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Isso é relevante!

Iniciado por igorschutz, 06 Janeiro 2012 às 11:29:44

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igorschutz

Opinião é como bunda: todos têm a sua. Você dá se quiser.
Opinião é como bunda: você dá a sua e eu meto o pau.

NÃO ACREDITE NO QUE 'FALAM' AQUI, ESTUDE BEM E TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES

Gravina

 :o :o :o :o :o

Sem lubrificação?...desgastes
"To mais por fora do que umbigo de vedete"........pô, esta é velha!

Grato por compartilhar

Abs

Gravina

Octávio Augusto

Concordo!
Bastante interessante. Queria ver um protótipo funcionando. Os números impressionam.
Abraço,

Octávio Augusto

Atalo

Bom,
Se meu inglês macarrônico me permitiu entender alguma coisa, trata-se de um escapamento gira a trocentas por minuto, com aquela mola ( ???) de silício e um conjunto de magnetos?
E o escapamento funciona sem contato direto metal/metal?
eu, hein!?!?! ??? ???

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rpaoliello

Caríssimos;

Li o artigo e fiquei muito curioso. Sou do tipo que não dorme até entender como funciona estes negócios!!! Sou assim desde pequeno.

Bom, pelo que li e pelo meu parco conhecimento de um quase Advogado (amante de engenharia, mecânica, eletrônica, carros ...) que tem por diversão relojoaria !!!

Acho que o "negócio" funciona assim: primeiro existe um sistema de ressonância (este como fenômeno ondulatório no qual ocorre a interação das ondas com fases iguais aumentando sua amplitude)  que serve para mover o balanço magnético.

Veja um exemplo  interessante desta interação é quando uma tropa militar marchando ordenadamente  passa sobre uma ponte em certa freqüência de marcha, caso esta freqüência seja a de ressonância, a amplitude da onda (procurem no youtube tem vários vídeos impressionantes de pontes caindo por causa de ressonância com o vento) gerada na ponte pode fazer com que a ponte caia.  Saliente-se, que tudo possui uma freqüência de ressonância.

Assim, a idéia (no meu modesto conhecimento e com as informações do artigo) do relógio talvez seja a de fazer oscilar,  por meio de uma caixa de ressonância acústica, na freqüência de ressonância da roda de balanço  magnética, a qual irá oscilar nesta frequencia, fornecendo pela força magnética o torque necessário para acionar o  relógio mecânico comum.  Com a ressonancia as oscilações precisas seriam transmitidas para o balanço e daí para frente é um relógio comum.

Vejam, um simples exemplo musical; quando tocamos um violão. Damos um impulso na corda que irá ressoar na sua freqüência natural que varia com sua espessura, material, diâmetro.
A frequência é precisa e caso continuemos a tocar a vibração será mantida (caso paremos de tocar a energia irá diminuir até parar).

No relógio em tela a idéia é essa a caixa de ressonância deve "alimentar" a vibração do balanço  por meio magnético. O qual com sua vibração constante  em freqüência correta acaba por medir o tempo, servindo de relógio.       

As vantagens seriam a falta de "contato" mecânicos entre as peças não havendo atrito ou desgastes.

Agora o que não fica claro é a natureza do sistema de oscilação, que poderia ser facilmente obtida por um circuito eletrônico ajustado por um cristal de quartzo (aí cairíamos em um relógio de quartzo comum, diferente somente pela alta complicação do acionamento, quando nos comuns ocorre pela conhecida bobina eletromagnética, barata e infinitamente mais simples).   

Lembrem-se, que a idéia da freqüência de ressonância em relógios não é nova, já usada nos "tunnig fork" (Bulova Accutron) com explicações no lapidar artigo no site principal "o zumbido do diapasão" de autoria do forista Igor.

É mais ou menos isso que imagino,  como um leigo. Desculpem-me por qualquer bobagem.

Um abraço a todos.


Alberto Ferreira

Salve, amigos!

Eu também gostaria de ver funcionando, ou melhor, eu gostaria que funcionasse (que funcionasse bem, de forma prática, na vida real, digamos...).

Eu sou engenheiro mecânico, e o meu lado técnico me faz não descartar os avanços tecnológicos, nunca.
Aliás, nós não podemos, caso contrário a Engenharia não avançaria.
Mas sempre com o lado prático em mente.
Ou a coisa pode não passar de exercícios teóricos.

Eu não posso dizer que seja este o caso e, por isso, eu também espero que seja realmente algo relevante, como bem colocou o amigo Igor.


Atrito e inércia são para nós, os mecânicos, algo um tanto "Yin-Yang"...
Ou seja, nós precisamos deles para que os nossos mecanismos funcionem, mas são justamente eles que também, por vezes, nos criam as tais "impossibilidades".
E nós lutamos contra eles "eternamente",  como verdadeiros "highlanders".

Mas,...
O que já foi (dito) "impossível", hoje não é (tanto).
Portanto, eu quero (mesmo) ver, e crer.

Abraços,
Alberto

rpaoliello

Alberto; realmente suas palavras são ótimas. O atrito é vilão em motores (mancais, bronzinas) e é o herói em freios, embreagens. Daí, ser ótima a sua figura "Yin-Yang".

Também quero muito ver funcionando um sistema brilhante como o idealizado. Talvez tenha parecido que critiquei o sistema, mas, na realidade, busquei apenas um raciocínio de seu funcionamento destacando o que me pareceu correto.

E sem dúvida que a engenharia não irá evoluir com a prática separada da teoria, sob pena de virar utopia (sem aplicação).

A final de contas engenharia na sua pureza é a genialidade do engenho, da criação, tornando o impossível, factível. 

É de relevo que você, pelas suas palavras, é um Engenheiro (de verdade), difícil de se ver. Parabens!!! Olha que tenho experiência em reconhecer isto, pois cresci em uma empresa de engenharia e meus pais são engenheiros.     

Um forte abraço.

Wadley

Colegas,

Não é o mesmo princípio daquele Tag Heuer lançado no ano passado ?
Wadley

Anderson79

Citação de: Octávio Augusto online 06 Janeiro 2012 às 13:13:46
Concordo!
Bastante interessante. Queria ver um protótipo funcionando. Os números impressionam.
Estou com o amigo, vamos ver o bicho vivo :D :D

Arkitekt

a espera acaba aqui eis o video, ainda é cedo para ver por completo, mas ja da para se ter uma ideia, e o mais legal de tudo, eles tem a ideia dos antigos de que toda criação deve ser compartilhada, então quer dizer que veremos varias marcas com esse novo mecanismo(escapamento) mas ainda é cedo acredito que ainda vai demorar um pouco :) :)http://www.worldtempus.com/en/news/top-news/detail/article/1325666130-de-bethune-high-frequency-escapements/

espero que gostem :) :) :)

Anderson79

É impressionante quando temos a portunidade de ver uma cena desta, quantos profissionais envolvidos, quanto trabalho, estudos, testes, a busca pela perfeição do produto final...tudo isto para uma nova criação. É.... cada dia que passa, eu fico mais apaixonado(ou louco) por relógios.

valeu pelo video amigo Arkitekt :D :D

flávio

Coisas interessantes:

1) Vejo o "balanço" vibrando muito, mas muito rapidamente na extrema direita. Na verdade não é o balanço, mas apenas aqueles "imãs", sei lá. Mas o que fornece energia para que vibrem? Por outro lado, a roda de "escape" seria a que está na esquerda, mas que não faz contato com o sistema? E a velocidade das rodas girando? Como contornar o desgaste?

2) O Master Watchmaker deles usa um Tissot Touch!  :D


Flávio

rpaoliello

Flávio, vou ver melhor o vídeo mas acho que consegui explicar suas perguntas(veja nos tópicos anteriores). Caso tenha dúvida tento explicar melhor. Um abraço.

flávio

Eu sei o princípio, mas o que coloca o sistema para funcionar. E, pior: o que o mantém em ressonância? Com ou sem ressonância, não há moto-contínuo, as vibrações devem ser mantidas de alguma forma.

Flávio

rpaoliello


Flávio;

Este é o ponto, que nem o vídeo nem o artigo esclarece!!!

Eu cheguei a comentar antes e continuo achando que a vibração (ressonância) provavelmente deve ser mantida por algum circuito eletrônico, um oscilador. Circuito este que deve ter sua freqüência regulada por um cristal de quartzo.   
Mas isto é minha imaginação; vamos ver se algum colega imagina (ou descobre) algo diferente.

Um abraço.

flávio

Como disse, não faria sentido - ainda mais vindo do Flageollet - um circuito eletrônico. Aguardemos...

Confesso, porém, como já disse alhures, que a indústria relojoeira suíça de LUXO, disse DE LUXO, tem um caminho difícil, que é evoluir, sem se afastar do que mantém sua áura, que são as tradições históricas. Nesse sentido, já disse aqui mais de uma vez: eu não sou lá muito fã do uso desses materiais space age em relógios que, fundamentalmente, deveriam carregar um "quê" de artesanato.

Claro, isso demonstra o savoir faire da fábrica mas não faz muito sentido. Na verdade, nem as máquinas CNC fazem muito sentido para mim. Ah Flávio, mas antigamente, tudo era feito de forma tosca e evoluiu com máquinas. O CNC nada mais é do que a evolução do torno. Bem, em certo ponto é verdade, porque a máquina não se programa sozinha. E ela também não se prepara por conta própria. Na verdade, quando visitei a fábrica da Glashutte Original, disseram-me que só a preparação da CNC para feitio dos ebauches demorava 2 dias inteiros, entre colocação das peças e preparação (já que a mesma máquina é usada para um monte de coisas). Mas depois, ela trabalhava sozinha por 8 a 24 horas até tudo ficar pronto.

Mas a discussão vai longe...Eu, por exemplo, acho que o desenvolvimento da metalurgia, algo que a Rolex fez com suas molas parachrom, é muito mais interessante do que as molas absolutamente não magnéticas em silício, uma tecnologia completamente space age.

Mas enfim...

Para alguma coisa irá servir, nem que seja como conceito.


Flávio

Alberto Ferreira

Citação de: flavio online 08 Janeiro 2012 às 20:02:30
...

Para alguma coisa irá servir, nem que seja como conceito.

...


Salve!

Concordo.
E voltando ao "moto" do tópico.

Isso é relevante. Sempre é!

Abraços a todos!
Alberto