Menu principal

Peças mais frágeis de um relógio / mais trocadas em reparos

Iniciado por Leandro, 22 Maio 2012 às 01:48:51

tópico anterior - próximo tópico

Leandro

Alguém poderia me dizer quais são as peças que são mais facilmente danificadas em um relógio ou aquelas que mais freqüentemente precisam ser substituídas ou reparadas em uma revisão?  Penso que a pulseira (se for de couro) é um dos itens que mais se desgastam, seguido por vidro, bezel e coroa, além das vedações, que por seu ressecamento natural precisam ser repostas periodicamente?  Alguém gostaria de adicionar algum item à lista?  Alguém aqui já experimentou, ao comprar um relógio novo, montar um "kit reparo" tentando se precaver da escassez de peças no futuro?

Um abraço,
Leandro

Paulistano

oi amigo Leandro
a idéia até que seria boa, a não ser pelo fato de que as peças de reposição também envelheceriam, ressecariam etc.
no meu entender, é difícil responder ao que vc perguntou...
não acho que tenha uma peça que se desgasta mais...tudo dependerá do cuidado que você tem com o relógio como um todo.
a manutenção periódica é imprescindível, e evita muita chateação futura.
quanto as pulseiras, é fato que elas se desgastam muito, no relógio ou fora dele...por incrível que pareça.
enfim, entendo como empatar dinheiro fazer estoque de peças.
abraços.

Leandro

Citação de: Paulistano online 22 Maio 2012 às 07:21:21
oi amigo Leandro
a idéia até que seria boa, a não ser pelo fato de que as peças de reposição também envelheceriam, ressecariam etc.
no meu entender, é difícil responder ao que vc perguntou...
não acho que tenha uma peça que se desgasta mais...tudo dependerá do cuidado que você tem com o relógio como um todo.
a manutenção periódica é imprescindível, e evita muita chateação futura.
quanto as pulseiras, é fato que elas se desgastam muito, no relógio ou fora dele...por incrível que pareça.
enfim, entendo como empatar dinheiro fazer estoque de peças.
abraços.

Paulistano,

Obrigado por sua resposta.

Penso que algumas peças de reposição de fato envelhecem, como juntas de vedação, pulseira e outras.  Por outro lado, algumas são facilmente desgastadas (não há relógio de uso diário que não acabe com alguma marca no vidro) e outras, pelo que leio aqui, são facilmente perdidas (nunca perdi a coroa de um relógio, mas vejo alguns colegas aqui com modelos vintage sem suas coroas originais).

Especificamente no caso dos vidros, penso que alguns formatos, como os vidros quadrados ou mais abulados, podem ser difíceis de reproduzir se o fabricante já não dispuser de peças originais de reposição e, mais uma vez, especificamente no caso dos vidros, não me parece que desgastem com o tempo se forem devidamente guardados.

De fato, fazer estoque de peças é empatar dinheiro, porém, se uma peça provalmente necessitará de reposição e não estiver disponível, o relógio inteiro ficara parado, na gaveta, e também será dinheiro empatado. 

Um abraço.

Adriano

Realmente, há peças que são perecíveis. Eu particularmente não acho que seja boa idéia. Se o relógio é de um fabricante importante, seus netos encontrarão peças pra ele. Se a marca extingue as peças após alguns anos depois do relógio sair de linha, é de se pensar se é um relógio que mereça ser guardado.

De todo modo, juntas de vedação, vidros acrílicos, cordas, tambores, rodas inversoras e eixos de balanço são as peças mais propensas a desgaste.

Abraços!

Adriano

Alberto Ferreira

Salve!

Pois é...

Esta é a questão, a meu ver,...
Ter para uma dificuldade (logística) de acesso, para um reparo expedito, etc...   ...ou para "investir" (precaver) para o futuro?

No caso da última hipótese, eu também acho que não vale a pena.
Como diz o Adriano, deixe o problema para os netos.  ;)


Mas,...
A idéia não é nova não.

O Douglas já postou aqui, mais de uma vez, o movimento em que há um espaço interno aonde vinham acomodadas, de fábrica, algumas peças...

Vamos aguardar que ele nos leia e poste outra vez aquelas fotos...

Abraços a todos,
Alberto

Octávio Augusto

Lembro que era um relógio de bolso! Há um "compartimento" com peças de reposição.

Sobre o fato de empresas perpetuarem a manutenção de seus relógio, dou um baita ponto positivo para Omega. Até hoje fazem até mostradores para seus relógio mais antigos como os 30t2(só o preço que passou a não ser tão convidativo, mas vale a pena se tiver apreço pelo relógio).

Já ouvi que a Rolex só garante até 25 após o encerramento do modelo em linha. Depois disso, a autorizada nem recebe mais. Também já ouvi casos da Rolex não receber os Daytona Valjoux 72 para manutenção.

Outro caso, é que meu Pai tem um Baume&Mercier Baumatic dos anos 80(tipo Rolex Oyster 31mm), e não encontramos mais bezel, pulseira... É um relógio que "eu" dei de presente para ele, quando tinha uns 3 anos. Ele conta que eu o acordei, batendo com o relógio na cabeça(de leve, claro!). Um relógio carregado de sentimentos. Uma pena.
Abraço,

Octávio Augusto

JotaA

Umas peças que dependendo do modelo, talvez valesse a pena guardar, seria na minha opinião: Mostrador, ponteiros, bezel. Peças estéticas.

Um exemplo bem bobo, imagina o camarada que comprou lá nos idos de 65 um Seiko 62Mas e por cuidado comprou um kit estético original (mostrador bezel e ponteiros). Nego ia vender a mão para ter um relógio desse.

Mas como disse anteriormente, depende do modelo.

Abraços


Ps. vou fazer isso quando comprar meu Seiko MM.  ;D ;D ;D

Cosentino

Sendo bem sincero amigos, abro um pequeno parênteses. A grande maioria dos aflitos pequenos colecionadores (como eu) não fica com um relógio tempo suficiente para a manutenção corretiva. Na maioria das vezes, compra o relógio já revisado e com garantia do fornecedor( mesmo que este seja informal). Usa cada modelo em média a cada duas ou três semanas sempre de olho em uma nova transação. Creio que um relógio (de valor agregado) fica em nosso poder em média por 01 ano, e é vendido no mesmo estado e preço que foi comprado (talvez um pouco depreciado). Essa é minha opinião. É claro que não contamos com as questões sentimentais, como modelos que estão na famíla a décadas, ou que foram adquiridos ou recebidos em momentos de comemoração ou premiação. Mais uma vez digo,essa é minha opinião. Abs

JotaA

Citação de: Cosentino online 22 Maio 2012 às 16:58:31
... A grande maioria dos aflitos pequenos colecionadores (como eu) não fica com um relógio tempo suficiente para a manutenção corretiva. ...

Na minha opinião, não seria um colecionador. Um apreciador talvez.

Cosentino

Concordo Plenamente: Apreciador - Que ou quem se ocupa de qualquer assunto, ou exerce uma arte, por gosto, como amador, e não por ofício ou obrigação.  :)

Cosentino

Em Contrapartida... O colecionismo - É a prática que as pessoas têm de guardar, organizar, selecionar, trocar e expor diversos itens por categoria, em função de seus interesses pessoais.  ;)


Leandro

Citação de: Cosentino online 22 Maio 2012 às 16:58:31
Sendo bem sincero amigos, abro um pequeno parênteses. A grande maioria dos aflitos pequenos colecionadores (como eu) não fica com um relógio tempo suficiente para a manutenção corretiva. Na maioria das vezes, compra o relógio já revisado e com garantia do fornecedor( mesmo que este seja informal). Usa cada modelo em média a cada duas ou três semanas sempre de olho em uma nova transação. Creio que um relógio (de valor agregado) fica em nosso poder em média por 01 ano, e é vendido no mesmo estado e preço que foi comprado (talvez um pouco depreciado). Essa é minha opinião. É claro que não contamos com as questões sentimentais, como modelos que estão na famíla a décadas, ou que foram adquiridos ou recebidos em momentos de comemoração ou premiação. Mais uma vez digo,essa é minha opinião. Abs

Cosentino,

Ainda não fiquei com um relógio tempo suficiente para a manutenção corretiva porque iniciei-me no hábito há seis anos, mas meus relógios têm mais de duas ou três semanas.  Costumo comprar um relógio para marcar um feito na vida e muito freqûentemente uso aquele modelo quase todos os dias até que outra situação me leve à compra de um novo modelo.  Deste modo, acabo usando um relógio quase diariamente por cerca de 01 ano e depois, no ano seguinte, algumas vezes dependendo da ocasião.

Vendi poucos relógios em minha vida, embora agora esteja planejando uma grande venda para comprar um que venho mentalizando há anos.

Talvez esta diferença em nossos hábitos de colecionador expliquem a diferença de pontos de vista em relação a este problema.

Um abraço,
Leandro

Adriano

Eu já procuro não associar demais um relógio à alguma ocasião especial justamente para não me apegar demais ao objeto, pois para mim, não é algo que me faça bem, não é algo muito saudável. Procuro não escolher demais um relógio para uma ocasião, prefiro escolher como em qualquer outro dia. Aliás a única vez que fiz isso foi em uma ocasião em que escolhi o relógio que deu início a tudo. Esse sim, é um relógio que não tem valor (e que comercialmente não vale nada).

Todos os outros, por mais que eu goste, todos eles tem preço. A maioria não pretendo vender jamais, mas eles tem valor e não sei o dia de amanhã. E embora problemas financeiros possam acontecer, nem é isso que me preocupa, mas sim no sentido de que vai saber se amanhã não aparece um relógio melhor ainda e eu precise meter um na fogueira? Sei lá, já aconteceu antes. Já tive relógio que pensei que fosse o máximo, o ápice, e que jamais me desfaria. O tempo passou, algumas coisas mudaram e acabei me desfazendo. Com o dinheiro, deu para comprar outro relógio mais barato mas bem mais colecionável, deu para fazer uma bela viagem e sobrou troco. Vendi por menos do que paguei, mas saí no lucro no final. Se tivesse me apegado à ele, talvez estaria aqui com ele ainda, e a grana empatada.

Então encaro meus relógios com uma paixão, um prazer, uma das razões para trabalhar duro, mas ainda, um patrimônio financeiro, nunca um patrimônio sentimental. Já tive apego, mas aprendi a não ter mais. Quero tê-los, e quero ter mais, e melhores. Mas se amanhã ou depois um precisar ir embora por uma razão ou outra (melhor ainda se tiver que ser por outro relógio), pode ir. Ao não me apegar sentimentalmente à eles, a coisa toda torna-se muito mais fácil.

Realmente aprendi que não me faz bem esse apego. Pode transformar o prazer em sofrimento.

Abraços!

Adriano

Rafa_Almeida

Testemunho muito legal Adriano! Penso por ai também...

Abraços,

Rafa