Mais uma vez concordo com você Dic. Talvez por isso - mas agora discorndando - adore o Audemars Piguet Royal Oak. O relógio foi projetado por um cara da pesada, tem história, é icônico e não mudou NADA desde meados dos anos 70. Mas vejam: AP ROYAL OAK em aço! Notaram o nome sem qualquer "acessório"? Não é RO Chrono, Offshore, Ouro, etc. Royal Oak "normalzão", em aço! Esse é o clássico, esse é o significativo do ponto de vista histórico. O resto? O resto é firula.
Quanto a ter um, poderia até ter, sem desfalcar meu orçamento, mas... Quando comecei a "estudar" a relojoaria a fundo, com meus 20 anos de idade mais ou menos, pensava: "quando tiver dinheiro, comprarei isso, aquilo".
Os anos passaram e lá pelas tantas eu já havia lido não dezena, mas CENTENA de livros sobre relojoaria, alguns bem complexos e...
Ah bicho, perdeu a graça o TER relógios, tanto é que raramente os compro. Acredite, comprei mais relógios quando pirralho e juntava dinheiro de estágio do que depois.
Quando recebi o livro "The Marine Chronometer", que estava numa embromação para relançamento há anos, mas saiu de novo há uns 3 meses, minha emoção foi muito, mas muito, mas muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito maior do que a compra do Rolex GMT master feita há dois anos. E o melhor de tudo: o livro só me custou 75 dólares entregue em casa!
Enfim, nem se eu tivesse milhões não comprava um RO normal, porque acho o fim da picada, inacreditável mesmo alguém ter a audácia de cobrar 14 mil dólares num relógio simplão em AÇO!
É ridículo o preço cobrado pelos relógios atualmente! Para ter uma noção, mesmo se eu ganhasse na mega sena hoje, compraria um Zenith El Primo Tricolor ou até mesmo um Aqua Terra James Bond (que não quis comprar esse ano, diga-se), mesmo assim para aplacar uma "dor" watch freak, porque tesão mesmo, não tenho mais. Aliás, acho que nunca tive tesão pelos relógios em si, e esse foi um dos motivos porque criei o fórum e o site Relógios Mecânicos com os textos de suporte.
Flávio