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Jean Claude Biver e a criação da nova Blancpain

Iniciado por flávio, 31 Maio 2022 às 19:11:38

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flávio

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Em 1961, a Blancpain foi integrada ao conglomerado SSIH, do qual faziam parte Omega, Tissot e Lemania, e especializou-se na produção de relógios joia, obtendo grande sucesso comercial.
No início da década de 1970, recém-formado pela Universidade de Lausanne, Jean Claude Biver refletia sobre seu futuro, que parecia incerto: nada o interessava. Uma sutil lembrança de infância, porém, costumava invadir seus pensamentos: uma máquina a vapor de brinquedo.
Certo dia, Biver encontrou-se com Jacques Piguet, proprietário da manufatura Frederic Piguet, e notou algo em seu pulso. Piguet testava um mecanismo FP 70, que estava instalado em um relógio sem mostrador, para que a visualização dos componentes fosse mais fácil. Surpreso, pensou: "este mecanismo parece uma máquina a vapor! Tenho que trabalhar com isto!"
Piguet, então, conversou com Michel Golay, diretor da Audemars Piguet, que acabou contratando Biver como vendedor.
A muitos quilômetros dali, em Villeret, a Blancpain não resistia à Crise do Quartzo e encerrava suas atividades...
Em 1979, Biver pediu uma promoção a Golay, que a negou. Biver, assim, deixou a AP e assumiu o departamento de vendas de relógios de ouro da Omega. A empreitada não durou muito... Em 1981, em meio aos planos de reestruturação de Nicholas Hayek, o presidente da Omega foi demitido. Biver, que já estava insatisfeito com os rumos da empresa, também pediu demissão. Desempregado, Biver contatou Jacques Piguet, que também estava demitindo empregados para direcionar sua produção para movimentos à quartzo, e lhe propôs algo inusitado: comprar o nome Blancpain, já que a fábrica não existia mais, e iniciar a produção de relógios mecânicos com complicações exclusivas, totalmente na contramão do mercado. Piguet encampou a ideia e, em 1982, com apenas 3 relojoeiros, Biver instalou-se em uma fazenda histórica em Le Brassus, pagando cerca de 300 dólares mensais de aluguel. A marca, que rapidamente se tornou um sucesso, mostrou à Suíça o caminho à seguir na indústria relojoeira... Em 2010, visitava o "Espaço Horológico", um museu situado em Le Sentier, quando meu companheiro de viagem disse: "a fazendinha histórica da Blancpain é a alguns minutos daqui... Vamos lá?"



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