Menu principal

Review do Urban Jurgensen 1140

Iniciado por admin, 19 Maio 2015 às 11:18:40

tópico anterior - próximo tópico

flávio

Há alguns anos a Urban disse que lançaria um relógio de pulso com escapamento de cronômetro que passaria nos testes "cronofiable", podendo, assim, ser usado no dia a dia sem perigo. Quando o relógio foi lançado, ressaltei seu visual clássico, na minha singela opinião "como as coisas devem ser feitas" na relojoaria.

A Urban, como é notório, bebe na fonte de Derek Pratt até hoje, uma vez que este foi a cabeça pensante por trás da empresa até sua morte. E Pratt, contemporâneo de Daniels e, inclusive, seu amigo (quando Daniels precisou reduzir o tamanho do seu escapamento para satisfazer pedido feito pela Patek, o torno dele não era suficiente e, pegou um emprestado com Pratt), bebeu da fonte de Breguet. Talvez por isso o visual dos mostradores da Urban parecem tanto com os do Pratt, com clássicos guillhoche e equilíbrio, algo que só tenho visto com alguma constância na Breguet.

Enfim, esse relógio, na minha singela opinião, entra fácil na lista da referência a ser seguida quando se procura definir o estilo que aprecio.

http://www.deployant.com/review-of-the-urban-jurgensen-1140-c/


Flávio

Jim

O numerais romanos estão em último lugar na minha lista de preferência.
Prepara-se o cavalo para o dia da batalha, mas o Senhor é que dá a vitória. (‭Provérbios‬ ‭21‬:‭31‬ NVI)

flávio

Citação de: Jim online 19 Maio 2015 às 14:11:24
O numerais romanos estão em último lugar na minha lista de preferência.


Gosto é gosto, não há como impor um gosto a outra pessoa. Eu particularmente gosto dos numerais romanos, até mesmo porque o uso de arábico no passado era singular, para dizer o mínimo. Mas dentro da Urban a questão assume ares de puro tradicionalismo: simplesmente não há como alterar isso, porque, como disse, os relógios seguem o padrão Urban de ser, facilmente reconhecível, e que foi eternizado de forma contemporânea pelo Derek Pratt. Para terem uma noção, vejam os relógios de bolso que Pratt fazia (as semelhanças com Breguet e Daniels são patentes) com seu nome e para a Urban. São praticamente idênticos, a não ser no tamanho, aos modelos de pulso atuais. Saca só:

http://tempered-online.com/forums/viewtopic.php?t=60


Flávio

Jim

Entendo a questão do gosto...

Os relógios, realmente, parece que foram feitos pela mesma pessoa.

Veja como fica mais simpático:  ;D ;D

Prepara-se o cavalo para o dia da batalha, mas o Senhor é que dá a vitória. (‭Provérbios‬ ‭21‬:‭31‬ NVI)

Jim

#4
Sabem dizer o porque que o numeral 4 é "IIII" e não "IV"?  ???
Prepara-se o cavalo para o dia da batalha, mas o Senhor é que dá a vitória. (‭Provérbios‬ ‭21‬:‭31‬ NVI)

Alberto Ferreira

 ;D

Estando em "Roma"...
Faça como os romanos.  ;)

Jim,
Valeu o esforço...  ::)

Sem crítica, bem entendido, pois é questão de gosto.

Mas no meu, eu fico com os "romanos" do Jürgensen.
E não abro!

Alberto
8)

Jim

Prepara-se o cavalo para o dia da batalha, mas o Senhor é que dá a vitória. (‭Provérbios‬ ‭21‬:‭31‬ NVI)

flávio

Na verdade essa pergunta é clássica e a reposta indeterminada... Essa posição indicada pelo entrevistado é apenas um lado da moeda. Há pessoas que dizem que isso ocorre porque os primeiros relógios de campanário assim utilizavam; outros atribuem a Luis XIV, que preferia um ao outro; há questões de simetria de mostrador; há até mesmo quem divulgue que foi por conta dos relógios ferroviários, que assim usavam para não confundir o usuário (posição claramente errônea, pois tais relógios só surgiram nos fins do século XIX). Enfim, há tantas hipóteses que nem sei ao certo. Na minha singela opinião, cuida-se de buscar simetria de mostrador, pura e simples.


Flávio

Jim

Prepara-se o cavalo para o dia da batalha, mas o Senhor é que dá a vitória. (‭Provérbios‬ ‭21‬:‭31‬ NVI)

Alberto Ferreira

Jim,

Sim, o Drabek é conhecido por muitos aqui.
Eu o conheço pessoalmente, ele tem uma banca lá na feirinha do MASP, aos domingos.
Trata-se de uma pessoa culta (e não apenas na questão dos relógios) e muito simpática.

Nós já falamos dele e desta entrevista no Jô aqui no FRM.
Se você usar a nossa ferramenta de busca deverá encontrar algo.

Abraços!
Alberto

Jim

Parece ser uma pessoa muito agradável realmente.
Vlw.
Prepara-se o cavalo para o dia da batalha, mas o Senhor é que dá a vitória. (‭Provérbios‬ ‭21‬:‭31‬ NVI)

Adriano

Existe ainda esta versão da questão do "IV" ou "IIII", de minha autoria. Que fique claro que não é uma discórdia da explicação do Jan, até porque não tenho base para apoiar nem refutar essa hipótese colocada por ele.

"IIII" ou "IV"?
Por Adriano R. Passarelli

Praticamente todo relógio, há séculos, usa o número romano "4" como "IIII" e não "IV". Porém há diferentes versões para explicar o motivo.

Uma versão reza que é simplesmente uma questão de simetria. No mostrador do relógio, do ponto de vista estético, o número "4" se contrabalanceia com o número "8" (assim como o "2" e o "10", por exemplo). Ao se usar o "4" como "IV", perde-se a simetria com o seu oposto, que é o "VIII", e que por sinal, é, esteticamente, o número mais "pesado". A aparência é a de um vazio no quadrante inferior esquerdo, especialmente se usada uma fonte muito robusta. Para que a simetria seja mantida, então, usa-se o "IIII".

Outra versão reza simplesmente que o rei Luis XIV da França preferia o "IIII" ao invés de "IV", e por isso, os relógios de sua época, eram feitos assim e a tradição se manteve. Porém uma terceira versão coloca em cheque esta última, pois um relógio cerca de três séculos mais antigo, da catedral de Wells, do final do século XIV, já trazia o númeral "IIII", e diga-se de passagem, o motivo também não era a simetria, já que era um relógio com mostrador de 24 horas, mas sim por hábito, naquela época, de se denotar o "4" dessa maneira em manuscritos. Há quem afirme inclusive que na era da antiguidade clássica, o "IIII" era mais usado do que o "IV" por todo o império romano.

Há ainda uma explicação mais complexa, mas muito plausível: os relojoeiros precisavam fazer moldes para as cifras do mostrador. Sejam pintadas, estampadas, entalhadas ou feitas com qualquer outro métodos de conformação, ao usar o número "IIII", tem-se vinte "I", quatro "V" e quatro "X", ou seja, todos multiplos de 4 e desse modo, basta fazer um molde com um "X", um "V" e cinco "I" e repeti-lo quatro vezes para se obter todas as cifras prontas. Numa época onde tudo era estampado ou pintado manualmente com máscaras, isso poderia economizar um tempo e custo preciosos. Ao se usar o numeral como "IV", o resultado é dezessete "I", cinco "V" e quatro "X", o que complicaria o processo de produção das cifras.

E há mais algumas explicações, não se sabe se folclóricas ou não. Uma muito popular diz que um acidente de trem na Inglaterra ocorreu pois um controlador de tráfego se equivovou com o horário ao alterar a posição dos trilhos em uma junção. O equívoco ocorreu pois o ponteiro de minutos de sobrepôs ao "I" do "IV" o que fez o operador confundir o "IV" com o "V". Em vista do número de mortos dessa suposta tragédia (de data desconhecida), os fabricantes de relógios decidiram não usar mais o "IV" e sim o "IIII". Essa explicação é pouco plausível pois incontáveis relógios muito mais antigos que a própria invenção dos trens já existiam com o numeral "IIII", e ainda assim, o uso do "IIII" não impede a confusão, se o problema for a sobreposição do ponteiro sobre a marcação (um "IIII" pode ser confundido com um "III" se houver essa mesma sobreposição). Se o problema fosse esse, muito mais inteligente seria simplesmente encurtar os ponteiros ou redesenhá-los de modo que eles não se sobrepusessem às marcações, coisa que inclusive é exigência básica em relógios cuja clareza de leitura é fundamental. Por fim, um acidente com tamanho impacto histórico estaria certamente em qualquer lista de acidentes de trem "memoráveis", e simplesmente não está.

Ninguém sabe ao certo qual a explicação correta, se é que há uma, ou se existe uma somatória de várias teorias. A título de curiosidade, um dos relógios mais famosos do mundo, o relógio da torre do Big Ben, em Londres, foge do padrão e faz parte da minúscula minoria de relógios que usam o "IV".

Marcos David

O que eu sabia era que o 4 surgiu inicialmente em roma como IIII, depois que utilizaram o IV.

IIII seria então a forma mais antiga de representação e por isso denota mais tradição que o IV.
"O mundo intriga-me. Não posso imaginar que este relógio exista e não haja relojoeiro." ― William Paley

Jim

Muito obrigado Adriano! E aos demais também.
Prepara-se o cavalo para o dia da batalha, mas o Senhor é que dá a vitória. (‭Provérbios‬ ‭21‬:‭31‬ NVI)

edson rangel

Citação de: marcosdavid online 19 Maio 2015 às 22:39:03
O que eu sabia era que o 4 surgiu inicialmente em roma como IIII, depois que utilizaram o IV.

Até onde sei é isso mesmo.
FIQUEM  TODOS NA PAZ DE DEUS !!!!