Mercado de Relógios em queda ?

[Jefferson]

A teoria não é minha, na verdade, veja no corpo da minha resposta que direcionei a Veblen.
Flávio

Sim Flávio, falha minha ao escrever. Na verdade me empolguei com sua citação do cara, pois gosto bastante.

Abraço,

Jefferson

[Enéias]

A queda nas vendas de relógios usados acontece, volta e meia. Acompanho e pratico isso faz tempo. Um detalhe que notei: a despeito da crise os preços de usados estão lá nas alturas, tanto na internet quanto no Masp e afins.

[mmmcosta]

Adriano,

O que eu quis dizer é que no Brasil eles só querem saber de apenas uma marca: Rolex.

Acho que os novos ricos da gringolândia tem uma visão mais "ampla". 

Certamente, o caso da Rolex é muito particular, pois a marca tem um peso gigantesco! A Rolex é um fenômeno nesse sentido.

Mas tenho sentido que isso tem mudado um pouco. O estilo conservador da Rolex, até com relação ao tamanho dos relógios, não anda mais combinando com o estilo do cara que procura ostentação. O Rolex se tornou um relógio até discreto preto do que temos hoje aí para usar como adereço exibicionista.

O atual novo rico, tenho a impressão, não tem mais visto muita graça no Rolex. É uma impressão que tenho, até por contato pessoal com alguns novos ricos.

Abraços!

Adriano

É. Faz sentido.

[kroiden]

Bom, eu não tenho um centésimo do conhecimento dos mestres aqui, mas mesmo assim vou dar o meu pitaco! 

Eu concordo que os novos ricos não ligam muito para o Rolex, pois não é bling bling nem grande o suficiente, mas acho que isso, a longo prazo, só valoriza a marca. Ser o relógio da moda pode ser bom para faturar no momento, mas moda passa, e passa rápido.

Possuir um bom relógio que não seja o último lançamento, a edição limitada da semana, transmite a imagem de educação de berço, cultura, solidez, etc. É o que, num patamar mais elevado, a Patek Philippe faz.

Vejam vocês que a indústria relojoeira já começa a apontar para uma diminuição das caixas dos relógios, ou pelo menos parar de aumentar!

Abraços,

Kroiden

[jfestrelabr]

Nossa já foi a época que o Rolex era um relógio de novo rico hehehe, hoje se não tiver no mínimo 45mm não entra no hall of fame dos novos ricos, até acho que a rolex esta discretamente aumentando os seus diâmetros para possuir alguns modelos entre os com caixa de diâmetros avantajados porem nada que chegue a essas dimensões, o DSSD possui 43mm e não chama a mínima atenção, se vc colocar ele ao lado de um Hublot king por ex ele fica apagadinho hehehehe, lembro da época que 40'' era muito para o meu pulso, hoje consigo vestir um panerai de 44 sem o menor problema, e olha que o panerai já andou nesse conceito dos novos ricos, porem hoje já se encontra esquecido também junto com rolex,m ,Omega e outras marcas excelentes por ai.

[Adriano]

Ser o relógio da moda pode ser bom para faturar no momento, mas moda passa, e passa rápido.

Abraços,

Kroiden

Fato! Certíssimo!

Possuir um bom relógio que não seja o último lançamento, a edição limitada da semana, transmite a imagem de educação de berço, cultura, solidez, etc. É o que, num patamar mais elevado, a Patek Philippe faz.

Abraços,

Kroiden

Fato também! A maioria das marcas tradicionais mantém-se nessa linha de público. Patek, Vacheron, JLC em partes, e as marcas alemãs de Glashütte.

Das tops, quem não se enquadra nesse perfil é a Audemars Piguet. Apesar de eu ser fã da marca, é meio oito ou oitenta: ou os relógios são da linha Jules Audemars, clássicos até demais para meu gosto, ou vão direto para alguns escândalos, tendo já "patrocinado" até rappers americanos... Existe uma faixa de modelos meio termo aí, que é o que gosto na marca. O oito ou o oitenta da AP, detesto.

Abraços!

Adriano

[igorschutz]

A AP, há uns bons anos, era a minha preferida da Santíssima Trindade, porém o excesso de edições limitadas e papagaiadas do Royal Oak Offshore me broxou completamente.

Isso pode ter sido bom para as finanças da empresa, mas para a imagem da marca, foi um tiro no pé. Perdeu a classe...

[Mario_Fpolis]

É complicado escrever o que vou em seguida, parece puro achismo, mas acho interessante.

Na época em que a Folha de São Paulo era excelente, não me recordo se foi o Emerson Capaz - E tenho quase certeza de que foi o Kapaz - ou o primeiro ombudsman que a FSP teve (é, faz tempo) escreveu algo mais ou menos assim:

Brasileiro novo rico é uma tragédia, acha que Rolex é relógio, e nunca ouviu falar em Patek Philippe ou em Vacheron Constantin.
Também dissertou sobre carros, champagnes, charutos e outras coisas, quase sempre apontando que o cultuado pelos novos ricos não era extamente o melhor que o mercado poderia oferecer.
Mas, ou como as pessoas não tinham TANTA bala na agulha como queriam ostentar, ou por pura preguiça ou burrice, seguiam a manada e consumiam o que estava mais em voga pelo marqueting.
Em resumo, disse que um país novo e muito aculturado produz ricos sem conhecimento do que é bom, que busca apenas ícones facilmente reconhecíveis pelos outros.

Isso, aliás, bate exatamente com o que vocês estavam falando até agora.

Interessante, também, que na casa da sogra estava eu ontem a ler a Veja da semana passada ou retrasada, e que agora o novo ícone no mercado são os haras, cavalos e tudo que os cerca, como novo símbolo de status, poder, bem viver.

Acho, novamente apenas acho, que as pessoas que REALMENTE adoram as coisas que são alçadas à novel categoria do A CONSUMIR, tais como relógios, veleiros, cavalos, que estudaram e estudam o assunto e sabem o que é bom devem ficar revoltadas com a chegadas desses bling bling, que inflacionam o mercado, deturpam o conhecimento consagrado, enfim, são verdadeiras patas de elefante.

Você sabe qual o órgão sexual do elefante? A pata, onde pisa fode tudo.

Novamente me escuso por querer contar uma história e sequer saber quem a escreveu. Ainda bem que isto não é uma banca examinadora, mas sim um gostoso bate-papo. 

Abraços do Mário

[Adriano]

Sem querer criar off-topic, charuto é a mesma coisa. Posso falar do assunto com certa propriedade. O "bacana" só quer fumar Cohiba (que, de fato, são mesmo fenomenais, mas não são os únicos). Não importa se é verdadeiro ou falso, desde que todo mundo veja a inconfundível anilha do Cohiba.

Ignora um Robaina ou um H. Upmann e nunca ouvir falar do San Cristobal ou do Por Larrañaga... Ninguém vai saber o que ele está fumando ou quanto dinheiro está queimando, que graça tem?

Aliás, muitos vão para o charuto só para pagar de bacanas mesmo. Não sabem nem para que lado fica Cuba.

Abraços!

Adriano

[Mario_Fpolis]

E Patargas, Adriano, é "barato" demais?

Abraços.

[Adriano]

E Patargas, Adriano, é "barato" demais?

Abraços.

É nada! Adoro Partagas! Não é para qualquer momento, porque é uma "trombada" de forte. Partagas é uma marca bem conhecida, como Montecristo. As que citei são bem menos conhecidas.

Veja que belezinha que eu trouxe de Havana este ano:






Aliás, coincidentemente, hoje, "casual day", estou vestindo uma genuína guayabera Criolla da Partagas, "hecho em Cuba".

Abraços!

Adriano

[mmmcosta]

Brasileiro novo rico é uma tragédia, acha que Rolex é relógio, e nunca ouviu falar em Patek Philippe ou em Vacheron Constantin.

É isso aí, Mário.

[jfestrelabr]

Sem querer criar off-topic, charuto é a mesma coisa. Posso falar do assunto com certa propriedade. O "bacana" só quer fumar Cohiba (que, de fato, são mesmo fenomenais, mas não são os únicos). Não importa se é verdadeiro ou falso, desde que todo mundo veja a inconfundível anilha do Cohiba.

Ignora um Robaina ou um H. Upmann e nunca ouvir falar do San Cristobal ou do Por Larrañaga... Ninguém vai saber o que ele está fumando ou quanto dinheiro está queimando, que graça tem?

Aliás, muitos vão para o charuto só para pagar de bacanas mesmo. Não sabem nem para que lado fica Cuba.

Abraços!

Adriano

Adriano, tem quase um ano que eu não fumo um Cohiba digo quase porque em Aruba foi dificil de não experimentar algumas novidades, agora isso que vc falou é a mais pura verdade, fumo charutos desde 1994, cubanos desde 2001 e não fumo mais nada que não seja cubano, uma coisa que aprendi foi FUME O CHARUTO, NÃO FUME A ANILHA, vc sabe muito bem o que to falando, ano que vem eu vou para Cuba quero ir ao festival pois acho um crime amar tanto esse hobbye e não participar do festival pelo menos uma vez, e claro comprar algumas belezuras como essa jarra linda da Partagas.

Ps:. Ontem eu fumei um Bolivar Gold Medal lendo um catálogo de EL da PANERAI que chegou para mim, combinação muito boa hehehe.

http://www.cigars-review.org/Bolivar-Gold-Medal.htm

[Adriano]

Boa Estrela!

Cara, precisa ir mesmo no Festival del Habano, vale a pena. Não que o festival seja fantástico, mas é bacana participar pelo menos uma vez.

Uma vez em Havana, vai poder comprar de tudo. Mas tenho duas recomendações especiais. Toda Casa del Habano lá tem permissão do governo de enrolar seus próprios charutos, sem anilha, em uma quantidade limitada. Normalmente esses charutos são muito bons. Dois deles são exemplares e devem estar entre os melhores charutos de Cuba. Vale a pena comprar alguns.

São eles o charuto da Casa del Habano do hotel Melia Habana, que é um pouco afastado do centro. Lá tirei uma onda com um Monte A, nunca tinha experimentado um!




E na Casa del Habano do Hotel Conde de Villa Nueva, bem em Habana Vieja. Estes últimos são feitos só em tamanhos fora de padrão, normalmente gigantes! Ótimo tabaco! Veja:




Vixe, abusei do off-topic! 

Um abraço!