Tudor Heritage Advisor no Monochrome

[flávio]

Enquanto a Rolex não apresenta muitas novidades na linha e sequer complicações, parece que é justamente o contrário que vem ocorrendo na Tudor. Vejam, não disse que a Rolex não inove seus produtos, basta ver que lançou um novo calibre este ano e, como é notório, possui um dos mais engenhosos calendários anuais no mercado, o Sky Dweller. Mas a Rolex de hoje não faz mais relógios com fases da lua, cronógrafos sociais, dead beats, etc.

Sobre o Tudor, o interessante é que o módulo de carga é da ETA, mas o módulo da alarme totalmente desenvolvido em casa e fabricado pela própria Tudor. Entenda-se: pela Rolex, ou pelo menos com o know how da marca.

O módulo de alarme deles é interessante porque adiciona uma reserva de marcha (para o alarme) e indicação de ligado desligado, algo não encontrado nos movimentos integrados como, por exemplo, os do Cricket.

Eu achei o visual do mostrador um pouco confuso, mas no geral gostei do relógio e o preço não é fora da curva pelo que se propõe, algo em torno de 5 mil Obamas, o que acaba sendo o preço de entrada da sua irmão mais "rica". O acionador do despertador, um botaozão à esquerda, também pode não agradar a todos.

Enfim, tenho gostado dos lançamentos da Tudor. Eles estão ousando, ao invés de serem mera sombra da Rolex, como no passado.


https://monochrome-watches.com/tudor-heritage-advisor-cognac-alarm-review-specs-price/


Flávio

[Dicbetts]

A Tudor vem fazendo releituras de si mesma com extremo sucesso. Por isso, virou uma espécie de xodó dos aficcionados.

Mostra ainda duas coisas: a sombra da Rolex não a ofusca mais; e sempre teve DNA próprio - estão aí o Advisor, o Heritage Chono e o Black Bay para endossar o que digo.

Dic

[JorgeCR]

Exatamente, a Rolex estuda minuciosamente cada lançamento para continuar com o market share que tem hoje, dentro da própria linha é a mesma coisa, quando alguma peça pode acabar por "canibalizar" as vendas de outra peça o lançamento vem em PM, vide Pepsi que so veio em WG, Smurf e várias outras variações.

Reedição então nem pensar, tiraria boa parte da magia dos vintages que hoje custam mais que um PP Perpetual Calendar e que muito ajudam alimentando todo "prestígio" associado à marca.

A Tudor então é meio que um laboratório que eles podem lançar novas peças sem se preocupar tanto com a questão mercadológica, o que é bem legal porque surgem peças como o Heritage Black Bay, que jamais entraria na linha atual da Rolex.