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Crise econômica nos EUA e Europa - reflexo no mercado horológico

Iniciado por mint, 07 Agosto 2011 às 15:22:48

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mint

De que forma com  "estouro de bolhas", rebaixamento de classificação dos títulos americanos, crise econômica na zona do euro e EUA, com ameaça de propagação pelo planeta, etc. pode vir a refletir no mercado de relógios de padrão mais elevado? Ocorreria: Rebaixamento de preços dos usados, que seriam vendidos em maior escala pela classe média em decadência nesses países, ou através da internet para o mundo, para realização de ativos?; Queda generalizada nos preços dos novos?; Quebradeira de parte dessa indústria?; Maior oferta dos mesmos aos mercados emergentes como estratégia de sobrevivência das marcas mais tradicionais, causando uma diminuição entre o preço do exterior e o praticado no Brasil, já que os possíveis adquirentes do Brasil observariam a queda de preço desses objetos  nos países em crise e tenderiam a investir em ouro ou outro ativo ao invés de em objetos que não estariam mantendo o valor investido ou desvalorizando mais do que o previsto, bem como pela diminuição da demanda?? Aumento das vendas dos que contém um melhor custo/benefício e preços mais baixos, sendo consumidos mais por essa razão, como um objeto de marcação do tempo que deve ter qualidade apenas para esse fim, deixando de ser aquela reserva de valor tal qual uma jóia que contenha maior composição do seu preço determinado pela quantidade do material precioso raro utilizado em sua fabricação (ouro, platina, pedras preciosas)?
O que voces acham que vai acontecer com um possível acirramento da crise econômica mundo afora nesse mercado de comercialização de relógios com valor mais elevado?

Mint

fernando r

#1
Boa Tarde,
Sinceramente eu acho que esse rebaixamento da classificação da dívida americana não significa muita coisa. Basta assistir ao filme "Inside Jobs", de Charles Ferguson.
Veja também: "Grande demais para quebrar", de Curtis Hanson.
De outra parte, sempre haverá pessoas com mais dinheiro do que precisam e, por isso mesmo, sempre prontas a comprar produtos de luxo.
Acho que em maior ou menor medida, com uma recessão mundial(se vier a acontecer na Economia real), apenas equilibrada pelo crescimento dos BRIC(é preciso ver se a China não terá sérios problemas daqui para frente, dada a quantidade de pápeis americanos que a mesma possui e do artificialismo da sua economia), as marcas que podem mais sofrer são as de entrada(Mido, Tissot, Hamilton, etc), as de preço médio(Longines, Omega, Baume et Mercier, Montblanc etc). Algumas, com presença em vários níveis(Seiko por exemplo) talvez sofra menos, mas pode ter perdas também.
A Rolex acho que e um caso à parte, pois ela está acima do preço médio, afinal seus relógios partem de 5000 dólares, e talvez sofra menos também.
Acho que Breguet, Patek, Lange, etc, sofreriam menos por ser destinadas àqueles que tem muito mais do que precisam.
Abraço.

mint

Uma lógica que poderia prevalecer para muitos em tempos difíceis, excetuando-se os poucos (proporcionalmente falando) que possuem bem mais do que precisam: Eu gosto de

relógios. Eu não gosto de perder mais dinheiro do que o normal. Eu vou deixar de comprar aquele relógio de valor elevado para a média, que em tempos normais seria até um

investimento e vou comprar outro que vai satisfazer meu desejo de consumo, contudo, que tenha um custo bem menor e, consequentemente, uma menor perda de valor em

termos nominais. Sera?  ::)

Vamos torcer que não se agrave essa turbulência econômica que se vê nos mercados do primeiro mundo e que ela não nos atinja, ou seja apenas mais uma "marolinha"!!  :-\

Abraços
Mint

fernando r

Na minha opinião, quem tem mais do precisa não costuma pensar em curto prazo.
E em prazos médios e longos não tem como perder em um Patek. O que tinha que perder financeiramente, rs, perdeu com a compra em si.
Abraço.

Citação de: mint online 07 Agosto 2011 às 16:51:32
Uma lógica que poderia prevalecer para muitos em tempos difíceis: Eu gosto de relógios. Eu não gosto de perder mais dinheiro do que o normal. Eu vou deixar de comprar aquele

relógio caríssimo, que em tempos normais seria até um investimento e vou comprar outro que vai satisfazer meu desejo de consumo, contudo, que tenha um custo bem menor e,

consequentemente, uma menor perda de valor em termos nominais. Sera?  ::)

Vamos torcer que não se agrave essa turbulência econômica que se vê nos mercados do primeiro mundo e que ela não nos atinja, ou seja apenas mais uma "marolinha"!!  :-\

Abraços
Mint

mint

Aqui no Brasil temos uma "bolha" muito grande entre o preço praticado no exterior e o daqui. Exemplos: Michael Kors na média de US$160,00 nos EUA e aqui R$ 1.800,00!!! Tissot e Hamilton com alguns modelos automáticos com preços entre US$350,00/500,00 e aqui R$ 2.500,00/3.000,00!!!!  Bulova com uma diferença gritante. Aí não é só a questão dos impostos não, mas de puro desconhecimento do público brasileiro nesse quesito. Depois que passei a me informar mais sobre o assunto, jamais pagarei nos nossos shoppings centers o que pedem em um desses relógios exemplificados! Prefiro aproveitar uma viagem internacional, que com o dolar baixo está bem mais em conta e ir buscar o meu lá fora, ou mesmo importá-lo legalmente pela internet, pagar os impostos devidos e ainda ficar numa grande vantagem financeira! :D Ou até mesmo adquirir um relógio produzido no Brasil, mesmo qu só em parte, que me agrade e tenha um preço coerente (difícil, mas não impossível).
Abs
Mint

fernando r

#5
Eu discordo de duas coisas: os impostos não são a única coisa mas pesam muito. Basta ver que se vc importar um relógio e ele na passagem pela alfândega  for tributado, o preço sobe em praticamente 80%(II, IPI e ICMS). Então, no seu exemplo, o Tissot de 500 dólares, passaria a 1450 reais aproximadamente, fora o desembaraço alfandegário. Aí vc vê que a diferença fica mais próxima.
De outra parte, apesar das viagens internacionais estarem mais em conta pelo câmbio, não é todo mundo que pode viajar. Aí só sobraria a opção de importar ou pagar o PVP do Brasil. Não se trata apenas de desconhecimento. Quanto aos mencionados Michael Kors, são relógios "moda" e por isso pedem no Brasil valores irreais se aproveitado do fato de que algumas pessoas querem os modelos mas não vão viajar para o exterior para comprar. Aí sim poderiam importar com vantagens.
Com a Tissot não funciona bem assim. Vou te dar um exemplo real: um Tissot Visodate custa no Brasil R$ 2450,00 na autorizada. À vista sai por R$ 2205,00. O PVP dele nos EUA é 650 dólares.
Se vc  importar, ele sairia sem impostos por 1040,00 mais os impostos, algo em torno de 800 reais, e mais o desembaraço pelos Correios(Importa Fácil em valor acima de 500 dólares) no valor de 150 reais. Somando-se tudo, 1990 reais. Preço bastante próximo ao praticado no Brasil. E eu nem considerei o frete, mas deveria, pq é considerado para cálculo do imposto.
E aqui, as autorizadas parcelam o valor do PVP em 10 vezes no Cartão, algo que no exterior não existe, que eu saiba.
Assim, os impostos pesam muito.
Agora, se vc achar no "Grey Market" é mais barato, mas não tem certificado carimbado, e por isso não tem garantia.
Abraço.

Citação de: mint online 07 Agosto 2011 às 17:28:21
Aqui no Brasil temos uma "bolha" muito grande entre o preço praticado no exterior e o daqui. Exemplos: Michael Kors na média de US$160,00 nos EUA e aqui R$ 1.800,00!!! Tissot e Hamilton com alguns modelos automáticos com preços entre US$350,00/500,00 e aqui R$ 2.500,00/3.000,00!!!!  Bulova com uma diferença gritante. Aí não é só a questão dos impostos não, mas de puro desconhecimento do público brasileiro nesse quesito. Depois que passei a me informar mais sobre o assunto, jamais pagarei nos nossos shoppings centers o que pedem em um desses relógios exemplificados! Prefiro aproveitar uma viagem internacional, que com o dolar baixo está bem mais em conta e ir buscar o meu lá fora, ou mesmo importá-lo legalmente pela internet, pagar os impostos devidos e ainda ficar numa grande vantagem financeira! :D Ou até mesmo adquirir um relógio produzido no Brasil, mesmo qu só em parte, que me agrade e tenha um preço coerente (difícil, mas não impossível).
Abs
Mint

mint

Mas também existem as promoções que se consegue em sites como Amazon e Jomashop. Eu mesmo adquiri pela Amazon um Invicta por USS$69,00, que mesmo com um frete que achei caro e mais os impostos, ficou tudo por US$208,00. Vamos calcular com dolar a R$ 1,80 = R$ 374,00 por um relógio que do mesmo nível aqui no Brasil não sairia por menos de R$ 500,00. Comprei e vou recebê-lo na comodidade do meu lar, ainda ficando com uma vantagem pecuniária de mais de R$ 100,00. Sei que o comerciante brasileiro também tem que ter seu lucro, mas também prefiro pagar o menor preço, estando tudo na legalidade. Aconteceu o mesmo com dois relógios Vostok Amphibia (russos), que apesar de rústicos, estão me servindo muito bem em certas ocasiões. Cada um custou US$ 70,80 já com frete. Com os impostos recolhidos ainda foi uma excelente compra para um diver, 200mt WR, coroa e fundo rosqueados, automáticos e bem "diferentes" com suas inscrições em cirílico. Tenho dois Tissot's automáticos adquiridos nos EUA em torno de US$ 330,00 cada (promoção da Amazon e Jomashop). Os preços normais eram de cerca de US$500,00. É só ficar na espreita de alguma liquidação e aproveitar o dolar baixo. Aqui no Brasil os preços nas lojas ainda não caíram tanto quanto o dolar. No ML eu nem quero conversa!
Por isso  creio que com a crise se agravando os preços serão revistos e algumas marcas poderão se socorrer nos mercados emergentes e montarem linhas de montagem por aqui, próprias ou associadas e aí o imposto não seria nessas alíquotas que pagamos como pessoa física! :D Que venham as grandes marcas para esse emergentezinho aqui, pois sei que para Grécia, Irlanda, Espanha, Portugal e mais algumas bolas da vez, eles vão se afastar por uns tempos. Eu acho! Nos automóveis já estão fazendo esse movimento há algum tempo. Que me diz da diferença gritante entre os preços dos Bulovas lá e cá? Esse é mais exemplo da falta de informação daqueles que pagam R$2.000,00 ou mais num relógio que alguns modelos custam US$ 150,00/200,00, já vi até por menos! E são esses modelos mais baratos lá fora, dessas marcas que caíram na graça do povo que nem sabe quanto custam no exterior que o pessoal aqui faz a festa! Aí tem uns desinformados que dizem felizes da vida: "Peguei uma promoção no shopping e comprei meu BULOOVAAA que estava por R$ 2.500,00 por R$ 2.100,00, sem saber que no exterior o mesmo modelo estaria por aproximadamente uns US$ 160,00!!! E muitas vezes nem um vidrinho de safira o danado tem!!!  :o  Aí é desinformação pura, no meu entender, s.m.j.!

Abs
Mint

flávio

Alguns fatos:


- Nos mercados da Europa e Estados Unidos, a recessão efetivamente causou um decréscimo das vendas. Porém, várias fábricas apostaram nos mercados emergentes - que foram MENOS afetados pela crise - para manter um balanço positivo nas suas vendas. Eu tenho os dados oficiais aqui, o livro Time to Change aborda muito essa questão.

No entanto, algumas fábricas deram tiros nos pés ao superestimarem os mercados de países emergentes, sobretudo China e Emirados Árabes.

Por outro lado, há um dado no mercado de produtos de luxo, que já foi muito discutido aqui: não existe uma simples equação custo/preço do produto. Na verdade, o preço de alguma coisa é ditado pelo mercado. Se um Rolex custava 3 mil dólares há 10 anos e hoje custa 6, podem ter certeza que isso não se deveu apenas a aumento de custos, mas a um aumento proposital, no estilo "se tem que pague, para que vamos reduzir nossa margem?"

E isso pode ser dito no mundo inteiro quando se olham os descontos praticados por algumas marcas, que em determinados casos podem chegar a uns 20%! Ora, se estão dando tanto desconto e ainda tendo lucro, é porque o relógio não custa tão caro como o preço praticado no varejo.

O grande paradoxo disso tudo - e para isso não tenho explicação e, até onde li (estou na página 300 de um livro de 500, o tal Time to Change, que estou demorando para ler, pois estou lendo outros dois ao mesmo tempo) o livro Time to Change não explica, é como num mercado onde as vendas decresceram (contrariando a lei de oferta e procura), os preços subiram!

Não vou entrar no mérito.

Encerro, porém, com um fato a respeito das redes varejistas no Brasil, que em regra são joalherias, no máximo com uma loja dentro de loja, já que não existem boutiques específicas de marcas aqui: há algumas que praticam preços completamente fora da realidade, cujo cálculo eu sinceramente não entendo.

E não estou nem aí, aqui é um fórum livre, vou citar pelo menos uma, a H Stern. A H Stern tem preços horríveis, comparando-se o que custa o relógio (preço sugerido) no exterior e o que custa aqui. Basta olhar a representante Rolex em Brasília, cujo nome sinceramente esqueci, mas fica no mesmo shopping da H Stern. Um Rolex de preço sugerido no exterior de 7 mil dólares pode ser comprado aqui por cerca de 17 ou 18 mil reais, divididos de 10 vezes. É mais caro do que no exterior? Sim, mas um preço "razoável", eu diria, comparando-se ao que se paga lá. Por outro lado, peguemos, por exemplo, os Tag Heuer na H Stern. Outro dia vi um Carrera GMT na loja por 17 mil reais! Mas como, se esse relógio, no exterior, não custa nem 3000 dólares?

Retorno à minha fala inicial: não é simplesmente "valor" de produto que define seu preço. E eu sinceramente não sei o que define os preços tão díspares entre os representantes de marcas de luxo no Brasil. Não é apenas imposto...

E aí surge um grande problema na equação, também muito discutido na obra que citei: nos mercados emergentes, a primeira "leva" de efetivos compradores de produtos de luxo dos dois últimos graus (os mestres relojoeiros e grandes maissons. Não estou falando dos produtos de luxo de entrada e design, como, por exemplo, a citada Michael Kors, nem os intermediários, com a Tissot.Lembrem-se daquela divisão que copiei do livro no tópico sobre a Hublot, que gerou uma discussão absolutamente desnecessária por parte de um colega) é composta pelos já ricos (conceito amplo...) ou conhecedores. Os novos ricos e a nova classe média, pelo menos num primeiro momento, não irão se aventurar com marcas não conhecidas por terceios. Os que já tinham percepção de produtos de luxo (ricos) e que passaram a ter (conhecedores), em regra estão sempre em viagens ao exterior e, normalmente, preferem comprar lá.

Com a palavra os atuantes no mercado de luxo daqui, pois se o mercado se mostra promissor a médio prazo, eu sinceramente não sei como conquistar os consumidores daqui. Sim, a cultura da conquista está começando agora - a iniciativa da Amsterdam Sauer com o RM3 e os coquetéis privados é um exemplo -, mas o trabalho será duro, não restam dúvidas.


Flávio

Desotti

Além do bom senso das empresas representantes em nossa Terra Brasilis na elaboração dos preços, também existe a questão da postura de cada um como consumidor em valorizar ou não aquelas empresas que se esforçam para tornar os custos razoáveis dentro de nossa realidade.

Falado de mim, sempre tive o hábito de trazer peças pessoalmente do exterior por ocasião de viagens, mas uso como exemplo as ações da Amsterdam Sauer durante o projeto RM3 e com posteriores condições diferenciadas de aquisição, que me fazem sentir valorizado como cliente e já me permitiram adquirir outras peças de marcas representadas pela empresa, da qual só tenho elogios a fazer.

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jfestrelabr

Sinceramente eu acho que essa crise não irá provocar grandes reflexos no mercado de luxo (se tratando de relógios) , e uma prova disso é que no dia 1° de agosto agora TODAS as principais manufaturas tiveram um reajuste de no MINIMO 10% para cima no mundo todo, teve lugares que o reajuste chegou a mais de 28%  (fonte TZ, paneristi.com, rolexforums, etc...) aqui já se pode ver o aumento dos preços, comprei recentemente um PAM e o mesmo já foi reajustado em uma media de 15% , visitando o AD da rolex aqui ontem pude ver que o daytona já esta bem mais caro também (sito o daytona pois olhei o preço dele apenas). 8)
Rolex ou Rolex.

Fórum Genérico, respostas genéricas.


fernando r

Esses sites mencionados são os chamados Grey Market. São relógios autênticos, mas sem garantia.
Abraço.



Citação de: mint online 07 Agosto 2011 às 21:36:46
Mas também existem as promoções que se consegue em sites como Amazon e Jomashop. Eu mesmo adquiri pela Amazon um Invicta por USS$69,00, que mesmo com um frete que achei caro e mais os impostos, ficou tudo por US$208,00. Vamos calcular com dolar a R$ 1,80 = R$ 374,00 por um relógio que do mesmo nível aqui no Brasil não sairia por menos de R$ 500,00. Comprei e vou recebê-lo na comodidade do meu lar, ainda ficando com uma vantagem pecuniária de mais de R$ 100,00. Sei que o comerciante brasileiro também tem que ter seu lucro, mas também prefiro pagar o menor preço, estando tudo na legalidade. Aconteceu o mesmo com dois relógios Vostok Amphibia (russos), que apesar de rústicos, estão me servindo muito bem em certas ocasiões. Cada um custou US$ 70,80 já com frete. Com os impostos recolhidos ainda foi uma excelente compra para um diver, 200mt WR, coroa e fundo rosqueados, automáticos e bem "diferentes" com suas inscrições em cirílico. Tenho dois Tissot's automáticos adquiridos nos EUA em torno de US$ 330,00 cada (promoção da Amazon e Jomashop). Os preços normais eram de cerca de US$500,00. É só ficar na espreita de alguma liquidação e aproveitar o dolar baixo. Aqui no Brasil os preços nas lojas ainda não caíram tanto quanto o dolar. No ML eu nem quero conversa!
Por isso  creio que com a crise se agravando os preços serão revistos e algumas marcas poderão se socorrer nos mercados emergentes e montarem linhas de montagem por aqui, próprias ou associadas e aí o imposto não seria nessas alíquotas que pagamos como pessoa física! :D Que venham as grandes marcas para esse emergentezinho aqui, pois sei que para Grécia, Irlanda, Espanha, Portugal e mais algumas bolas da vez, eles vão se afastar por uns tempos. Eu acho! Nos automóveis já estão fazendo esse movimento há algum tempo. Que me diz da diferença gritante entre os preços dos Bulovas lá e cá? Esse é mais exemplo da falta de informação daqueles que pagam R$2.000,00 ou mais num relógio que alguns modelos custam US$ 150,00/200,00, já vi até por menos! E são esses modelos mais baratos lá fora, dessas marcas que caíram na graça do povo que nem sabe quanto custam no exterior que o pessoal aqui faz a festa! Aí tem uns desinformados que dizem felizes da vida: "Peguei uma promoção no shopping e comprei meu BULOOVAAA que estava por R$ 2.500,00 por R$ 2.100,00, sem saber que no exterior o mesmo modelo estaria por aproximadamente uns US$ 160,00!!! E muitas vezes nem um vidrinho de safira o danado tem!!!  :o  Aí é desinformação pura, no meu entender, s.m.j.!

Abs
Mint

Rodrigo_swiss

Citação de: jfestrelabr online 08 Agosto 2011 às 09:15:36
Sinceramente eu acho que essa crise não irá provocar grandes reflexos no mercado de luxo (se tratando de relógios) , e uma prova disso é que no dia 1° de agosto agora TODAS as principais manufaturas tiveram um reajuste de no MINIMO 10% para cima no mundo todo, teve lugares que o reajuste chegou a mais de 28%  (fonte TZ, paneristi.com, rolexforums, etc...) aqui já se pode ver o aumento dos preços, comprei recentemente um PAM e o mesmo já foi reajustado em uma media de 15% , visitando o AD da rolex aqui ontem pude ver que o daytona já esta bem mais caro também (sito o daytona pois olhei o preço dele apenas). 8)

Estrela, esse aumento de 10% foi em que moeda? USD? Se sim, vale lembrar que o CHF está nos níveis mais altos em relação ao dólar e ao euro. Além disso, temos ainda o ouro sendo negociado acima de $1700/oz (pixel time).

Mas concordo com você, acho que no mercado de luxo o efeito será pequeno, e quanto maior o valor dos relógios menor o impacto. Afinal de contas, quem tem bala para comprar um repetidor de minutos, por exemplo, não fica pobre do dia para a noite...

Abs!

jfestrelabr

Rodrigo pelo que me foi passado o aumento foi efetuado em todas as moedas, já peguei a nova tabela de preço em EURO e em Dólares e sim consta um aumento significativo, o mais comédia é que alguns relógios em especial tiveram um aumento maior que outros, tipo , relógios com metais nobre (ouro, platina) agora aqui no Brasil vc sabe que ninguém segue parâmetro para aumentos , eles sobem o que da na telha , heheheh por isso que quando vc vai comprar e é em grana e avista vc sempre consegue queimar muita gordura.
Rolex ou Rolex.

Fórum Genérico, respostas genéricas.

mint

Creio que o bicho não pega muito apenas para aquelas marcas que não dependem do fluxo de caixa gerado pelos produtos de seu portfólio mais em conta , de alta rotatividade, para manter a linha top que tem um giro menor e margem de lucro maior, porém que sozinhos não mantém os custos totais de operação do grupo.

Vemos isso, a título de exemplo, em muitos fabricantes de motocicletas, que dependem das vendas das motos populares (até 250cc) para se manterem firmes no mercado e têm também a disposição dos consumidores mais abastados seus modelos top de cilindradas mais altas. Porém, é só dar uma olhada no ranking de vendas/emplacamentos da FENABRAVE que se vê a diferença brutal entre a quantidade vendidas dos diferentes tipos de produtos (basico e top).

A propósito, quem não se lembra da ajuda que foi dada pelos relógios Swatch básicos na manutenção da industria relojoeira suiça, quando da feroz concorrência dos modernos e baratos japoneses da época?

Mas existem as Ferraris, Rolys Royce, etc. da vida!

Se bem que sem a Fiat não sei o que seria da Ferrari sozinha  para manutenção do grupo que integra??

Abs
Mint