Ainda acho que "Grand Prix", do Frankenheimer, é o melhor filme de F1. Yves Montand, James Garner, Eve-Marie Saint... um time de artistas de primeira, guiados (sem trocadilho) por um diretor menosprezado.
Sobre o filme "Rush", algumas observações:
1) James Hunt não era grande coisa, mas retomou a linha dos "bon vivants" da F1, encanto de certa forma perdido com as mortes de François Cevert e Jochen Rindt, e pela a saída de Jean Pierre Beltoise (e concordemos que Jody Schekter não era ideal de beleza);
2) Hunt ganhou espaço com a saída de Emerson da McLaren, para a aventura do CooperFusca;
3) dizia-se que Hunt chegara à F1 por causa do mecenato de Lord Hesketh, com quem teria uma relação mais que amigável;
4) Regazzoni era o que se chamava de "cupim de ferro". Jamais teve resultados expressivos nas temporadas, nem era um grande acertador de carros. Mas era um sujeito útil, pois, por andar no limite, testava o equipamento. Teve uma carreira irregular, mesclando grandes equipes (Ferrari) com inexpressivas (Marlboro-BRM, UOP Shadow...). Se tivesse sido um piloto razoável, Colin Chapman o teria levado para a Lotus.
Mas vou ver o filme. Não vi a corrida de Brands Hatch de 1976, que o filme deve registrar.
Mas em 1977, em Silverstone, lá estava eu com 14 anos. E vi Hunt vencer.