Menu principal

Notícia da Swiss Info sobre formação de relojoeiros

Iniciado por admin, 13 Março 2012 às 18:37:04

tópico anterior - próximo tópico

flávio

http://www.swissinfo.ch/por/economia/Oficio_de_relojoeiro_faz_sonhar_novamente.html?cid=32256184


Na minha viagem a Glashutte, fiz questão de agradecer aos caras. Uma mulher novinha polia parafusos (black polish) enquanto o relações pública nos explicava o processo. Ela notou, através dos vidros, que a observavamos atentamente. E ela agradeceu com um "thank you" que me pareceu bastante sincero. Eu deveria agradecê-la. Ficou guardado na minha mente...


Flávio

Cigano

É muito confortante ler essa informação, é um ofício que eu sempre acreditei, mais com um certo receio de até quando iria existir...

Obrigado por compartilhar caro Flávio!!


PS: Bonitinha a mocinha!! 8) ::)
Abraços,
Cigano!

VIP

Instagram : @vip_watch_brasil

https://instagram.com/vip_watch_brasil/

Membro do RedBar Brazil

Jefferson

Olá pessoal,

Flávio, obrigado por compartilhar.

Eu tenho me perguntado se haveria espaço para a retomada da formação desses profissionais no Brasil.

Com a expansão da rede federal de educação técnica (Institutos Federais), ou mesmo através da iniciativa privada.

Acho que é condição fundamental para que as vendas dos mecânicos, independente do nível de preço, mantenham-se sustentáveis.

Abraços,

Jefferson

flávio

Cara, acredito que, hoje, não só aqui como no resto do mundo, a assistência técnica seja o calcanhar de Aquiles do negócio. Não há profissionais em número suficiente, não sei qual é a remuneração no Brasil, não há cursos técnicos (tudo fica por conta das fábricas, mas investir em quem?), etc. No final das contas, o consumidor não quer um serviço ultra caro e, pior, demorado, como normalmente acontece. Pior ainda: quando os relógios são efetivamente complicados, só mandando para fora. Ninguém quer isso! Como resolver? Não sei...


Flávio

Jefferson

Realmente complicada a questão.

Um dos problemas seria: onde conseguir professores/instrutores?

Do lado da iniciativa privada, penso que seria mais tranquilo, há relojoeiros com treinamento no exterior, etc.

Uma iniciativa do serviço público é relativamente simples. Cria-se todo tipo de curso técnico nos institutos federais. O entrave seria a necessidade de pessoal com formação comprovada, algo como uma graduação.

Como a atividade praticamente se extinguiu, seria necessário fazer como nas origens da USP, importar professores do exterior. Surge outro problema, os salários. Um relojoeiro qualificado certamente ganha bem mais trabalhando como tal do que como professor... :P

Um modelo interessante seria a educação à distância, pois a partir de um pólo (ex: SP) atenderia pessoas interessadas em todos o país. A questão é: e a parte prática?

Hoje se compra bons relógios mecanicos (ex: Orient), por cerca de R$ 500,00 em redes de lojas. Para um público que volta a se interessar por mecânicos, e um mercado em amadurecimento, é necessário haver manutenção, caso contrário a decepção lhes conduzirá novamente aos quartz, penso.

Abraços,

Jefferson

zandorman


Alberto Ferreira

Salve!

E, tem um outro ponto, bem sério.
O ferramental e as instalações.

Eu falo de ferramental adequado e atualizado.
Claro que há exemplos, mesmo aqui no nosso "convívio" de investimentos neste sentido.
Mas, convenhamos, ou digamos com todas as letras...
Isso é a mais completa exceção.

Profissionais bons, sérios, competente e interessados,... Aqueles a quem pessoas como nós (amantes dos relógios mecânicos) confiam os seus.
Como são estes profissionais, em termos de ferramental e instalações (oficinas)?
Muitos, infelizmente, continuam atendendo em "portinhas" (desculpem o termo, dito assim, rudemente, para que fique claro o ponto a que eu me refiro) de frente para o tráfego das ruas.
Equipamentos, que funcionam, mas já superados há décadas...

Muitos foram autodidatas e eles fazem o que podem...
...e nós, sem outra alternativa (ou com poucas), aceitamos.
Confiando na capacidade técnica e na boa vontade (amor à arte) daqueles valorosos profissionais.
Eu faço isso, não sou exceção.

Mas, para onde vamos?
Se a demanda, por manutenção dos "complicados" e sofisticados, crescer (mais do que já faz)?
Para onde irão?

Investimento.
Sim, investimento.
Mas, quem vai garantir o retorno?
Nós...

Melhor dizendo... Infelizmente, alguns (poucos) de nós.
E la nave va...

Será que há rochedos na "rota"?

Abraços a todos!
Alberto