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As diferenças de preços dos relógios em leilões

Iniciado por admin, 23 Novembro 2015 às 17:08:27

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flávio

Artigo mais descritivo e pouco argumentativo do Ben Clymer, mas que levanta algumas questões. Para quem não saca o inglês, os dois relógios, ABSOLUTAMENTE IDÊNTICOS (aliás, somente 17 relógios os separam no número de série), foram vendidos por preços absolutamente díspares. Um saiu pela astronômica quantia de 300 mil francos, o outro, por mais de um milhão.

A diferença? Conquanto o mais caro estivesse num aparente pior estado global, era totalmente original, enquanto o outro tinha tido seus luminosos, apenas os luminosos, refeitos.

As questões são. É justificável esse "premium price"? Pior, o mercado vai sustentar esses preços, sobretudo porque nem se referem a relógios MINT?

Nós já discutimos isso aqui e eu continuo achando absurdo que objetos absolutamente sem uma fantástica história, de marcas "normais", estejam alcançando tais preços. Aliás, há uns 5 anos (e aquele leilão temático da Rolex foi o divisor de águas) era impensável que um Rolex alcançasse tais preços em leilões.

O que vejo hoje, com o devido respeito aos colecionadores, é uma supervalorização do produzido em série, sequer em absoluto estado primoroso de conservação e, claro, de algumas marcas específicas, como se houvesse uma nítida interferência das próprias marcas (ou colecionadores investidores) para inflacionar artificialmente o mercado.

Na minha cabeça boboca, alheia às percepções de mercado, soa absurdo um relógio de pulso que provavelmente foi vendido numa loja qualquer, para qualquer um, custar dezenas, às vezes centenas de vezes mais do que um modelo fabricado, por exemplo, por Breguet, o próprio.

E esses preços não podem subir indefinidamente! Qual o futuro disso?


https://www.hodinkee.com/articles/rolex-6062-pricing-debate


Flávio

Carbonieri

Acho que isso ocorre pela absoluta falta de ter o que fazer com dinheiro que certas pessoas tem, ou ainda, pra certas pessoas que ganham dinheiro muito facil, roubando (cito como exemplo alguns políticos brasileiros). Não vejo outra explicação logica kkkk
sic transit gloria mundi

RCComes

O próprio sistema de venda do leilão já compele o participante a pagar mais do que o produto vale. No mais, acho que existe sim um puta lobby das manufaturas e uma grande dose de cafajestice das casas de leilão no que tange a relógios. O mesmo, vejo também em carros, menos no que concerne ao estado dos veículos, mais ao apelo do modelo/dono anterior.

Agora, uma coisa me chamou atenção: da forma com que o Flávio colocou, aparentemente, parece que o fato de um famoso usar uma peça agrega valor real a ela. Quem sabe, dependendo do ponto de vista, mas, francamente, não vejo porque o porsche do james dean vale mais do que qualquer outro 550 só porque os bancos tem uma leve fragrância de fundo do seu rabicó, idem para o Monaco do steve mcqueen.

Mas enfim, Carbonieri, certas coisas não precisam mesmo de lógica.
Membro do RedBarBrazil

Adriano

Muitos me acharam um babaca, ou um invejoso sem grana, nas vezes que argumentei sobre essas coisas aqui... relógios podres, "raridades" feitas aos milhões, celebridades com grau de fama discutível, tipo "relógio igual ao usado pelo carinha que segurava o microfone do Paul Newman nas filmagens do filme..." Mas enfim...

Abraços!

Adriano

Alberto Ferreira

Boas!

Olha,...
Sendo curto e grosso...  Talvez não tão curto...  ;)  :D

Eu não vejo este "trenzinho da alegria" parando tão cedo, não.
Não enquanto houver gente à espera dele nas salas VIP das "estações", leia-se, os que prezam, ou podem prezar, o ter mais que o ser.

E, queiramos ou não...
O rumo tem sido este, e não apenas nos leilões de coisas supérfluas.

Uma questão, ligada a isso tudo, que eu confesso me "incomodar"...
Na outra vertente, no lado "inverso" da questão.

Aquele  papo do "ÚNICO" da "PEÇA ÚNICA"...

Putz, este aspecto, este "endeusamento" daquilo que apenas um poderá ter, para mim, sai da casinha.  :P

Mas, uma palavra de "consolo" para os que eventualmente possam também pensar assim...
Relaxem, meus caros, mudem de canal..., pois nós não vamos mudar nada.

Talvez nem o nosso (modesto) canal.  :P

Alberto


Dicbetts

Desisti há muito tempo de tentar entender o ser humano. Sobretudo nesses tempos de Estado Islâmico, que mata com o peito em festa e o coração a gargalhar.

Mas, voltando aos relógios, para mim parte disso é lavagem de dinheiro, pura e simplesmente. Se alguém se der ao trabalho de observar, verá que o mercado de arte está muitíssimo aquecido. Dias atrás, um bilionário chinês pagou uma verdadeira fortuna por um Modigliani. Nada menos que US$ 170, 4 milhões.

O bilionário é um ex-taxista e ainda vive em Xangai. Como um ex-taxista passou à condição de bilionário, sabendo que a China não é uma economia de mercado, nem tampouco um país capitalista, é algo que carece de explicação. Ainda mais quando se sabe que o meio de transporte do chinês médio é a BICICLETA.

Dic