OS PÁSSAROS DA NOSSA VARANDA...

[Alberto Ferreira]

Boa, amigos!

Pois é...
Neste outubro a chuva por aqui não pára. 
Mas a vida segue o seu curso. 

Na mesma varanda, aquela com as "rendas portuguesas" da Dona TT, apareceu mais um ninho...

Dois anos atrás, em outro vaso, um casal de "rolas caldo de feijão" nidificou e criou seus 2 filhotes, na boa!
Mas desta vez foi um casal de "sabiás-poca"...



Foram colocados 2 ovos (normal para a espécie - que em geral põe 2 ou 3)...



Hoje,...
Eu vi que não havia nenhum "adulto" no ninho e fui lá dar uma rápida "bisbilhotada". 

Tem dois filhotes"!




Mas agora eu vou deixá-los em paz, e fazer a minha parte (de observador destas maravilhas da natureza) mantendo a devida e respeitosa distância que eles merecem ter.


Moral da história...
Sabiás em gaiolas, não têm nada a ver. 

Sabiás cantando livres no jardim e criando seus filhotes na varanda,...
...não tem preço!

Podem crer.


Abraços!
Alberto

[Vargas]

Que privilégio... Não tem preço mesmo poder desfrutar dessa forma a natureza. Parabéns pelo cuidado. Abs

[CALS]

Que beleza, Alberto. O sabiá é considerado o pássaro nacional pelo canto lindo e marcante e sua difusão em praticamente todo o território. Pena que o crescimento das cidades tem perturbado sua vida, hoje é comum vê-los cantar a noite e de madrugada por causa da iluminação urbana.

[Alberto Ferreira]

Que beleza, Alberto. O sabiá é considerado o pássaro nacional pelo canto lindo e marcante e sua difusão em praticamente todo o território. Pena que o crescimento das cidades tem perturbado sua vida, hoje é comum vê-los cantar a noite e de madrugada por causa da iluminação urbana.

Boa noite, CALS, grato pelo comentário!
Sim, os sabiás são fantásticos. Não é a toa que o "laranjeira" é chamado de "Sua Majestade".
Eles cantam mesmo, e muito.

Quando eu morava em Sampa, em uma rua residencial bem arborizada na Chácara Santo Antônio (Várzea de Baixo) nesta época do ano eles cantavam direto, como você disse, até pelas madrugadas. 
E com uma curiosidade, diferentemente de algumas outras espécies de pássaros canoros, as fêmeas dos sabiás também cantam.

Aqui em Brusque tem muitos "laranjeiras" também.
Mas os que fizeram o ninho na minha varanda são "sabiá-poca", estes são acinzentados e não alaranjados como os "laranjeira" (cor que se acentua no peito, nesta época de acasalamento...).

Os "poca" cantam muito também...

https://www.youtube.com/watch?v=m-AOOjiIRW0

E quando eles estão na época do acasalamento ficam com o bico amarelo.

Ouça a variante de seu canto chamado de "canto mateiro"...
https://www.youtube.com/watch?v=tQ68gIAjCic

Estas gravações não são minhas, é claro... Elas são da NET. 

Mas como todos os sabiás eles também são muito melodiosos.

Um abração!
Alberto


PS:
Carlos André,
Como eu sei que você gosta, participa e é um atento observador de pássaros e que talvez com nossos "papos" aqui  nós até possamos "contaminar" , ou incentivar, mais alguns (amantes dos pássaros soltos)  existentes por aqui no FRM, eu lhe perguntaria...

Aí no Rio, também há várias espécies de sabiás, é claro.

Então...
Como se apresentam os "sabiás-poca" aí na sua região, no Rio, eles são frequentes?
Que outra(s) subespécie(s) de sabiá(s) é (ou são) mais comum(ns) por aí?

[Thauro _Relógios]

Nossa, quanto tempo eu não via um ninho, com ovos, que é o melhor. Lembro-me de na infância, meus pais falarem que era proibido chegar perto do ninho. Me assustavam dizendo que se apontasse para o ninho, nasceriam verrugas nos dedos. E que se eu me atrevesse a pargar o ovo, que poderia até ficar cego.


kkkk


Tramoias dos pais para preservar a espécie dos filos "curiosos" srsrs

Abraços!


Thallys.

[Alberto Ferreira]

...
...se apontasse para o ninho, nasceriam verrugas nos dedos. E que se eu me atrevesse a pargar o ovo, que poderia até ficar cego.


kkkk


Tramoias dos pais para preservar a espécie dos filos "curiosos" srsrs

Abraços!


Thallys.

Bom dia, Thallys!
Bem,...
Eu nem diria propriamente "tramoias" (no sentido de artifícios ou truques "educacionais"), mas eu creio que muitos de nós, "adultos" de hoje, passamos por algo parecido. 

Talvez fosse penas uma forma (seria a mais fácil?  ) de não explicar os motivos.

E certamente os pais foram educados, há gerações, assim.
Sentindo-nos "donos" da Natureza, e acreditando que os recursos dela seriam "infinitos".

Infelizmente, para nós que estamos "herdando" o planeta, não é nada disso.

Mas,...
Sem discursos piegas, nós não precisamos disso, bastaria que nós (os macacos pelados) nos comportássemos como tal e de fato aceitemos o nosso (insignificante) papel diante da Natureza.

Abraços!
Alberto

PS:
Talvez, por isso, o velho ditado popular...
"Se urubu cantasse, tava na gaiola."

E para não fugir à regra,  na minha adolescência eu também criei canários (até os "da terra"  ) em gaiolas.

[Alberto Ferreira]

Boas noites!

Estas são do programa "Minha casa minha vida" da Dona TT  (para canários da terra).   






Atualmente, devido à época do ano fora do período de reprodução dos canários, elas estão sem inquilinos...
Mas já foram bem usadas, por mais de uma vez cada uma. 

Abraços!
Alberto

[CALS]

Oi Alberto,
Por incrível que possa parecer não vejo por aqui muita variedade nos sabiás. Muito frequente é o sabiá-laranjeira com seu belo porte e canto, esse é muito urbano e nos bairros perto de área de mata travam uma batalha com os saguis (micos invasores oriundos do NE) pelos seus ninhos. Bem nos limites da Mata Atlântica é possível ver os sabiás do barranco. Os pocas só encontrei em Seropédica, que é uma área rural.
Lá também encontrei o sabiá do campo, que não é um Turdus como os laranjeira e do barranco, pássaro maior, mais delgado, de bando e sem um canto tão melodioso.

[Alberto Ferreira]

Oi Alberto,
Por incrível que possa parecer não vejo por aqui muita variedade nos sabiás. Muito frequente é o sabiá-laranjeira com seu belo porte e canto, esse é muito urbano e nos bairros perto de área de mata travam uma batalha com os saguis (micos invasores oriundos do NE) pelos seus ninhos. Bem nos limites da Mata Atlântica é possível ver os sabiás do barranco. Os pocas só encontrei em Seropédica, que é uma área rural.
Lá também encontrei o sabiá do campo, que não é um Turdus como os laranjeira e do barranco, pássaro maior, mais delgado, de bando e sem um canto tão melodioso.

Boa tarde, Carlos André!
Seguindo com o nosso "papo de passarinheiros"... 

Pois é...
Os sabiás do barranco também se apresentam por aqui, mas são muito menos frequentes que os "poca" ou (principalmente) que os "laranjeira".
Aqui em Brusque, nós temos um microclima mais de serra, se é que eu posso dizer isso.  E eu não sei até que ponto isto possa pesar de alguma forma, talvez não... 

Os "do campo" eu nunca vi por aqui. Eu achei legal o seu comenário ("...não é um Turdus como os laranjeira e do barranco...") e fui pesquisar, pois não o conhecia. 
De fato, eu creio que o nome popular talvez até venha da morfologia, que lembra mesmo um sabiá, mas não são "Turdus", são "Mimus", portanto, de outra "tribo". 

Ah!
Uma curiosidade...
Quando eu "pesquisei" sobre os "sabiás do barranco", que realmente podem lembrar os "poca", eu vi que um dos seus nomes regionais seria "arrebita-rabo" (eu não sei onde este nome é usado no Brasil...  )...

Mas a "curiosidade" é que eu e a Dona TT costumamos chamar os "pocas" de "balança rabo", por sua atitude após cada "chamada". 

Abraços!
Alberto

[Alberto Ferreira]

B'as tardis, cumpadis!


Bem,...
A chuva por aqui, nos "igapós" de Brusque, não pára...
Mas, felizmente nós estamos de pés secos aqui em casa. Na boa!

E vi a Dona Sabiá sair para ir "às compras", ela e o macho sempre saem e voltam com umas minhocas e insetos no bico.  ...
...e eu fui lá dar uma "bisbilhotada" rápida. 



Viva a Natureza!
Alberto

[Correia]

Muito bom amigo Alberto, um autêntico prazer ver, observar, disfrutar, o sábio modus operandis da Natureza.

Veio-me à memória uma situação algo insólita passada em plena Lisboa, onde um casal de falcões escolheu uma floreira de uma janela de apartamento para fazer o seu ninho.

http://videos.sapo.pt/liSRBO5ZLLOU1Tr70rAc







Abraços!
Correia

[Alberto Ferreira]

Boa noite, amigo Correia!

Pois é...
Apesar de nós, os humanos, e dos nossos ambientes urbanos, a Natureza sempre encontra uma maneira de seguir o seu rumo.





Algumas espécies de falcões, como o que você nos mostrou, são migratórias e nidificam em penhascos.
Na falta de tais penhascos e encontrando em suas migrações as nossas cidades com os seus edifícios, seus "beirais" e varandas, alguns deles ali se instalam para criar as suas proles. 

Um conhecido e respeitado ornitólogo aqui no Brasil reside na cobertura de um prédio em plena São Paulo.
Todos os anos ele recebe e registra a visita de um falcão-pelegrino que se instala por alguns dias no beiral do seu apartamento.

Fica por lá uns tempos, caça alguns pombos das redondezas e segue viagem... 

Grato por nos mostrar a interessante foto.
Um grande abraço!
Alberto