Contato na Marinha

[igorschutz]

Prezados amigos,

Entre 1914 e 1917, por conta de afundamentos de navios brasileiros pela marinha alemã durante a Primeira Guerra, o Brasil deteve e nacionalizou navios alemães que estavam ancorados em portos brasileiros.

Meu bisavô era marinheiro mercante em um desses navios e, por conta deste fato, por aqui permaneceu até o fim da vida e cá estamos todos seus descendentes.

Estou em busca de informações sobre este fato, mas precisamente, de um documento que comprove a "internação" do meu bisavô, como tripulante de um desses navios, em terras nacionais. Tenho apenas pistas de qual seja o navio que ele trabalhava e sei o ano em que ele ficou retido no país.

Penso que a Marinha possa ter algum tipo de documento onde se registrou os dados dos tripulantes que ficaram sob a custódia do Governo Federal. Portanto, se alguém tiver algum contato, ou um conhecido que tenha algum contato que possa me ajudar nessa empreitada, ficarei eternamente agradecido.


Um abraço,

Igor

[Alberto Ferreira]

Igor, como vai o amigo?

Tente de alguma forma um contato com o Vilfredo Schürmann, sim, aquele dos veleiros e navegações ao redor do Mundo.

Ele executou um extenso programa para localização de um U-boat que foi afundado aqui na costa de Santa Catarina.

O submarino foi encontrado e ele está agora preparando uma série de documentários com a saga das buscas.
Eu tenho certeza de que em suas pesquisas documentais ele deve ter colhido muitas informações e dados e talvez possa lhe indicar um "caminho das pedras".

Abraços!
Alberto

[Adriano]

Putz, que legal a história. Bem, não tenho como ajudar, mas escrevo apenas para desejar sorte e que consiga encontrar essas informações!

Abraços!

Adriano

[flávio]

Porra velho, acho o máximo essas histórias de descendentes! E a Marinha Alemã, será que não tem documentos?


Flávio

[igorschutz]

Obrigado pelos comentários, Alberto, Adriano e Flávio.

Alberto, qualquer ajuda é bem vinda. Vou procurar algum contato dos Schürmann.

Flávio, quero redigir um texto caprichado e depois pedir para um amigo traduzir para alemão, e aí vou enviar para algumas repartições que possam ter algo sobre o assunto, tais como Marinha alemã e Ministério das Relações Exteriores.
Mesmo se eles não tiverem documentos, se souberem me encaminhar pra algum lugar, já será de grande valia.

De qualquer forma, já enviei um e-mail à Companhia que sucedeu a proprietária do navio que suspeito que meu bisavô tenha vindo. Vamos ver se respondem.

Infelizmente, conseguir esse tipo de coisa aqui no Brasil não é fácil. Documentos não são bem preservados e funcionários não são muito prestativos.

Um abraço!

[Carbonieri]

Igor, consegui todas as informações que queria, inclusive solicitei cidadania italiana e consegui, através de documentos fornecidos pelo museu do imigrante, que inclusive tem site e dá pra fazer algumas consultas pela net. não sei se pode ser útil no seu caso. ou se já tentou esse caminho...fica ai a dica...abraço

[Leandro]

Já tentou o arquivo histórico do Itamaraty?  Acho que lá é que estão os registros do imigrantes.

Um abraço,
Leandro

[igorschutz]

Carbonieri, obrigado pela dica. O Museu do Imigrante já foi pesquisado, e sem resultados. O problema é que meu bisavô não era imigrante propriamente dito, ele era membro da tripulação e ficou detido quando da apreensão do navio. Depois de liberto, segundo meu pai, ele ganhou um dinheirinho a título de indenização e saiu rodando pelo Brasil.

Leandro, obrigado pela dica. Irei pesquisar. Hoje de noite vou mandar um e-mail.


Um abraço!

Igor

[Fe]

Igor,

Um amigo achou bastante informacao no site "ancestry.com".

Eles tem um "free trial" de 14 dias e a pesquisa feita no site muitas vezes inclui documentos escaneados relativos a pessoa que se procura.

Boa sorte na sua busca,
Fernando

[igorschutz]

Fe, obrigado pela dica! Tentei buscar nesse site, mas sem sucesso, apesar do meu bisavô ter morado dois anos em NY e ter passado pela cidade antes de vir ao Brasil e o navio apreendido.

Um abraço!

Igor

[rpaoliello]

Igor; não sei como lhe ajudar, mas apenas imaginando.

Tentou buscar o local de matrícula do navio. Todo navio é matriculada em determinada capitania dos portos. E por se tratar do povo germânico talvez tenham algum resquício de documentos de tripulação.

Por outro lado, poderia fazer uma pesquisa normativa para ver o decreto-lei, portaria resolução que determinou a "nacionalização", apreensão do navio. Talvez encontre dados que indiquem aonde, melhor por qual órgão foi operacionalizada a apreensão.

Muitos órgãos mantém arquivos que são públicos exceto quando portem segredo de estado (fiz uma monografia nesta área).

Espero que lhe ajude.

Boa sorte.

Abraço.

Renato
 

[ThiagoDF]

Boa sorte Igor!

[igorschutz]

Renato,

O Decreto Legislativo 3.226/1917 autorizou o Presidente a tomar as medidas necessárias para apreender os navios alemães, e no Decreto 12.501/1917 o Presidente determina a apreensão e nacionalização dos navios.

Em nenhum dos textos legais há atribuições ou menção aos tripulantes. São normativas bem enxutas, aliás.

Agradeço o apoio!

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Thiago, obrigado pelo apoio!


Um abraço,

Igor

[paulorocha]

Igor, vou fazer uma segunda tentativa. Aviso se tiver algum sucesso.

[igorschutz]

Obrigado, Paulo!

Ontem mandei um e-mail para a empresa (HAPAG) que eu pensava ser a sucessora da antiga companhia dona do navio que suspeito ter trazido meu bisavô e hoje eles já responderam (a famigerada eficiência alemã!) indicando que a verdadeira sucessora e ex-dona do navio é a Hamburg Süd.

Vou fazer contato e ver se eles possuem alguma informação.

Um abraço!

Igor