltiplas funções, como revelar as fases da Lua, atualizar os dados nos anos bissextos e marcar os horários do nascer e do pôr do sol. "A tecnologia e o design sofisticados fazem parte do nosso DNA. Somos a mais antiga empresa de relógios do mundo em atividade e preservar a nossa qualidade é uma das nossas missões mais importantes", afirma o espanhol Juan-Carlos Torres, CEO da Vacheron Constantin, que trabalha em Genebra, às margens do Lago Léman.


Torres assumiu o posto há cinco anos e, impressionado com as recentes notícias sobre o bom desempenho do Brasil, fez questão de conferir, in loco, a pujança do País. Também aproveitou a viagem a São Paulo para fazer um corpo a corpo com alguns dos principais clientes da marca por aqui.

O CEO acredita que o brasileiro é um autêntico consumidor de Vacheron, que Torres define como "uma pessoa que tem respeito e conhecimento pelas tradições". Outra característica do consumidor da grife é a discrição. "Ele não gosta de se expor, de aparecer, aprecia e preza as relações familiares e de amizade, pois são, verdadeiramente, o que se tem de mais importante na vida", diz Torres.



O Kallista, de US$ 25 milhões, o relógio mais caro da grife, e o Tour de L'Ile, que chega a US$ 2 milhões

"Nossos relógios se tornam patrimônio de família e são passados de geração em geração." A todo momento, o executivo faz questão de frisar que o cliente típico da Vacheron Constantin é, antes de um apreciador da boa relojoaria, um colecionador.

O primeiro Vacheron chegou ao País em 1835. Desde então a marca manteve uma ligação estreita com os brasileiros. "Fizemos um relógio especialmente para o ex-presidente Juscelino Kubitschek, que usou a peça durante todo o seu mandato, de 1956 a 1961", lembra o espanhol.  Segundo ele, muitos clientes brasileiros acabam comprando suas peças da grife no Exterior. "Queremos mudar isso", diz. "Nossa intenção é fazer com que os brasileiros possam comprar nossos relógios aqui mesmo."

Para isso, Torres sabe que terá de investir, uma vez que há somente quatro revendas da Vacheron Constantin no Brasil, três delas em São Paulo e uma no Rio de Janeiro. A ideia é, ainda este ano, ter mais uma revenda em Brasília e, futuramente, abrir três lojas próprias no País.

De acordo com o CEO, a despeito do crescimento da representação da marca no Brasil, o caráter exclusivo de seus produtos será mantido. "Cada peça é feita à mão e pode demorar de uma semana até seis meses para ficar pronta", diz. "Não somos uma marca de prêt-à-porter."Nosso produto é alta-costura pura." Ao todo são  produzidos apenas 18 mil relógios a cada ano,  distribuídos em 420 pontos de vendas espalhados, por 80 países. 

A Vacheron trabalha com cinco coleções básicas: Overseas, Patrimony, Malte, Quai de L'ile e Historiques. A partir do momento em que um colecionador adquire uma peça, passa a contar com assistência total da fabricante. "Ele encontra, em nossas lojas, o mesmo sigilo e discrição dos bancos suíços", afirma o executivo. É por isso que ele não revela, nem sob tortura, para quem foi vendido, em 1979, o relógio mais caro da história da grife, o modelo feminino Kallista com 201 diamantes, hoje avaliado em
US$ 25 milhões. "Só digo que foi para um banqueiro."

Aero

 Ok, eu já apaixonei. No que eles irão me facilitar pra que eu vá além?


  :-*

michelim

"Nossa intenção é fazer com que os brasileiros possam comprar nossos relógios aqui mesmo."


hahahahaha
"The Quality Remains Long After the Price is Forgotten."

Alberto Ferreira

Salve!


Huuuummmm...  ::)

Citar
...
Torres assumiu o posto há cinco anos e, impressionado com as recentes notícias sobre o bom desempenho do Brasil, fez questão de conferir, in loco, a pujança do País. Também aproveitou a viagem a São Paulo para fazer um corpo a corpo com alguns dos principais clientes da marca por aqui.

...


O CEO acredita que o brasileiro é um autêntico consumidor de Vacheron, que Torres define como "uma pessoa que tem respeito e conhecimento pelas tradições".

...


A ideia é, ainda este ano, ter mais uma revenda em Brasília e, futuramente, abrir três lojas próprias no País.

...



Sei... Sei.
Tá legal...
Agora vai ficar mais fácil.


Abraços,
Alberto

mmmcosta

O CEO acredita que o brasileiro é um autêntico consumidor de Vacheron, que Torres define como "uma pessoa que tem respeito e conhecimento pelas tradições".

Quem será que contou esta história da carochinha pra ele? Em geral, o brasileiro não tem qualquer respeito pelas tradições ou conhecimento delas, sejam suas ou de outros países.

Ele não gosta de se expor, de aparecer, aprecia e preza as relações familiares e de amizade, pois são, verdadeiramente, o que se tem de mais importante na vida.

Se ele espera encontrar este tipo de consumidor no Brasil, vai "cair do cavalo". O que mais tem, e cada vez mais, no Brasil é gente que gosta de aparecer e mostrar o que tem.
Marcelo

TUDA


flávio

Esse é o grande desafio das marcas: "comprar por aqui mesmo". Quem tem bala na agulha para comprar qualquer relógio de luxo está sempre viajando e, se está sempre viajando, não irá comprar por aqui. A única vantagem no Brasa é o crédito. Você compra um Rolex na representante de Brasília dividido de 10 vezes se chorar.


Flávio

Alberto Ferreira

Salve!

Pois é...
Mas, a menos que alguma coisa, lá "em riba", mude...
O que pode ser pouco "provável".



Então...
O crédito...
Ora o crédito...
Tá legal, a classe média emergente vai precisar, não é companheiros...
Vai, sim!

Mas,...
Para os tais "produtos de luxo"...
...logo poderão surgir aquelas tais listas de "supérfluos", para restringir a "farra", e balancear a "balança" (sic),... Melhor dizendo,... grifos meus.

Ou não costuma ser assim?
Alguém ainda não viu esse filme?
:P

Moral da história...
Quem pode, pode (e voa), quem não pode, se sacode (e nem bate asas...).

Abraços,
Alberto

mestreaudi

Ficarmos apaixonados pelas criações da Vacheron Constantin= FÁCIL!!
Comprarmos os relógios Vacheron Constantin aqui no Brasil= DIFÍCIL!!
Rafael.

TUDA


mmmcosta

Marcelo

fernando r

O povo que mais gosta de mostrar o que tem neste planeta é a classe média-alta Americana.
Acho que por isso a Rolex faz tanto sucesso por lá!
Brasileiros, principalmente Novos Ricos(jogadores de futebol, Duplas Breganejas, Pagodeiros de Araque, alguns empresários do setor Sucroalcoleiro, vulgo Usineiros).
também curtem isso.
Mas afinal de contas, pagar 50.000 reais em um relógio e esconder das pessoas é exigir muita humildade de um capitalista em um mundo capitalista não é? rs
Abraço


Citação de: mmmcosta online 11 Maio 2011 às 09:23:04
O CEO acredita que o brasileiro é um autêntico consumidor de Vacheron, que Torres define como "uma pessoa que tem respeito e conhecimento pelas tradições".

Quem será que contou esta história da carochinha pra ele? Em geral, o brasileiro não tem qualquer respeito pelas tradições ou conhecimento delas, sejam suas ou de outros países.

Ele não gosta de se expor, de aparecer, aprecia e preza as relações familiares e de amizade, pois são, verdadeiramente, o que se tem de mais importante na vida.

Se ele espera encontrar este tipo de consumidor no Brasil, vai "cair do cavalo". O que mais tem, e cada vez mais, no Brasil é gente que gosta de aparecer e mostrar o que tem.

Aero

 Fernando,

Tô tentando descobrir segundo sua segmentação entre usuários de Rolex onde eu me encaixo, uma vez que ficou faltando a das pessoas que trabalham pra valer, e que consideram uma opção pessoal pagar o quanto bem entende num produto de qualidade inquestionável e durabilidade conhecida.

fernando r

Vc se confundiu caro colega.
Eu me referi à classe média alta americana.
Eles também trabalham muito. Por isso ganham o que ganham. São executivos, não os proprietários das corporações e também profissionais liberais bem sucedidos.
Mas não me referi à Rolex em relação aos Novos Ricos que mencionei no Brasil.
Disse apenas que esse Novos Ricos gostam de ostentar. Não os culpo. Vão fazer o que com o dinheiro? Guardar para os filhos apenas?
Vc tomou como pessoal pq uniu as duas considerações que fiz.
A Rolex é, indiscutivelmente, a mais famosa marca de relógios do Mundo. E, como eu disse, a classe média alta americana tem essa coisa mostrar o que tem, quanto ganhou em um ano(é um assunto muito comum lá em rodas de colegas/amigos) e coisa e tal.
Ou seja: muitos americanos compram Rolex como sinal de status. Nem todos.
Muitos novos ricos brasileiros também gostam de ostentar(lembra o Roberto Carlos, lateral da seleção brasilieira, quando teve seu futebol questionado e respondeu que tinha no braço um relógio que custava mais caro do que um apartamento, como se isso fosse motivo para não ser questionado em seu futebol que só primava pela força).
Mas não precisa necessariamente ser um Rolex.
Então, eu não me referi a Vossa Senhoria em nenhum instante. Apenas usei a marca como exemplo de ostentação nos EUA.
Abraços.

Citação de: Aero online 12 Maio 2011 às 16:02:36
Fernando,

Tô tentando descobrir segundo sua segmentação entre usuários de Rolex onde eu me encaixo, uma vez que ficou faltando a das pessoas que trabalham pra valer, e que consideram uma opção pessoal pagar o quanto bem entende num produto de qualidade inquestionável e durabilidade conhecida.

flávio

Existe um fato no mercado de alta relojoaria e aqui uso a divisão citada no livro Time to Change. Há 4 nichos na alta relojoaria: independentes, alta relojoaria, luxo e prestige, que eu mudaria para alta qualidade. Do primeiro para o último, o que mais a fábrica preza (em ordem crescente) é cultura, técnica e moda. Quem compra um relógio dos independentes não está muito interessado no design e moda, mas na técnica. Claro, em todos os nichos as qualidades se interpolam. O que quero dizer é que um consumidor de relógio do nicho luxo dá valor a 10% técnica, 10% cultura (história da marca), 80% moda. O inverso é verdadeiro para as marcas mais top.

No mercado, quanto mais desenvolvido ele for, mais darão importância à cultura e técnica. A Europa é exemplo disso. Europeu é grande comprador de marcas que nós só ouvimos falar, as cabeças de bacalhau. Por que? Porque o mercado já é maduro o suficiente, e com uma divisão de classes não tão acentuada, que possibilita que o comprador de produtos caros não o queira para mostrar aos outros. Ele o quer para si. Tem a ver com o individualismo da pessoa.

Citemos, porém, o Brasil como exemplo, que teve um grande aumento da classe média nos últimos tempos. Antes, os produtos de luxo só eram acessíveis aos realmente endinheirados. E produto de luxo significava status e singularidade, separando a pessoa das "outras".

Chego onde queria. As marcas efetivamente conhecidas  e que passam "per si" uma imagem de exclusividade tem maior penetração nos mercados não maduros, coloco aqui Índia, Rússia, Brasil, etc. Na Europa não é assim. O mercado americano é sui generis porque eles tem bala na agulha e população suficiente para entrarem em todos os nichos.

Mas a tendência do mercado e mesmo da pessoa é inicialmente comprar produtos para mostrar não a ela o que é, mas aos outros o que ela é. E isso só pode ser feito com produtos conhecidos.

Daí porque, se perguntar nas ruas do Brasil o que é sinônimo de relógio de rico, 99% das pessoas dirão Rolex, muito embora a fábrica esteja muito longe dos independentes. Imagine, porém, um novo rico. Ele gostaria de ter no seu pulso um Rolex Milgauss  de 15 mil reais ou um Marco Lang (Marco o que? Sacaram?) de 100 mil. Tenho certeza que o Rolex.

Vá, porém, a um mercado bem maduro no que diz respeito a relojoaria, a Alemanha, que foi quem recomeçou o boom do colecionismo mecânico e faça a mesma pergunta. Resposta completamente diferente.

Assim, não é possível generalizar os mercados. O que acontece aqui não é reflexo do que ocorre nos EUA, cada país, cada povo tem sua peculiaridade.

Eu ainda acho que as grandes marcas, as "pica grossa" mesmo, como Vacheron, ainda tem pouca penetração no Brasil por isso.

Mas que os vendedores fiquem atentos: a tendência é pularmos do nível um (pessoas que dão valor a coisas facilmente reconhecidas como "de luxo"), para aquelas de "luxo superior", onde esse reconhecimento é o que menos importa.

Mas claro, para comprar aqui, deverão ter preço, e a carga tributária brasileira não ajuda, porque os mesmos que já atingiram o patamar de não dar a mínima para o que estão no pulso (do ponto de vista de moda), são aqueles que mais gastam e viajam pelo mundo.

Eu não sou exemplo de rico, mas ou exemplo do cara conhecedor: os últimos relógios efetivamente caros que comprei o fiz não aqui, mas no exterior...


Flávio

mmmcosta

Citação de: flavio online 12 Maio 2011 às 18:26:18

Eu não sou exemplo de rico, mas ou exemplo do cara conhecedor: os últimos relógios efetivamente caros que comprei o fiz não aqui, mas no exterior...


Mais um aqui :) Todos os cinco mecânicos que tenho - caros e baratíssimos (Seikos e Swatch) - comprei lá fora.

Beleza de texto, Flávio!

A propósito, achei que nunca tinha sequer visto o nome Marco Lang. Estranho, pois pelos menos de nome conheço, virtualmente, todas as marcas da relojoaria mecânica. Consultei o oráculo Google e descobri tratar-se da Lang & Heyne, de Dresden. Essa eu já conhecia ;)
Marcelo