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A história dos movimentos "Hi beat" da Seiko

Iniciado por admin, 26 Junho 2014 às 11:21:45

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flávio

Ontem apareceu no fórum um Seiko Lord Marvel na seção "qual relógio está usando hoje". Sabendo tratar-se de verdadeira "mosca branca", o primeiro modelo da Seiko com movimento vibrando a 36000 bph, lembrei deste artigo bem bacanudo da Monochrome, que não lembro de ter sido divulgado aqui.

Não vou ressaltar a obsessão da Seiko pela precisão nos seus GS, pois discutimos muito isso aqui. Aliás, se não me falha a memória, a Seiko alcançou excelentes posições na última competição de observatório oficial, em 1968. Também não vou discutir o acabamento estético externo de um GS novo, que em muitos aspectos é superior a um Rolex (e é mesmo...), muito menos a aparente simplicidade de seus movimentos, sem acabamentos estéticos fantásticos, mas com acabamentos funcionais da pesada, sobretudo onde interessa, escapamento, pinhões, pivôs e rodagem.

Mas esse artigo é bacana porque desmistifica não só qual foi o primeiro Seiko vibrando a 36000, como também indica que os King Seiko estavam no mesmo patamar dos GS, sendo que o que os diferenciava eram os fabricantes dentro da própria Seiko, a Dani e Suwa Seikosha, que inclusive criaram uma saudável "competição" informal que trouxe frutos para ambas.

Primeira parte do artigo aqui:

http://monochrome-watches.com/seikos-affinity-to-hi-beat-movement-part-one/


Segunda parte aqui:

http://monochrome-watches.com/seikos-affinity-to-hi-beat-movement-part-two/


Para aqueles que não sabem ler em inglês, joguei os textos no Google Tradutor para testar e acho que vale a pena encarar, apesar da nítida tradução "Mestre Yoda", se é que me fiz entender...


Flávio

mario.lobao

Não tinha conhecimento desta linha premium da seiko; obrigado pelo artigo.

Clélio


Amigos,  ha algum tempo,  numa feirinha vi um KS abandonado, o mostrador estava bem manchado com marcas de infiltração, a medalhinha de ouro já havia sido arrancada, pulseira generica... enfim os melhores dias ...
   Eu tenho um grave historico de comprar peças com intenção de recupera-las e muitas vezes ( a maioria) me dar mal... Bom, desta empreitada fiquei com medo a acabei deixando passar por saber da dificuldade de manutenção....:-\
   
     Voces arriscariam ?
     Acham que valeria ter um puta relógio funcionando mas em pessimo estado ?

   
Abs

flavio

Depois que nosso colega Igor aqui conseguiu comprar um gs dos anos 80 ou 90 na caixa, sem uso, com certificado, etc, por um preço bem razoável, deixaria passar. Relógio bom é relógio zero, mesmo que antigo, e eles sempre surgem por aí. Flávio

Edu164

Muito bom, Flávio!

Obrigado por compartilhar  ;)

Edu
"não faça para os outros aquilo que não gostaria que fizessem para você..."

Bernardo

Citação de: Clélio online 26 Junho 2014 às 14:21:29

Amigos,  ha algum tempo,  numa feirinha vi um KS abandonado, ...

     Voces arriscariam ?
     Acham que valeria ter um puta relógio funcionando mas em pessimo estado ?

Olha, depende... Sou muito fã desses KS e, dependendo do modelo e preço, poderia valer a pena.

Abs,

Bernardo

Adriano

De fato o KS da Daini apareceu como um "competidor" do GS da Suwa, como relógios equivalentes. Mas não exatamente que os GS eram os top da Suwa e os KS os top da Daini, pois o primeiro GS com a clássica caixa baseado da Gramática do Design, que acabou se tornando a "cara" do GS, era um Daini, o 44GS. Quer dizer, começou assim, não permaneceu como regra que o GS é de uma fábrica e o KS o seu equivalente de outra fábrica.

Eu acho que não vale a pena comprar um relógio desses para recuperar. Eu comprei um GS 6146-8000 baleado uma vez, para tentar recuperar. Apenas a caixa estava mais ou menos boa. Comprei a preço de banana. Resultado? Nunca consegui recuperar. E mesmo que conseguisse, ficaria uma porcaria. Foram-se uns 10 anos dele largado na gaveta.

Decidi que se quisesse ter um bão mesmo do jeito que queria, teria que esperar, e quando aparecesse, teria que pagar. E apareceu. E a única coisa era decidir pagar ou não e só havia uma saída: pagar. Hoje penso até que paguei um preço muito bom. Era exatamente o que eu queria, e num estado espetacular. Nunca havia sido polido. Eu apenas lustrei e tirei uns piques.


















Abraços!


flávio

Aí foi para respeitar! Como diria o Joel Santana, "kill the snake e show the wood"


Flávio

igorschutz

Esse Seiko do Adriano é muuuuuuito mais bonito que os atuais hi-beat... uma pena não ter o SBGW047 com movimento 36.000 bph.
Opinião é como bunda: todos têm a sua. Você dá se quiser.
Opinião é como bunda: você dá a sua e eu meto o pau.

NÃO ACREDITE NO QUE 'FALAM' AQUI, ESTUDE BEM E TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES

flávio

Aquele relançamento da Seiko deste ano, mas com corda manual, tem caixa semelhante a esta, confere? Cara, eu sinceramente prefiro o atual, esteticamente falando. É que essa caixa, apesar de ser bastante singular, o que dá um ar singular ao relógio, não é daquelas que eu aprecio muito. Mas seguramente tem um DNA único. Já do ponto de vista técnico, nem se compara, porque os GS atuais são muito melhor acabados do que os antigos, inclusive na parte estética do movimento, que neste é inexistente: o movimento parece (disse parece, apenas parece...) um Seiko qualquer, muito embora saibamos que não é bem assim, mas um lobo travestido na pele de cordeiro.


Flávio

Adriano

Definitivamente, para o padrão de bom acabamento de hoje, raros relógios dessa época eram bem acabados. Essas caixas dos GS "gramaticais" eu considero sim muito bem acabados se comparados inclusive com populares marcas suíças, repetindo, àquela época, como um Omega ou Rolex. Sim, nessa época, acabamento não era um troço como é hoje. Os padrões eram mais simples, os relógios eram mais "tool"...

Mas de mecanismo, definitivamente, os GS antigos não tem nada de mais. Na linha básica dos 61xx, os acabamentos mais detalhados eram dos 6106 (com chanfros nas pontes, que não haviam nos 6119 por exemplo), e mesmo assim o acabamento dos GS não é muito mais detalhado ou decorado que um 6106.

Nesse quesito, tecendo a mesma comparação com a Omega ou Rolex, qualquer mecanismo basiquinho dessas marcas eram mais detalhados que o GS. Aliás até hoje, convenhamos: as máquinas dos GS são bem mais simplórias esteticamente que muita suíça bem mais básica. É filosofia deles.

Abraços!

Adriano